sábado, 31 de janeiro de 2009

Como é possível que um governo...

Como é possível que um governo escudado numa "legitimidade democrática" altere todo o quadro legal em que se estrutura a Escola Pública Democrática Portuguesa, cujos princípios estão consignados na Constituição da República, instituindo um quadro que faz da Escola uma empresa, e operando, deste modo, um verdadeiro "golpe de estado" na Educação?Não haverá mecanismos legais que processem um governo que tendo apresentado ao Povo Português um programa leve a cabo outro?Como é possível continuar impune um governante que recorre a mecanismo de chantagem e intimidação para obrigar que se cumpra pela força, o que pela razão e justiça os professores se recusam a fazer? Chantagem e intimidação não são crimes?Nenhum professor consciente teve dúvidas, ou tem, que a chamada "avaliação" dos professores, instituída pelo actual governo absoluto nunca teve como objectivo aferir o mérito de um professor, mas tão só, criar mais um mecanismo que legitime as arbitrariedades. Como se compreenderá, que quem consiga estômago bastante para participar nesta embrulhada legal e neste processo de "avaliação" sinuoso, subjectivo e arbitrário, possa ser um bom, muito bom, excelente professor e os milhares, cuja consciência cívica e moral não o permita, sejam professores medíocres, lançados no fundo da tabela dos concursos? A máscara caiu:
Eis para que serve a avaliação deste governo: Medir o grau de subserviência de um professor.
A excelência de um professor não se mede em formas, made in Chile, a excelência de um professor constrói-se todos os dias, dando-lhe condições materiais para ter acesso à cultural e não, como fizeram, reduzindo-os à indigência; a excelência de um professor constrói-se, exigindo-lhe formação científica e pedagógica, e não, como fizeram, retirando-lhe, a formação; a excelência de um professor constrói-se, promovendo a sua liberdade e dimensão humana e não,como fazem, promovendo comportamentos desviantes da sua dignidade.Eis o governo que temos: Até o partido que os levou ao Poder hipotecaram! É este o partido que Mário Soares fundou? É este o partido que ajudou a construir a democracia portuguesa?Os professores portugueses têm o dever cívico de defender a Democracia que Abril fez nascer.
Anabela Almeida

OCDE desmente o Ministério da Educação

O que o Ministério sabe mas esconde cobardemente, de forma a virar os portugueses menos esclarecidos contra os que trabalham dia a dia para dar um futuro melhor aos filhos dos outros. 'Os PROFESSORES em Portugal não são assim tão maus...'Consulte a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE, em http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf. Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim. É apresentado, no estudo, o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxamburgueses, checos, islandeses e noruegueses!No mesmo documento de 2006 poderá verificar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários! Na página 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.E isto, o M.E. não manda publicar... Não tem problema. Já estamos habituados a fazer todos os serviços. Nós divulgamos aqui e passamos ao maior número de pessoas possível, para que se divulgue e publique a verdade.
Vítor Manuel Trindade (Prof. Catedrático)

Resistências: Agrupamento de Escolas de Alvide

MOÇÃO
Relativamente ao modelo de Avaliação do Desempenho dos Docentes, regulamentado pelo Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, os Professores e Educadores do Agrupamento de Escolas de Alvide, abaixo assinados, consideram que as alterações introduzidas pelo Decreto Regulamentar 1-A/2009, em nada modificam os princípios e a filosofia que lhe estão subjacentes:


o Pelo contrário, consagram situações de desigualdade na avaliação das diferentes categorias de professores, acentuando as injustiças decorrentes da divisão aleatória da carreira docente em professores titulares e não titulares e continuam a originar situações paradoxais de avaliadores com formação científico-pedagógica inferior à dos docentes por eles avaliados;

o Mantêm as quotas para as classificações de Excelente e Muito Bom;

o Retiram, provisoriamente, da avaliação deste ano lectivo, os itens do abandono escolar e das classificações dos alunos, para serem retomados a partir do próximo ano;

o Desvalorizam a componente científico-pedagógica da função docente, privilegiando a componente organizacional e administrativa.

Por outro lado, não foi promovida qualquer discussão pública sobre o modelo de avaliação, nem tão pouco foram esclarecidas as dúvidas apontadas na moção subscrita neste Agrupamento e enviada à Senhora Ministra da Educação e outras entidades, em Novembro de 2008.

Em conclusão, esta pretensa versão “simplex” não é mais do que a consequência e o reconhecimento da inconsistência e inexequibilidade de um modelo de avaliação injusto, burocrático e sem qualquer carácter formativo, que não promove a melhoria do ensino.
Pelo exposto e em coerência com as posições assumidas anteriormente, os professores e educadores abaixo assinados,
 Reafirmam a sua decisão de não prosseguir com actividades relacionadas com a implementação deste modelo de Avaliação do Desempenho;
 Reiteram a o seu empenho em cumprir todas as funções que decorrem da sua actividade profissional, como sempre têm feito, enquanto professores conscientes dos seus deveres para com os alunos e para com a comunidade educativa em geral;
 Reiteram a intenção e a necessidade de serem avaliados por um modelo justo, credível e formativo que promova, efectivamente, o mérito e a melhoria do ensino.
Apelam, ainda, a que se inicie rapidamente, um processo sério de revisão do Estatuto da Carreira Docente, pela dignificação e melhoria do Ensino Público.
Agrupamento de Escolas de Alvide - Moção aprovada em 22 / Janeiro / 2009

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

ENTREGAR É DESISTIR!!!



Do colega Protesto Gráfico

http://protestografico.wordpress.com/

É da OCDE, sim senhor!

Do colega Antero mais um cartoon pleno de verdade...
http://antero.wordpress.com/

Vai-se levantando o véu.

RESISTÊNCIAS: DIGNIDADE A SUL DO TEJO

Secundária D. João II
82% recusaram entregar o documento dos “objectivos individuais” !
A menos de 24 horas de expirar o prazo para a entrega do documento, os professores desta escola de Setúbal, reunidos pela terceira vez neste mês de Janeiro, votaram de braço no ar o compromisso definitivo de recusa. A reunião realizou-se nesta quinta-feira, ao abrigo da lei sindical. Estavam presentes 61 pessoas. Dessas, 50 dos presentes (82%) reafirmaram a posição que vinha das reuniões anteriores. Ficou claro que durante o dia de amanhã mais colegas se poderão ainda juntar ao grupo que já recusou. Os que anunciaram a sua decisão irrevogável comprometeram-se ainda a divulgar junto de colegas de outras escolas este encorajador resultado. Recorde-se que a escola tem 116 professores, incluindo o Conselho Executivo. A garantia de que neste momento já 43% (!) do total do corpo docente se recusou definitivamente faz antever que esta percentagem pode ainda ampliar-se significativamente nas próximas e derradeiras horas.
Jaime Pinho
Escola Sec. D.João II

VAMOS APOIAR A LUTA JURÍDICA DO GUINOTE


Como já é do conhecimento de todos, o Paulo Guinote e os «umbiguistas» abriram uma conta para criar um fundo que permita pagar o parecer jurídico elaborado pelo advogado Garcia Pereira e as acções judiciais contra o Ministério da Educação que dele possam decorrer. A APEDE apoia activamente esta iniciativa, considerando que o combate no plano jurídico não deve ser menosprezado, podendo complementar a luta que travamos no plano político. Por isso, associamo-nos à subscrição nacional que agora se inicia, sublinhando que os depósitos que agora vamos fazer são um primeiro passo e que a conta que acabou de ser aberta terá de ser regularmente "alimentada", pois os procedimentos judiciais são sempre dispendiosos. Muito dispendiosos. O NIB da conta aberta pelo Paulo é o seguinte:
NIB: 0018.0003.20167359020.29

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Sacado do próprio M.E.

A entrega dos objectivos individuais é uma responsabilidade do docente?

Sim. O prazo para entrega dos objectivos individuais deve estar definido no calendário aprovado pela escola. Nas situações em que esse prazo não seja cumprido, deverá o director / presidente do conselho executivo notificar o docente desse incumprimento, bem como das respectivas consequências, ou seja, o período sem avaliação não será considerado para efeitos da evolução na carreira do docente

No entanto, uma vez que, quando existe falta de acordo, prevalece a posição do avaliador, poderá o director/presidente do conselho executivo fixar os objectivos ao avaliado, tendo por referência o projecto educativo e o plano anual de actividades da escola

Isto significa que não faz sentido o receio sentido por muitos colegas de:

Instauração de processos disciplinares.

Não contagem do tempo de serviço para efeitos de concurso.

Compreendido? Então não entreguem os objectivos individuais...certo?

Já são mais de 470 as escolas/agrupamentos de escolas que suspenderam a avaliação

Lista das escolas que procederam à suspensão da aplicação do modelo de avaliação do desempenho em vigor, por decisão dos seus órgãos ou por decisão dos docentes, em reuniões gerais ou através de subscrição de posições de escola (472).
Lista em permanente actualização.

LISTA DAS ESCOLAS/AGRUPAMENTOS DE ESCOLAS
QUE SUSPENDERAM A AVALIAÇÃO (472)


REGIÃO NORTE (166)

Amarante

1. Agrup. Escolas Eiriz (Baião)
2. Agrup. Vertical Escolas Sudeste de Baião (Baião)
3. Agrup. Escolas D. Manuel Faria e Sousa (Felgueiras)
4. Agrup. Escolas Idães (Felgueiras)
5. Esc. Sec. de Felgueiras (Felgueiras
6. Agrup. Escolas Mesão Frio (Mesão Frio)


Braga

7. Esc. Sec. Carlos Amarante (Braga)
8. Esc. Sec. Maximinos (Braga)
9. Agrup. Escolas de Real (Braga)
10. Agrup. Escolas de Trigal Stª Maria (Tadim - Braga) - a suspensão foi decidida pela maioria, através da não entrega dos objectivos individuais
11. Agrupamento Vertical de Escolas da Nascente do Este (Braga)
12. Esc. Sec. D. Maria II (Braga)
13. Agrup. Lamaçães (Braga)
14. Agrup. Palmeira (Braga)
15. Agrup. Oeste da Colina (Braga)
16. Agrup. André Soares (Braga)
17. ES/3 Alberto Sampaio (Braga)
18. Agrup. Vieira de Araújo (Braga)
19. Agrup. Escolas Amares (Amares)
20. Esc Sec. da Póvoa de Lanhoso (Póvoa de Lanhoso)
21. Agrup. Escolas de Vila Verde (Vila Verde)
22. Esc. Sec. Vila Verde (Vila Verde)
23. Agrup. Escolas de Moure (Vila Verde)
24. Agrup. Escolas Prado (Vila Verde)
25. EBI Monsenhor Elísio Araújo (Pico de Regalados - Vila Verde)
26. Agrup. Ribeira do Neiva (Vila Verde)


Bragança

27. Esc. Sec./3 Abade Baçal (Bragança)
28. Esc. Sec. Miguel Torga (Bragança)
29. Agrup. Escolas de Izeda (Izeda - Bragança)
30. Agrup. Escolas Paulo Quintela (Bragança)
31. Agrup. Escolas Augusto Moreno (Bragança)
32. Esc. Sec. Emídio Garcia (Bragança)
33. Agrup. Escolas Macedo Cavaleiros (Macedo de Cavaleiros)
34. Agrup. Escolas Vimioso (Vimioso)
35. Agrup. Escolas Vinhais (Vinhais)
36. Área Sindical de Chaves
37. Esc. Sec. Júlio Martins (Chaves)
38. Esc. Sec. António Granjo (Chaves)
39. Agrup. Vertical Nadir Afonso (Chaves)
40. Agrup. Vertical Francisco Gonçalves Carneiro (Chaves)
41. Agrup. Escolas de Vidago (Vidago - Chaves)
42. Esc. Sec. Bento da Cruz (Montalegre)
43. Agrup. Escolas Baixo Barroso (Montalegre)
44. Agrup. Vertical Ribeira de Pena (Ribeira de Pena)
45. Agrup. Escolas de Cerva (Ribeira de Pena)
46. Agrup. Escolas de Valpaços (Valpaços)

Guimarães

47. Agrup. Escolas Virgínia Moura (Guimarães)
48. Agrup. Escolas EB 2,3 Fernando Távora (Guimarães)
49. Agrup. Escolas EB 2,3 D. Afonso Henriques (Guimarães)
50. Agrup. Vertical Vale S. Torcato (Guimarães)
51. Agrup. Briteiros (Caldas das Taipas (Guimarães)
52. Agrup. Vertical Escolas de Vizela (Vizela)
53. Agrup. Escolas Caldas de Vizela (Vizela)
54. Agrup. Infias (Vizela)
55. Esc. Sec. Vizela (Vizela)

Mirandela

56. Agrupamento de Escolas Luciano Cordeiro (Mirandela)
57. Esc. Sec. Mirandela (Mirandela)
58. Agrup. Vertical de Carrazeda de Ansiães (Carrazeda de Ansiães)
59. Agrup. Vertical de Carrazeda de Ansiães (Carrazeda de Ansiães)

Monção

60. Agrup. Escolas Deu La Deu Martins (Monção)
61. Esc. Sec. de Monção (Monção)
62. Agrup. Escolas Arcos de Valdevez (Arcos de Valdevez)
63. Agrup. Escolas Território Educativo de Coura (Paredes de Coura)

Penafiel

64. Esc. Sec. Lousada (Lousada)
65. Esc. Sec. Vilela (Paredes)
66. Agrupamento Vertical de Cristelo (Paredes)

Porto

67. Esc. Sec. Carolina Michaelis (Porto)
68. Esc. Sec. Fontes Pereira de Melo (Porto)`
69. Esc. Sec. Art. Soares dos Reis (Porto) (ver também Doc. Aprovado pelo Cons. Pedagógico)
70. Agrupamento Vertical Dr. Leonardo Coimbra (Filho) (Porto)
71. Esc. Sec. Garcia de Orta (Porto)
72. Esc. Sec. António Nobre (Porto)
73. Agrup. Escolas Areosa (Porto)
74. Agrup. Escolas Irene Lisboa (Porto)
75. Agrup. Vertical Escolas do Amial (Porto)
76. Agrup. Vertical Clara de Resende (Porto)
77. Agrup. Vertical Francisco Torrinha (Porto)
78. Agrup. Escolas Gomes Teixeira (Porto)
79. Esc. Sec. Gondomar (Gondomar)
80. Agrup. Vertical Rio Tinto (Rio Tinto - Gondomar)
81. Esc. Sec. Rio Tinto (Rio Tinto - Gondomar)
82. Agrup. Vertical "À Beira Douro" (Medas - Gondomar)
83. Agrup. Escolas Gueifães (Maia)
84. Agrup. Escolas Águas Santas (Maia
85. Agrup. Escolas Levante da Maia (Maia)
86. Agrup. Escolas Gonçalo Mendes da Maia (Maia)
87. Agrup. Escolas Senhora da Hora (Matosinhos)
88. Esc. Sec. Boa Nova (Leça da Palmeira - Matosinhos)`
89. Agrup. Escolas Matosinhos Sul (Matosinhos)
90. Esc. Sec. Gonçalves Zarco (Matosinhos)
91. Agrup. Vertical Escolas D. António Ferreira Gomes (Ermesinde - Valongo)
92. Agrupamento Vertical de Escolas de Alfena (Valongo)
93. Esc. Sec. Valongo (Valongo)
94. Esc. Sec. Arquitecto Oliveira Ferreira (Arcozelo - Vila Nova de Gaia)
95. Agrup. Vertical Sophia de Mello Breyner (Arcozelo - Vila Nova de Gaia)
96. Agrup. Vertical de Escolas de Valadares (Vila Nova de Gaia)
97. Esc. Sec. Diogo Macedo (Olival - Vila Nova de Gaia)
98. Agrup. Escolas Soares dos Reis (Vila Nova de Gaia)
99. Esc. Sec. Dr. Joaquim Gomes Ferreira Alves (Valadares - Vila Nova de Gaia)
100. Esc. Sec. António Sérgio (Vila Nova de Gaia)
101. Agrup. Vertical Escolas de Canelas (Vila Nova de Gaia)
102. Agrup. Escolas Dr. Costa Matos (EB23 Teixeira Lopes - Vila Nova de Gaia)
103. Departamentos da Esc. Sec. Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia)
104. Agrup. Escolas Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia)

Póvoa de Varzim

105. Esc. Sec. Eça de Queiroz (Póvoa de Varzim);
106. Esc. Sec. Rocha Peixoto (Póvoa de Varzim)
107. Agrup. Escolas Dr. Flávio Gonçalves (Póvoa de Varzim)
108. Agrup. Vertical Escolas A-Ver-o-Mar (Póvoa de Varzim)
109. Esc. Sec. Alcaides de Faria (Barcelos)
110. Esc. Sec. Barcelinhos (Barcelos)
111. Agrup. Escolas Abel Varzim (Vila Seca - Barcelos)
112. Agrup. Escolas Manhente (Barcelos)
113. Esc. Sec. Barcelos (Barcelos)
114. Agrup. Escolas António Correia de Oliveira (Esposende)
115. Agrupamento das Marinhas (Esposende)
116. Agrup. Escolas Terras do Baixo Neiva (Esposende)
117. Esc. Sec. José Régio (Vila do Conde)
118. Esc. Sec. Afonso Sanches (Vila do Conde)
119. Agrup. Escolas Júlio Saúl Dias (Vila do Conde)
120. Agrupamento Vertical Afonso Betote de Vila do Conde (Vila do Conde)

Santa Maria da Feira

121. Agrup. Vertical Escolas Argoncilhe (Santa Maria da Feira)
122. Esc. Sec. Santa Maria da Feira (Santa Maria da Feira)
123. Agrup. Escolas Fernando Pessoa (Santa Maria da Feira)
124. Agrup. Escolas Fernando Pessoa (Santa Maria da Feira
125. Agrup. Vertical Escolas de Fiães (Santa Maria da Feira)
126. Agrupamento de Escolas Prof. Doutor C. A. Ferreira de Almeida (Santa Maria da Feira)
127. Esc. Sec. Dr. Gomes Almeida (Espinho)
128. Agrup. Escolas de Maceda e Arada (Ovar)
129. Agrup. Escolas de Ovar-Sul (Ovar)
130. EBI S. Vicente Pereira (Ovar)

S. João da Madeira

131. Esc. Sec. Ferreira de Castro (Oliveira de Azeméis)
132. Agrup. Vertical Bento Carqueja (Oliveira de Azeméis)
133. Agrup. Escolas Cucujães (Cucujães - Oliveira de Azeméis)
134. Área Sindical de Viana do Castelo
135. Agrup. Escolas de Darque (Viana do Castelo)
136. Esc. Sec. Monserrate (Viana do Castelo)
137. Agrup. Escolas Monte da Ola (Viana do Castelo)
138. Agrup. Escolas Barroselas (Viana do Castelo)
139. Agrup. Escolas Abelheira (Viana do Castelo)
140. Esc. Sec. Santa Maria Maior (Viana do Castelo)
141. Agrup. Escolas Frei Bartolomeu dos Mártires (Viana do Castelo)
142. Agrup. Escolas Pintor José de Brito (Santa Marta de Portuzelo - Viana do Castelo)
143. Agrup. Escolas Coura e Minho (Caminha)
144. Agrup. Escolas Vale do Âncora (Vila Praia de Âncora - Caminha)
145. Esc. Sec. Ponte de Lima (Ponte de Lima)

Vila Nova de Famalicão

146. Esc. Sec. Camilo Castelo Branco (Vila Nova de Famalicão)
147. Esc. Sec. D. Sancho I (Vila Nova de Famalicão)
148. Agrup. Vertical Escolas de Vale do Este (Arnoso - Vila Nova de Famalicão)
149. Agrup. Vertical de Escolas Júlio Brandão (Vila Nova de Famalicão)
150. Agrupamento de Escolas de Pedome (Vila Nova de Famalicão)
151. Agrup. Escolas Bernardino Machado (Joane - Vila Nova de Famalicão)
152. Escola Secundária Padre Benjamim Salgado (Joane - Vila Nova de Famalicão)
153. Agrup. Escolas S. Martinho do Campo (Santo Tirso)
154. Esc. Sec. D. Dinis (Santo Tirso)
155. Esc. Sec. Tomaz Pelayo (Santo Tirso)
156. Agrupamento de Escolas de Santo Tirso (S. Rosendo - Santo Tirso)
157. Agrup. Escolas de Coronado e Covelos (Trofa)
Nota: A pedido do Presidente do C.E. do Agrupamento referimos que a suspensão foi assumida em Plenário de Professores.


Vila Real

158. Agrup. Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral (Vila Real)
159. Esc. Sec. Camilo Castelo Branco (Vila Real)
160. Esc. Sec. S. Pedro (Vila Real)
161. Esc. Sec. Morgado de Mateus (Vila Real)
162. Agrup. Vert. Escolas do Pinhão (Alijó)
163. Esc. Sec. Murça (Murça)
164. Agrup. Vertical Escolas Murça (Murça)
165. Esc. Profissional do Rodo (Régua)
166. Agrup. Vertical Escolas de Sabrosa (Sabrosa)


REGIÃO CENTRO (148)

Coimbra

1. Escola Secundária c/3º Ciclo D. Dinis (Coimbra)
2. Escola Secundária de Tábua
3. Escola Secundária Infanta D. Maria
4. Escola Secundária de Cantanhede
5. Escola Secundária Jaime Cortesão
6. Escola Secundária José Falcão
7. Escola Secundária D. Duarte
8. Escola Secundária c/ 3º Ciclo Fernando Namora (Condeixa-a-Nova)
9. Escola Secundária de Arganil
10. Escola Secundária da Lousã
11. Escola Secundária c/ 3º Ciclo de Cristina Torres (Figueira da Foz)
12. Escola Secundária Bernardino Machado (Figueira da Foz)
13. Escola Secundária c/ 3.º Ciclo de Mira
14. Escola Secundária Avelar Brotero (Coimbra)
15. Escola Secundária Quinta das Flores (Coimbra)
15. Escola Básica Integrada Ferrer Correia, Senhor da Serra (Miranda do Corvo)
16. Agrupamento de Escolas de Mira
17. Agrupamento de Escolas de Cantanhede
18. Agrupamento de Escolas Alice Gouveia
19. Agrupamento de Escolas Silva Gaio
20. Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
21. Agrupamento de Escolas de Martim de Freitas
22. Agrupamento de Escolas Inês de Castro (Coimbra)
23. Agrupamento de Escolas de Penacova
24. Agrupamento de Escolas de S. Pedro d'Alva
25. Agrupamento de Escolas da Pedrulha (Coimbra)
26. Agrupamento de Escolas da Carapinheira (Montemor-o-Velho)
27. Agrupamento de Escolas de Penela
28. Agrupamento de Escolas Finisterra, Febres (Cantanhede)
29. Agrupamento de Escolas Gândara-Mar (Tocha)
30. Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho
31. Agrupamento de Escolas da Lousã
32. Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas (Oliveira do Hospital)
33. Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova
34. Agrupamento de Escolas de S. Silvestre (Coimbra)
35. Agrupamento de Escolas da Cordinha (Oliveira do Hospital)
36. Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas (Oliveira do Hospital)
37. Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro (Coimbra)
38. Agrupamento de Escolas do Paião (Figueira da Foz)
39. Agrupamento de Escolas de Anadia


Aveiro

40.. Agrupamento de Escolas de Aguada de Cima
41. Agrupamento de Escolas de Cacia
42. Agrupamento de Escolas de Esgueira
43. Agrupamento de Escolas da Pampilhosa
44. Agrupamento de Escolas de Oliveirinha (Aveiro)
45. Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga
46. Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha
47. Agrupamento de Escolas de Aveiro
48. Agrupamento de Escolas de Avanca
49. Agrupamento de Escolas de Branca (Albergaria-a-Velha)
50. Agrupamento de Escolas da Mealhada
51. Agrupamento de Escolas de Eixo (Aveiro)
52. Agrupamento de Escolas de Fermentelos (Águeda)
53. Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré (Aveiro)
54. Agrupamento de Escolas de Anadia
55. Escola Secundária de Estarreja
56. Escola Secundária de Vagos
57. Escola Secundária Jaime Magalhães Lima
58. Escola Secundária Homem Cristo
59. Escola Secundária Marques de Castilho (Águeda)
60. Escola Secundária José Estêvão
61. Escola Secundária da Mealhada
62. Escola Secundária de Anadia
63. Escola Secundária de Esgueira

Castelo Branco

64. Escola Secundária c/ 3.º ciclo Amato Lusitano
65. Escola Secundária c/ 3.º ciclo Campos Melo
66. Escola Secundária Frei Heitor Pinto
67. Escola Secundária c/ 3.º Ciclo Quinta das Palmeiras
68. Agrupamento de Escolas Paúl - Entre Ribeiras (C. Branco)
69. Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral
70. Agrupamento de Escolas João Franco (Fundão)
71. Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco
72. Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva, Castelo Branco
73. Agrupamento de Escolas da Sertã
74. Agrupamento de Escolas José Sanches (Alcains)
75. Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches (Penamacor)
76. Agrupamento de Escolas da Serra da Gardunha
77. Agrupamento de Escolas de Mação
78. Agrupamento de Escolas de Tortosendo
79. Agrupamento de Escolas de Oleiros
80. Agrupamento de Escolas Pêro da Covilhã
81. Agrupamento de Escolas João Roiz (C. Branco)
82. Agrupamento de Escolas Pedro Álvares Cabral (Belmonte)


Guarda

83. Agrupamento de Escolas de S. Miguel (Guarda)
84. Agrupamento de Escolas de Santa Clara (Guarda)
85. Agrupamento de Escolas da Sequeira (Guarda)
86. Agrupamento de Escolas de Gouveia
87. Agrupamento de Escolas de Almeida
88. Agrupamento de Escolas de Tourais (Paranhos)
89. Agrupamento de Escolas de Loriga
90. Agrupamento de Escolas de Manteigas
91. Agrupamento de Escolas do Sabugal
92. Agrupamento de Escolas de Vilar Formoso
93. Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira
94. Escola Secundária de Seia
95. Escola Secundária de Pinhel
96. Escola Secundária Afonso de Albuquerque
97. Escola Secundária da Sé (Guarda)


Leiria

98. Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo
99. Escola Secundária Domingos Sequeira
100. Escola Secundária de Figueiró dos Vinhos
101. Agrupamento de Escolas do Avelar
102. Agrupamento de Escolas de Castanheira de Pêra
103. Agrupamento de Escolas de Pataias
104. Agrupamento de Escolas Marquês de Pombal
105. Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel
106. Agrupamento de Escolas de Figueiró dos Vinhos
107. Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus
108. Agrupamento de Escolas de Caranguejeira (Leiria)
109. Agrupamento de Escolas Marquês de Pombal (Pombal)
110. Agrupamento de Escolas José Saraiva (Leiria)


Viseu

111. Escola Secundária de Mortágua
112. Escola Secundária/3CEB Egas Moniz (Resende)
113. Escola Secundária Viriato (Viseu)
114. Escola Secundária c/ 3º Ciclo de Carregal do Sal
115. Escola Secundária de Santa Comba Dão
116. Escola Secundária de Tondela
117. Escola Secundária de Castro Daire
118. Escola Secundária Alves Martins (Viseu)
119. Escola Secundária Prof. Dr. Flávio de Resende (Cinfães)
120. Escola Secundária Emídio Navarro (Viseu)
121. Escola Secundária de Mangualde
122. Agrupamento de Escolas de Sátão
123. Agrupamento de Escolas de Mões (Castro Daire)
124. Agrupamento de Escolas Azeredo Perdigão (Viseu)
125. Agrupamento de Escolas Infante D. Henrique (Viseu)
126. Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades
127. Agrupamento de Escolas de Vouzela
128. Agrupamento de Escolas de Resende
129. Agrupamento de Escolas de Silgueiros
130. Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal
131. Agrupamento de Escolas de Canas de Senhorim
132. Agrupamento de Escolas de Castro Daire
133. Agrupamento de Escolas de Tabuaço
134. Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira
135. Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão
136. Agrupamento de Escolas de Mundão
137. Agrupamento de Escolas do Viso
138. Agrupamento de Escolas de Sernancelhe
139. Agrupamento de Escolas de Mundão. Viseu
140. Escola Secundária Felismina Alcântara (Mangualde)
141. EB 2/3 + S de Oliveira de Frades
142. Agrupamento de Escolas de Souselo (Cinfães)
143. Agrupamento de Escolas de Cinfães
144. Agrupamento de Escolas da Sé, Lamego
145. Agrupamento de Escolas de Tondela
146. Agrupamento de Escolas do Caramulo (Tondela)
147. Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Paiva
148. Agrupamento de Escolas de Mortágua


REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO (109)


Lisboa

1. Agrupamento de Escolas de Santa Iria de Azóia (Loures)
2. Agrupamento de Escolas Luís de Sttau Monteiro (Loures)
3. Escola Secundária da Ramada (Odivelas)
4. Agrupamento de Escolas Patrício Prazeres (Lisboa)
5. Agrupamento de Escolas de Fernando Pessoa
6. Agrupamento de Escolas S. Julião da Barra
7. Escola Secundária Rainha D. Amélia
8. Escola Secundária Marquês de Pombal
9. Casa Pia - Colégio Pina Manique
10. Casa Pia - Nuno Alvares
11. Casa Pia - Instituto Jacob Rodrigues Pereira
12. Casa Pia - Colégio Maria Pia
13. Escola Secundária Padre Alberto Neto
14. Escola Secundária Dr. António Carvalho Figueiredo
15. Escola Secundária Ferreira Dias
16. Escola Secundária Camões
17. Escola Secundária Virgílio Ferreira
18. Agrupamento de Escolas Avelar Brotero
19. Agrupamento de Escolas de Santo Onofre
20. Agrupamento de Escolas João de Deus (Cascais)
21. Escola Secundária Pedro Alexandrino
22. Escola Secundária Dª Luísa de Gusmão
23. Agrupamento de Escolas Alfredo da Silva (Albarraque-Sintra)
24. Agrupamento de Escolas de Alvide (Cascais)
25. Escola Secundária Vitorino Nemésio
26. Escola Secundária do Restelo
27. Escola Secundária de Mem Martins (Sintra)
28. Agrupamento de Escolas Gil Vicente (Lisboa)
29. Agrupamento de Escolas de Carnaxide / Portela
30. Escola Secundária Pedro Nunes
31. Agrupamento Vertical de Escolas Dª Filipa de Lencastre (Lisboa)
32. Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos (Lisboa)
33. Agrupamento de Escolas Delfim Santos (Lisboa)
35. Escola Secundária Amélia Rey Colaço (Linda a Velha)
36. Agrupamento de Escolas Pedro de Santarém (Lisboa)
37. Agrupamento de Escolas Padre Cruz (Lisboa)
38. Escola Secundária Braancamp Freire (Pontinha)
39. Agrupamento Vertical de Escolas D. Pedro IV (Sintra)
40. Escola Secundária José Saramago (Mafra)
41. Escola Secundária José Cardoso Pires (Amadora)
42. EB 2,3 das Olaias
43. Escola Secundária de Ensino Artístico António Arroio
44. Escola Secundária Afonso Domingues (Lisboa)
45. Agrupamento de Escolas de Alvalade (Lisboa)
46. Agrupamento de Escolas Damião de Góis (Lisboa)
47. Escola Secundária da Cidadela (Cascais)
48. Escola Secundária de Miraflores
49. Escola Secundária Eça de Queirós (Lisboa)
50. Escola Secundária / 3º CEB de Montejunto (Cadaval)
51. Escola Secundária do Forte da Casa
52. Escola Secundária Professor Herculano de Carvalho (Lisboa)
54. Agrupamento de Escolas Roque Gameiro (Amadora)
55. Agrupamento de Escolas João Villaret
56. Agrupamento de Escolas Visconde Juromenha
57. Escola Secundária com 3º CEB Padre António Vieira (Lisboa)
58. Escola Secundária com 3º CEB de São João da Talha

Setúbal

59. Escola Secundária da Baixa da Banheira
60. Escola Secundária de Bocage (Setúbal)
61. Escola Secundária c/ 3º Ciclo da Amora
62. Escola Secundária c/ 3º Ciclo Manuel Cargaleiro
63. Agrupamento de Escolas Conceição e Silva
64. Agrupamento de Escolas Luísa Todi
65. Escola Secundária de Sampaio
66. Escola Secundária Padre António Macedo
67. Agrupamento de Escolas Dr. António Augusto Louro (Seixal)
68. Agrupamento de Escolas de Santo António (Barreiro)
69. Escola Secundária José Afonso (Seixal)
70. Agrupamento de Escolas Lima de Freitas
71. Agrupamento de Escolas Álvaro Velho (Lavradio)
72. Agrupamento António Augusto Sousa - Seixal
73. Escola Secundária D. João II
74. Escola Secundária Augusto Cabrita (Barreiro)
75. Agrupamento Vertical de Escolas de Azeitão
76. Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos (Pinhal Novo)
77. Escola Secundária Sebastião da Gama
78. Agrupamento de Escolas de Cetóbriga / Aranguez
79. Agrupamento de Escolas Lima de Freitas / Viso
80. Agrupamento de Escolas Professor Ruy Luís Gomes
81. Agrupamento de Escolas Nun'Álvares (Arrentela/Seixal)
82. Escola secundária do Monte da Caparica
83. Agrupamento Vertical de Escolas Alfredo da Silva
84. Agrupamento de Escolas da Marateca / Poceirão
85. Agrupamento Vertical de Escola Quinta Nova da Telha
86. Escola Secundária de Palmela
87. Agrupamento de Escolas de Palmela
88. Escola Secundária Daniel Sampaio
89. Agrupamento de Escolas Quinta da Lomba (Barreiro)
90. Agrupamento Vertical de Escolas de Sant'Iago (Setúbal)
91. Escola Secundária Monte da Caparica

Santarém

92. Agrupamento de Escolas do Entroncamento
93. Escola Secundária do Entroncamento
94. Escola Secundária de Rio Maior
95. Agrupamento de Escolas Francisco Casimiro
96. Agrupamento de Escolas José Relvas (Alpiarça)
97. Agrupamento Vertical de Escolas D. Miguel de Almeida (Abrantes)
98. Agrupamento de Escolas Verde Horizonte (Mação)
99. Agrupamento de Escolas de Tramagal (Abrantes)
100. Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Fernandes
101. Escola Sec. Marquesa de Alorna (Almeirim)
102. Agrupamento de Escolas IV Conde de Ourém
103. Agrupamento de Escolas de Stª Iria (Tomar)
104. Agrupamento D. Nuno Álvares Pereira (Tomar)
105. Escola (Agr.) EB 2/3 Febo Moniz (Almeirim)
106. Agrupamento de Escolas de Fazendas de Almeirim
107. Escola(Agr.) EB 2/3 de Marinhais
108. Escola Secundária Maria Lamas (Torres Novas)
109. Agrupamento de Escolas Gil Paes (Tomar)


REGIÃO SUL (ALENTEJO E ALGARVE) (49)


Beja

1. Agrupamento de Escolas de Odemira
2. Agrupamento de Escolas de Mértola
3. Agrupamento de Escolas de Odemira
4. Escola Secundária Diogo Gouveia - Beja
5. Agrupamento da Vidigueira
6. Escola Secundária de Moura
7. Escola Secundária de Odemira


Évora

8. Escola Secundária André de Gouveia, Évora
9. Escola Secundária Severim de Faria
10. Escola Secundária Gabriel Pereira
11. Escola Secundária André de Gouveia
12. Agrupamento de Escolas de Redondo
13. Escola Secundária com 3º Ciclo de Vendas Novas


Portalegre

14. Agrupamento de Escolas José Régio, Portalegre
15. Agrupamento de Escolas de Estremoz
16. Escola Secundária de São Lourenço, Portalegre
17. Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide



Faro

18. Secundária Dra. Laura Ayres (Quarteira)
19.Secundária José Belchior Viegas (S. Brás de Alportel)
20. Agrupamento Vertical de Escolas D. Paio Peres Correia (Tavira)
21. Agrupamento Vertical de Escolas Sto. António (Faro)
22. Agrupamento Vertical de Escolas Dr. António da Costa Contreiras (Armação de Pêra)
23. Agrupamento Vertical de Escolas Júdice Fialho (Portimão)
24. Agrupamento Vertical de Escolas das Naus (Lagos)
25. Agrupamento Vertical de Escolas de Vila do Bispo
26. Agrupamento Vertical de Escolas D. Paio Peres Correia (Tavira)
27. Agrupamento Vertical de Escolas D. Dinis (Quarteira)
28. EB 2,3 D. José I (Vila Real de Sto. António)
29. Escola Secundária de Tavira
30. Escola Secundária Teixeira Gomes (Portimão)
31. Escola Secundária de Silves
32. Agrupamento de Escolas Francisco Cabrita
33. Escola Secundária de Vila Real de Santo António
34. Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Cacela
35. Escola Secundária Tomás Cabreira (Faro)
36. Agrupamento Vertical de Escolas de Monte Negro
37. Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Alberto Iria (Olhão)
38. Agrupamento Vertical de Escolas de Estombar
39. Agrupamento Vertical de Escolas de Monchique
40. Agrupamento Vertical de Escolas de Almancil
41. Escola Secundária Pinheiro e Rosa (Faro)
42. Agrupamento Vertical de Escolas de Lagos
43. Agrupamento Vertical de Escolas D. Manuel I (Tavira)
44. Agrupamento de Escolas D. Martinho de Castelo Branco (Portimão)
45. Escola Secundária Dr. Francisco Fernandes Lopes (Olhão)
46. Agrupamento Vertical de Escolas de São Brás de Alportel
47. Agrupamento de Escolas Prof. Paula Nogueira (Olhão)
48. Escola Secundária de Albufeira
49. Agrupamento Vertical de Escolas João da Rosa
(Olhão)

domingo, 25 de janeiro de 2009

UM AGRADECIMENTO E UM APELO (PARTE 2)


Como referimos atrás, do número de sócios dependem os meios financeiros de que dispomos para desenvolver actividades que são, de facto, dispendiosas:
- Concentrações e manifestações, sempre que envolvam uma logística de som condigna;
- Publicação de anúncios em jornais para expor as posições dos professores (uma ideia que não pôde ser ainda concretizada, dado o preço desses mesmos anúncios);
- Apoio jurídico.
Em relação a este último ponto, gostaríamos de esclarecer o seguinte. Foi sempre intenção da APEDE obter esse apoio, não só para lançar eventuais iniciativas judiciais contra o Ministério da Educação, mas também para satisfazer dúvidas de ordem jurídica que tantas vezes se nos colocam. Presos como temos estado a outras actividades, que nos levaram a negligenciar as campanhas de angariação de sócios, não conseguimos ainda a base financeira para sustentar, em termos permanentes, o referido aconselhamento jurídico. Como se sabe, recentemente o Paulo Guinote e um conjunto de colegas que se lhe juntaram decidiram avançar para a contração do advogado Garcia Pereira no sentido de se obter um parecer jurídico que permita abrir uma nova frente de batalha contra o Ministério da Educação. Desde já dizemos que a APEDE apoia esta iniciativa e apela a todos os seus sócios para participarem na subscrição nacional, através do NIB que o Paulo Guinote anunciará em breve no seu blogue. Mas, quando falamos de apoio jurídico, estamos a pensar noutra coisa: estamos a pensar no apoio durável que podemos esperar de um ou mais advogados para as mais diversas situações jurídicas que se nos possam deparar. Isto não exclui que, se a APEDE crescer em número de sócios, a Assembleia-Geral possa decidir canalizar uma parte dos fundos da associação para a conta aberta pelos «umbiguistas», independentemente dos contributos individuais que cada professor, sócio ou não da APEDE, entenda dar para essa conta. Precisamos de ter consciência de que os processos judiciais são prolongados e muito onerosos. Neste aspecto, todo o dinheiro que se consiga reunir nunca será demais.

Lista actualizada de 168 escolas e agrupamentos com moções aprovadas em Janeiro.

Lista actualizada de 168 escolas e agrupamentos com moções aprovadas em Janeiro.

UM AGRADECIMENTO E UM APELO


Caros colegas:


Queremos agradecer a todos o contributo financeiro que deram para tornar possível o suporte de som na concentração do dia 24 de Janeiro. O valor total ficou em 930 € (com o IVA acrescentado ao valor inicial).
Não fizemos um peditório de mão estendida, como algumas más-línguas quiseram sugerir, mas uma subscrição digna e aberta a todos os que se identificam com a nossa luta, a todos os que nela participam e a todos os que reconhecem as limitações e as dificuldades de ordem financeira com que a APEDE e os restantes movimentos se debatem.
Estas dificuldades, porém, mostram que PRECISAMOS URGENTEMENTE DE CRESCER EM NÚMERO DE SÓCIOS. Envolvidos como estamos em mil e uma actividades e exigências que chegam de todos os lados, para além do trabalho que realizamos como professores, temos descurado a angariação de novos sócios. Este é o momento para relançar essa angariação. Por isso, apelamos a todos os sócios da APEDE para, nas suas escolas e nos seus círculos de colegas de profissão, trazerem mais membros para a nossa associação.
Lembramos que a APEDE, estando ao lado de todos os movimentos ligados à luta pelos direitos da classe docente e pela defesa da escola pública, não é apenas um movimento. É uma associação legalmente constituída, com personalidade jurídica e conta aberta, o que lhe confere maior estabilidade na sua existência e lhe permite ter suporte financeiro para as acções de luta dos professores. Mas, para que esta última condição se concretize, precisamos de mais sócios. De muitos mais.
A luta que estamos a travar é dura, difícil e vai ser, provavelmente, mais longa do que desejaríamos. A APEDE não pretende ser uma entidade volátil, que surgiu agora para desaparecer no momento seguinte. Se quisermos existir de modo durável, necessitamos da força que o número de sócios nos possa dar.
Reiteramos, pois, o nosso apelo: TRAGAM MAIS UM AMIGO TAMBÉM.
A ficha de inscrição encontra-se num link do menu principal do site da APEDE (http://www.apede.pt/). Podem enviá-la pelo correio para o seguinte endereço postal:
APEDE
Apartado 9
2504-909 Caldas da Rainha
Recordamos ainda que o NIB da APEDE é: 003501520000152963063.

PORQUE ISTO É MUITO IMPORTANTE

Dúvidas sobre os conflitos de interesses na aplicação do Simplex2:

1. Há conflito(s) de interesses entre os professores todos de uma escola e alguém que sendo seu/sua actual avaliador/a - Presidente do Conselho Executivo - seja candidato/a a Director/a para um próximo mandato.

2. Há ainda outro conflito (da mesma natureza) entre o/a candidato/a a
Director/a Executivo/a, na condição de avaliador, e os membros do Conselho Geral de Escola que terão que o/a eleger, sabendo que estão/vão ser avaliados por esse/a candidato/a.

3. Há mais um conflito que deriva do facto de o/a candidato/a a Director/a ser o/a avaliador/a dos “futuros/as escolhidos/as” da sua Equipa e dos/as Coordenadores/as, etc.

Mas, na hipótese de não se verificarem os anteriores conflitos, há este problema:

4. Em algumas escolas, no final do ano, os PCEs não serão os Directores eleitos para o próximo mandato. Nesses casos, o Director apanhará o processo de avaliação na fase final e terá de avaliar professores que ele ou ela não acompanhou ou nem sequer conhece o que torna este processo inoperacional.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Escolas mobilizam-se individualmente para manifestação de amanhã em frente ao Palácio de Belém

Manifestação sem sindicatos

Sem a capacidade logística e financeira dos sindicatos, os movimentos independentes de professores recorrem à Internet e à "carolice" para garantir a mobilização. Sempre inspirados pelos versos de Miguel Torga: "Não sei quantos seremos, mas que importa?! Um só que fosse, e já valia a pena".

As despesas com a organização da manifestação do próximo sábado, em frente ao Palácio de Belém, são suportadas na íntegra pelos coordenadores dos movimentos. Dizem que as faixas e bandeiras são "artesanais" e "amadoras" e que tudo depende da "espontaneidade" dos professores.

"Não temos a máquina nem a logística própria dos sindicatos. Nem sequer temos capacidade financeira para alugar autocarros. Daí o lema 'uma escola, um autocarro', para serem os próprios professores escola a escola a organizarem-se", explicou à Lusa Octávio Gonçalves, coordenador do movimento Promova, fundado em Vila Real.

Alugar um autocarro para uma deslocação a Lisboa a partir daquela cidade transmontana custa 800 a 900 euros, o que dá cerca de 20 euros a cada professor. A este valor há que juntar as despesas com a alimentação fora de casa. "Parte muito da vontade individual dos professores".

Para a manifestação frente à residência oficial de Cavaco Silva, Mário Machaqueiro, da Associação de Professores em Defesa do Ensino, está a tratar da logística relacionada com a aparelhagem de som e respectivos técnicos. O orçamento deverá ultrapassar os 800 euros.

Por isso, organizam-se de forma a que as despesas sejam mínimas, já que a maior parte das vezes são sustentadas por um número reduzido de professores. Normalmente, pelos vários movimentos que subscrevem as iniciativas e outros professores que queiram fazer donativos, explica.

"Muito do que fazemos e das despesas que temos tem por detrás aquilo a que se chama carolice, mas que traduz bem o empenhamento individual das pessoas ligadas a estas iniciativas", diz Machaqueiro.

O cartaz adoptado pelos movimentos para este protesto, por exemplo, foi desenhado por um professor do departamento de Expressões de uma escola, que tem um curso de Design Gráfico. Habitual colaborador das iniciativas dos professores independentes, não cobrou nada pelo trabalho.

Sem um espaço físico, os movimentos de professores funcionam sobretudo no mundo virtual. Encontram-se no Messenger e fazem dos blogues e e-mails a sua principal arma para fazer propaganda e mobilizar professores.

"Alguns de nós somos coordenadores de tecnologias da informação e comunicação, pelo que dominamos as ferramentas informáticas, construção de sites e blogues e nesta área até temos algum nível de organização", sublinha Octávio Gonçalves.

Segundo o responsável, o Promova tem uma rede de contactos "diversificada e extraordinariamente bem montada", pelo que em cinco minutos qualquer informação ou comunicado pode chegar "a cerca de 25 mil professores", que depois reenviam para colegas.

"A articulação em rede que a Internet hoje propicia é um instrumento muito poderoso. Permite levar a nossa voz e o incentivo à mobilização muito mais longe e a muitos mais professores", acrescenta Mário Machaqueiro.

Depois de manifestações no Marquês de Pombal e na Assembleia da República, os movimentos viram-se agora para o Palácio de Belém. A ideia é sensibilizar Cavaco Silva para o conflito e para os problemas que se vivem actualmente no sector.

"Esta conflitualidade arrasta-se já há tanto tempo que é necessária a intervenção do Presidente da República. O que está em causa é o ambiente nas escolas e a necessidade de os professores se concentrarem nas aprendizagens dos alunos, numa altura em que estamos a entrar numa fase decisiva do ano escolar", defende Octávio Gonçalves.

Relativamente à adesão dos professores a esta iniciativa, Mário Machaqueiro espera entre 15 e 20 mil docentes, à semelhança dos números registados pelos movimentos a 15 de Novembro, isto se o "tempo der uma ajuda".

Professores: PS chumba suspensão da avaliação

A maioria parlamentar do PS (116 deputados) chumbou hoje o projecto do CDS-PP que pretendia suspender a avaliação dos professores. Ao lado dos centristas votou toda a oposição (PSD, PCP/PEV e BE) e ainda cinco deputados socialistas (Manuel Alegre, Teresa Portugal, Júlia Caré, Eugénia Alho e a independente, Matilde Sousa Franco).Os deputados do PS João Bernardo e Odete João apresentaram declarações de voto.Esta foi a segunda tentativa do CDS-PP para suspender o processo de avaliação dos professores, depois de a 5 de Dezembro uma sua resolução no mesmo sentido apenas ter sido chumbada devido a ausência em plenário de 30 deputados do PSD.Na votação a 5 de Dezembro, seis deputados do PS votaram ao lado da oposição e uma deputada socialista absteve-se. Hoje, da bancada do PS há a registar cinco votos contra, o que lhe garantiu vitória.O deputado socialista, João bernardo, que tinha votado a favor da primeira vez, decidiu agora votar contra."A senhora ministra da Educação aceitou esse desafio e vai dar início a um processo negocial com os sindicatos, em que não só se vai construir, espero eu, um novo modelo de avaliação, mas também vai ser revisto o estatuto da carreira docente e o processo do professor titular", afirmou esta manhã à TSF.Santos Silva antecipa "vitória" Durante o debate que antecedeu a votação, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Santos Silva, chegou mesmo a prever a "vitória" da "agenda reformista do Governo" e a derrota do projecto do CDS-PP."A derrota do projecto do CDS será a vitória da agenda reformista do Governo. (...) Será a vitória dos deputados livres que não se deixam chantagear, daqueles que não estão na câmara corporativa a defender interesses profissionais, estão na Assembleia da República a defender os interesses dos portugueses", afirmou o governante.O diploma do CDS-PP para suspender a avaliação dos professores previa a redução dos critérios, colocava a responsabilidade da avaliação nos conselhos executivos e pedagógicos, retirando-a dos professores titulares.Este modelo vigoraria durante o ano lectivo em curso, ao mesmo tempo que se reiniciaria o processo legislativo para um modelo de avaliação diferente a vigorar a partir de 2010.No debate, a que assistiu o líder da Fenprof, Mário Nogueira, o deputado do PSD Pedro Duarte criticou igualmente a atitude "belicista e hostil" de Santos Silva, acusando-o de fazer "uma espécie de comício" na Assembleia da República. Do lado da maioria PS, um novo argumento contra a aprovação do projecto do CDS-PP: a deputada socialista Paula Barros defendeu que o diploma "é uma cópia desvirtuada" das normas já consagradas no decreto-regulamentar do Governo aprovado em 2009 e que visaram "a agilização do processo"."Trata-se de puro oportunismo político", afirmou, acusando a bancada do CDS de "vender cicuta por uma taça de refrescante champanhe".Apesar de discordarem com o modelo proposto pelo CDS-PP, PCP, BE e PEV disseram no debate que "o que está em causa" é a suspensão do processo, repetindo argumentos dos anteriores debates."O que está em causa é travar a obsessão e a prepotência do Governo PS", afirmou o deputado do PCP Miguel Tiago.Sem resposta ficou uma pergunta da deputada do BE Cecília Honório: "O Governo vai punir ou castigar os milhares de professores que não entregaram os objectivos iniciais? E as escolas que suspenderam a avaliação"?, questionou.

Moção da Escola Secundária D. João V

Caros Colegas.

Aqui vai a moção da nossa escola.

Nela reiterámos a nossa vontade de prosseguir a resistência a este Modelo de Avaliação de Desempenho, mesmo com o pseudo facilitismo do simplex.

Considerámos dever manter a nossa postura inicial, aprovada na primeira Moção, apenas com uma abstenção em 12 de Novembro de 2008 e por vós divulgada.

Agora, com 87 professores presentes conseguimos aprovar esta nova Moção por unanimidade.

Há colegas que não estiveram presentes, mas que ainda assim a pretendem subscrever.

Peço, em nome dos meus colegas que a divulguem nos vossos Blogues.

Até sábado, em Belém.


Damaia, 16 de Janeiro de 2009

Exma. Senhora Ministra da Educação

Com conhecimento a
Secretário de Estado da Educação
Secretário de Estado Adjunto da Educação.


Os professores da Escola Secundária D. João V reunidos em Assembleia Geral no dia 16 de Janeiro decidiram, por unanimidade, manter a suspensão da avaliação de desempenho docente, por entenderem que o Decreto Regulamentar n.º 1-A/2009, de 5 de Janeiro, apesar de simplificado, não constitui “um instrumento essencial para a valorização da profissão docente e um contributo decisivo para a qualidade da escola pública”.

Uma avaliação que se quer “ justa, séria e credível” não pode:

- ser uma simplificação de um modelo considerado inexequível e que teve reflexos negativos no clima organizacional e educacional da escola;

- ser aplicada num ano civil, quando todas as estruturas pedagógicas da escola estão orientadas em função de anos escolares;

- depender de requerimento dos interessados a obtenção da classificação de Muito Bom e Excelente;

- dispensar alguns docentes com base em critérios para aposentação;

- não contemplar a vertente científico-pedagógica, aquela em que verdadeiramente assenta o trabalho do professor;

- assentar na avaliação inter-pares, a qual não garante que o avaliador seja mais competente ou mais experiente que o avaliado;

- pressupor a distinção entre titulares e não titulares com base em critérios meramente funcionais e não de natureza científica - pedagógico;

- deixar de ter como prioridade uma verdadeira componente formativa adequada às necessidades reais dos professores e completamente ajustada a práticas científico - pedagógicas;

- assentar numa progressão de carreira com base em quotas ;

- exigir a reformulação de registos, obrigando as escolas a perder mais tempo;

- recair maioritariamente nos Conselhos Executivos, sobrecarregando-os com mais tarefas burocráticas.

Apesar da aplicação do Decreto ter carácter transitório, a possibilidade de ser revisto para efeitos de aplicação do 2º ciclo de avaliação constitui prova de que esse ministério continua a pretender implementar um modelo por demais contestado por uma larga maioria dos docentes.


Entendemos que uma escola pública de qualidade se faz com a participação democrática de todos os professores e, por isso, apelamos a V. Exa. para que nos avalie segundo um modelo que dignifique a classe docente e que tenha em conta a realidade que são as escolas.

Queremos um modelo justo, exequível e ajustado que sirva os interesses da comunidade educativa e valorize a Escola Pública.

Pelos motivos acima enunciados, solicitamos a V. Exa. que proceda à suspensão do actual modelo de avaliação, de modo a assegurar um clima favorável de aprendizagens aos alunos.

Os abaixo-assinados

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

MAPA DA CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO DE 24 DE JANEIRO

Disponibiliza-se um mapa do local da Concentração/Manifestação Nacional de Professores de 24 de Janeiro, com início às 14:30 h., em frente do Palácio de Belém - Lisboa.

Convém lembrar que, de acordo com a lei, a rua que medeia o jardim e o Palácio de Belém não pode ocupada pelos manifestantes.

Vamos ser milhares a fazer ouvir a nossa voz e a manifestar o nosso protesto, dentro do respeito e civismo exemplar que caracterizam a nossa classe.



RESISTÊNCIAS: SANTO ANDRÉ/BARREIRO

DECLARAÇÃO DOS PROFESSORES
Da Escola Secundária de Santo André/Barreiro

Os professores da Escola Secundária de Santo André/Barreiro, reunidos no dia 21 de Janeiro de 2009, fazendo valer o seu direito à avaliação, de acordo com o estipulado pelo artigo 11, nº 1, do Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro, comprometem-me a cumprir todas as funções que decorrem da sua actividade profissional, como sempre têm feito enquanto professores conscientes dos seus deveres para com os alunos e a comunidade educativa em geral. Consideram ainda que
1. O modelo previsto no Decreto Regulamentar 2/2008 de 10 de Janeiro nunca reuniu condições de exequibilidade, tendo sido um factor determinante na degradação do relacionamento interpessoal no seio da classe docente e profundamente perturbador do clima escolar, com reflexos negativos, directos e indirectos, no processo de ensino e aprendizagem.

2. Este modelo, ainda em vigor, encontra-se já completamente desvirtuado por força da introdução de diferentes despachos e emendas, nenhuma delas resultado de uma discussão aberta e participada com a classe docente, carecendo igualmente de uma avaliação científica objectiva.

3. É um modelo que estratifica a carreira artificialmente em professores titulares e professores não titulares, sem qualquer fundamento de ordem profissional, ética e pedagógica, não correspondendo a qualquer diferenciação funcional.
Pelo exposto, reiteram a sua intenção de ser avaliados, mas nunca por este modelo, mesmo numa versão que se limita a simplificar o acessório, mantendo os aspectos essenciais mais gravosos. Manifestam ainda o seu direito a ser avaliados através de um modelo que seja justo, testado, simples, formativo e que, efectivamente, promova o mérito pela competência científico-pedagógica, mas sem diferenciação de natureza administrativa.
Decidem ainda:
1. Manter a suspensão da sua participação em quaisquer procedimentos que digam respeito a este modelo de avaliação, nomeadamente a recusa em entregar os objectivos individuais.
2. Reafirmar as exigências de reposição da carreira única para os professores, do fim da prova de ingresso, de reposição de horários compatíveis com a especificidade da nossa profissão, de reposição das condições de aposentação do antigo ECD e de regulamentação de mecanismos para a vinculação dos professores contratados – o que implica a construção negociada de um verdadeiro ECD, incompatível com o actual “ECD da Ministra”.
3. Apelar a que os Conselhos Executivos dos concelhos do Barreiro e Moita se reunam, para analisarem as condições em que o ME pretende fazer deles os aplicadores do seu modelo de ADD, nomeadamente por via do dec.1-A, sobrecarregando-os com tarefas burocráticas incompatíveis com uma gestão minimamente pedagógica.
4. Saudar as posições de várias Assembleias Municipais e Sindicatos de apoio à luta dos professores; apelar a que todas as organizações representadas no nosso concelho tomem a mesma posição.
5. Apoiar activamente e mobilizar-se para a manifestação de dia 24 de Janeiro frente à Presidência da República, convocada pelos Movimentos de Professores.


Aprovada por 61 votos a Favor (77,2%), 7 Contra e 11 Brancos.
Votaram 79 professores

RESISTÊNCIAS: O EXEMPLO DE FÁTIMA GOMES



Numa altura em que vários professores hesitam na atitude a tomar, e uma minoria (felizmente muito minoritária) sente-se tentada a obter classificações máximas através de um modelo que premeia assimetrias injustas entre colegas, a Fátima Gomes mostra, com o seu gesto de demissão do cargo de coordenadora do departamento, que um professor pode ser um farol de dignidade para todos os outros. Nem todos os coordenadores estarão em condições de escolher o caminho seguido pela Fátima, nem essas demissões serão estrategicamente aconselhadas em todas as situações. Isso não retira, porém, a relevância ética à decisão assumida pela Fátima, que tem aqui o nosso apoio e o nosso reconhecimento. Convém recordar que a Fátima pertence à Direcção da APEDE. E é com orgulho que o dizemos.



Carta Aberta da Fátima Gomes aos seus Colegas de Departamento


Caríssimos,


Em breve fará um ano que me elegestes Coordenadora do Departamento de Línguas. Um ano depois, escrevo-vos para vos comunicar que entreguei, hoje, o meu pedido de demissão do cargo. Sinto, pela confiança que em mim depositastes naquela data e desde então, que vos devo uma explicação. Conforme aleguei no meu pedido de demissão “Os acontecimentos que se arrastam desde Janeiro de 2008 em torno do processo de Avaliação de Desempenho dos Professores, os avanços e recuos em matéria legal e funcional nesta matéria, assim como no Estatuto do Aluno do Ensino não Superior, a degradação do clima relacional e o desgaste provocado por um acréscimo de trabalho de ordem burocrático que acresce irremediavelmente por força de constantes alterações dos diplomas legais, criaram condições cada vez mais difíceis para o desempenho sério e rigoroso do trabalho que a professora reputa de maior importância – a leccionação da disciplina de que é titular e responsável.“.
Creio que contribui, ao longo deste ano, para um debate sério e responsável das matérias que nos têm atormentado. Saio com a consciência de tudo ter feito para derrotar o monstro da prepotência ministerial em sede de pedagógico e de o ter feito olhando-o de frente. Não encaro a minha saída como uma desistência da luta que nos envolve a todos - conhecem-me sobejamente para saberem que estou longe de baixar os braços. A verdade é que o Conselho Pedagógico perdeu qualquer capacidade de acção – o Ministério tratou de o esvaziar, no último decreto – e em breve perderá até qualquer sentido de representatividade democrática – o novo modelo de gestão deu-lhe a estocada final. Não posso, de todo, manter-me num cargo que, como nunca, consagra o desnivelamento injusto entre os professores. Não serei parasita de um sistema contra o qual tenho lutado! Agora sim, seria fácil ficar… todo o trabalho está feito, o desgaste de horas e horas a tentar lapidar as perversidades de umas fichas insanas faz parte do passado, quase não terei de observar aulas, ou seja, nem vos avaliarei, poderia tirar proveito da redução que me deram para o meu merecido descanso, e, ainda por cima, até poderia trabalhar descansadamente para um Excelente (no pior dos casos, um Muito Bom), quando tenho o privilégio de não precisar de ser avaliada na componente científico-pedagógica! Pois agora é a hora certa para eu sair! Não quero, não posso, tirar proveito de algo que me repugna e contra o qual tenho lutado. Onde ficaria a minha dignidade? O meu amor-próprio? A minha decência? O meu sentido de justiça?
Por ter sido eleita, ainda tenho espaço para tomar uma decisão destas. Preocupava-me prejudicar-vos com a minha saída, mas agora até esse cuidado se desvaneceu – só quem solicitar aulas observadas precisará de mim e, num momento destes, como já vos disse pessoalmente, considero uma falta de solidariedade para com os colegas solicitá-las. Daí que não me sinta moralmente obrigada em relação a quem o fizer. Não sei o que o dia de amanhã me reserva. Não sei se serei obrigada a avaliar. Mas dormirei tranquila, com a consciência de que não me deixei vencer pela letargia, pelo comodismo, pelos meus próprios interesses. Continuarei a falar com a liberdade com que me tendes ouvido, porque terei sido coerente e verdadeira até ao fim. Porque a minha voz nunca se ergueu para defender uma causa própria, mas uma causa comum, uma causa justa. E não há nada que aqueça mais o coração!
Como despedida, e não querendo parecer arrogante, lembro-vos um hino à integridade:


«Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim, em cada lago a Lua toda
Brilha, porque alto vive.»


Ricardo Reis

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Concentração 24 de JANEIRO


Movimentos criticam silêncio do Presidente perante "tamanha crise"

Protesto. Nova manifestação decorrerá no sábado

O Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores (MUP) vai pedir ao Presidente da República (PR) que dissolva o Parlamento. Este repto é encarado como a única forma de derrotar as "políticas destrutivas do Governo e salvar o ensino em Portugal" e poderá ocorrer no sábado, na concentração em frente ao Palácio de Belém.

"Penso que o Presidente não só não fez nada, como o seu silêncio é demasiado tácito, corroborando todas as medidas do Governo", disse ao DN Ilídio Trindade, porta-voz do MUP, sublinhando que esta hipótese ainda não foi colocada aos outros movimentos independentes, nem tão pouco aos sindicatos. O que ainda faz com que o MUP pondere este pedido é o facto de essa eventual demissão do Governo poder, na opinião de Ilídio Trindade, ainda vir a beneficiar o próprio Executivo, alcançando uma maioria absoluta em eleições antecipadas.

"O problema é demasiado grave e não tem a ver apenas com os professores. O que está em causa é o ensino em Portugal e a Assembleia da República já foi dissolvida por menos", acrescenta o líder do MUP, afirmando que, entre professores, já circulam expressões do tipo: "vota à direita ou à esquerda, mas não votes PS".

Na opinião de Mário Machaqueiro, da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino, neste momento "seria prematura a demissão, pois ainda há um caminho a percorrer para que a imagem do PS fique mais desgastada". No sábado, a APEDE espera que se juntem em Belém milhares de professores para contestar a avaliação mas também o Estatuto da Carreira Docente. A manifestação é organizada pelos movimentos independentes, como o MUP e a APEDE, e não conta com o apoio oficial dos sindicatos. "Mas esperemos que os sindicatos não abrandem agora a luta", sublinha Mário Machaqueiro.

Mário Nogueira, porta-voz da plataforma sindical, considera que "no plano político, o PR tem estado mais do lado do Governo do que dos professores", lembrando que Cavaco Silva nunca atendeu aos pedidos de audiência dos sindicatos.

Rescaldo da greve

Um dia depois da greve, movimentos independentes e sindicatos convergem na avaliação da situação: há mais professores unidos contra as políticas do Governo e escolas a preparem reuniões gerais para tomar decisões. "As escolas readquiriram parte da determinação que tinham perdido", diz Ilídio Trindade. Mário Machaqueiro acrescenta que este "ânimo" poderá levar à adesão a greves mais prolongadas se a posição do ME não mudar.

Apesar da leitura optimista, movimentos e plataforma reconhecem que o processo está a avançar nalgumas escolas e que há professores que, mesmo fazendo greve, estão a ser coniventes com o sistema, tendo já aulas assistidas e objectivos individuais entregues. "Se isso acontece ainda é mais grave. É sinal de que não o fazem de sua livre vontade e acordo mas porque são alvos de pressões e ameaças", afirma Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma sindical.

O combate à avaliação entrou ontem numa nova fase, com o início da greve dos avaliadores ao processo de avaliação do desempenho.

Educação: PS mobiliza todos os seus deputados para chumbar 6ª feira diploma do CDS

Lisboa, 20 Jan (Lusa) - A direcção da bancada do PS está a mobilizar os seus deputados para chumbarem sexta-feira o diploma do CDS-PP que visa suspender a avaliação dos professores, admitindo mesmo tirar "consequências políticas" se o resultado lhe for negativo.
"A direcção do Grupo Parlamentar do PS assume as suas responsabilidades e tirará todas as consequências políticas", declarou à agência Lusa um alto responsável da bancada socialista, quando confrontado com a hipótese de o projecto do CDS-PP ser viabilizado com votos de deputados da maioria.
Por sua vez, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, recusou-se a considerar que o Governo esteja a dramatizar a votação de sexta-feira, mas adiantou que o executivo considera a avaliação dos professores "uma reforma emblemática" e uma "questão crítica" para o cumprimento do programa do Governo.
"Caso o Governo não tivesse condições para prosseguir com a avaliação dos professores, também não teria condições para prosseguir com um dos eixos fundamentais da sua agenda reformista. Mas não antecipo nada para sexta-feira que não seja o Parlamento continuar a acompanhar o Governo nesta reforma que para nós é decisiva", declarou.
Sabendo que, dos 121 deputados do PS, cinco poderão votar ao lado da oposição (Manuel Alegre, Teresa Portugal, Matilde Sousa Franco, Eugénia Alho e Júlia Caré), a direcção da bancada socialista está a fazer "uma mobilização geral dos seus deputados" para estarem presentes na votação de sexta-feira.
Um dirigente do Grupo Parlamentar do PS referiu que esse apelo será reforçado quinta-feira, durante a reunião da bancada.
Um outro membro da bancada socialista disse à agência Lusa que os deputados receberam na semana passada um "e-mail" a alertar para a importância de duas votações: o expurgo da inconstitucionalidade do Código de Trabalho na quarta-feira e a votação do diploma do CDS-PP na sexta-feira.
Para os deputados socialistas serão ainda feitos telefonemas e enviados "sms" para estarem presentes na hora de votar.
Alguns deputados, com missões no estrangeiro, por exemplo, vão ficar em Lisboa para garantir a maioria necessária da bancada nas votações, acrescentou a mesma fonte.
Na votação de uma proposta de resolução do CDS, a 05 de Dezembro, que recomendava a suspensão da avaliação dos professores, seis deputados do PS votaram a favor (outro absteve-se), com os partidos da oposição.
Se os 30 deputados do PSD que nesse dia estiveram ausentes do Parlamento tivessem votado a favor do projecto do CDS, a maioria absoluta socialista teria sido derrotada pela primeira vez nesta legislatura.
No entanto, na sexta-feira, o grupo de seis deputados que votou a favor da resolução da CDS-PP deverá reduzir-se para cinco, já que João Bernardo irá acompanhar o sentido de voto da direcção da bancada na recusa do diploma.
Também a deputada socialista Odete João, que em Dezembro se absteve, deverá desta vez votar contra o projecto do CDS.
"Na penúltima e na última vez que o Parlamento se pronunciou sobre a avaliação dos professores, aprovou-a. É evidente a natureza puramente de táctica partidária que está em causa nas iniciativas da oposição", declarou Augusto Santos Silva.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CONCENTRAÇÃO/MANIFESTAÇÃO DE 24 DE JANEIRO EM FRENTE AO PALÁCIO DE BELÉM


Mais papistas…

Não posso começar esta crónica sem uma saudação muito especial aos mais de cem mil professores que ontem estiveram em greve. Duas paralisações na casa dos 90%, no espaço de um mês e meio, é um facto sem paralelo no sindicalismo português, antes ou depois do 25 de Abril. A actual luta dos professores constitui aliás um movimento social inédito no nosso país, que extravasa muito as fronteiras do sindicalismo. Desde logo porque nasceu nas próprias escolas, como resposta genuína à prepotência e ao autoritarismo da equipa ministerial teimosamente apoiada por José Sócrates. A contestação generalizada a este modelo de avaliação anti-pedagógico surpreendeu os próprios sindicatos que assinaram o polémico Acordo com o ME, em Abril de 2008.

Mas as causas e consequências dos protestos dos professores vão muito para além da avaliação, do estatuto que separou artificialmente a carreira entre titulares e não-titulares e dum modelo de gestão anti-democrático que pretende, de algum modo, restaurar a bafienta figura do "senhor reitor". A luta não ficou confinada nas escolas, ganhou o espaço público e protagonizou, em pouco mais de meio ano, duas das maiores manifestações de sempre em Portugal, com 100 e 120 mil participantes, seguramente as únicas que conseguiram trazer à rua a maioria qualificadíssima de uma só classe profissional. Tudo isto apesar da chantagem, das ameaças e dos cantos de sereia. É obra!

As repercussões sociais e políticas deste movimento ainda nos escapam. Mas, justamente por ele se situar no coração do sistema educativo, por ter envolvido pais, alunos e toda a sociedade, o mínimo que se pode dizer é que estamos a assistir a uma aula magistral de educação cívica. Os direitos e a dignidade profissional dos professores não cederam a ameaças nem estão à venda perante recuos "simplex" que apenas confirmam a falta credibilidade de um modelo de avaliação mal copiado de paragens longínquas e que já nem é levado a sério pelos seus promotores.

Perante esta afirmação de dignidade profissional e cívica de que se orgulha legitimamente a classe docente, destoa o clima de intimidação e as pressões intoleráveis exercidas sobre os professores de duas escolas da cidade de Beja – a Mário Beirão e a D. Manuel I – por sinal, tive o gosto de ser professor, delegado e dirigente sindical nestas duas escolas, na já longínqua década de 80. Não posso pois calar a indignação perante o que se tem passado, em particular na Secundária D. Manuel I, a nossa velhinha Escola Industrial e Comercial de Beja.

Mais de 90 dos 114 professores desta Escola pediram, no final do primeiro período lectivo, a suspensão de avaliação, depois da greve a que aderiram cerca de 80 docentes. Já em Janeiro, na sequência do Dia de Reflexão, mais de 70 subscritores solicitaram a convocação de uma Reunião Geral de Professores, ao abrigo do Artigo 497 da Lei 99/2003 – vulgo Código do Trabalho. Espantosa foi a reacção dos órgãos de gestão da Escola: esta reunião seria ilegal à face a um regulamento recentemente imposto à função pública – como se os funcionários do Estado pudessem ver os seus direitos diminuídos face à lei geral e, sobretudo, face á Constituição da República Portuguesa que consagra o direito de reunião no seu Artigo 45.

Pior: além de "não autorizar" uma reunião que apenas tinha de ser comunicada e nem carece de autorização, o órgão de gestão da Escola marcou ele próprio, para o mesmo dia e a mesma hora, uma reunião, com um ponto único: "Esclarecimento de dúvidas concretas em relação ao processo de avaliação de desempenho na forma simplificada". E impõe logo uma metodologia: "as questões serão respondidas por ordem de inscrição pelos elementos do CCAD, partindo-se do princípio que os docentes consultaram os sites do ministério relativos à legislação". Ou seja: temos uma sessão de explicações aos meninos que ainda não apreenderam a excelência deste modelo de avaliação! Às vezes dá-me uma saudade de voltar á Escola… Ah! E se me perguntarem quem é que me contou tudo isto, como agora está na moda, aprendi há muitos anos que não se fala, nem na PIDE.

Alberto Matos – Crónica semanal na Rádio Pax – 20/01/2009

VENCEREMOS ESTA "GUERRA"

Seria óptimo se pudessémos dormir em Paz, porque a Greve foi um sucesso e "A GUERRA" deveria estar ganha.

Mas esta LUTA - é bom que tenhamos a plena consciência - é uma "Guerrilha", onde vamos marcando pontos, mas que ainda está LONGE DO FIM.

Estamos nos meses mais decisivos da nossa Profissão, que irão marcar o nosso Futuro como Classe Profissional, como cidadãos responsáveis deste País. As vozes críticas têm os olhos postos em nós e interrogam-se se seremos capazes de continuar e levar a bom termo o que nos propusemos.

Tivemos a coragem de enfrentar, de cabeça erguida, este Ministério da Educação e este Governo. Não vacilamos perante todo o tipo de ameaças e insultos com que fomos presenteados desde que esta equipa ministerial e governo tomaram as rédeas do poder. Andamos em LUTA desde Abril de 2005! É verdade, há quase quatro anos!

De forma faseada, fomo-nos inteirando das coisas, mas a afronta aos Professores começou desde aí.

Neste último ano, ficou claro que ou os combatíamos ou éramos engolidos e, connosco, a Escola Pública.

As eleições, se não houver a antecipação tão desejada pelo PM, serão em Outubro. Portanto, temos pela frente cerca de três meses decisivos.

Chegou-se a um ponto de não-retorno, não podemos voltar atrás, sob pena de se perder todo o sentido daquilo que fizemos até ao momento e perdermos "A FACE". Se recuássemos, ninguém entenderia, nem nós mesmos. As nossas consciências não nos deixariam ter serenidade e, dentro de poucos meses, iríamos colher os frutos amargos de um possível recuo.

Chegou o momento de termos de tomar decisões individuais e não de ficar à espera de ver o que os outros fazem. Chegou a hora de cada um fazer a sua parte com a total certeza de que cada acto individual pode hipotecar o nosso futuro ou levá-lo ao êxito que nos propusemos. O nosso êxito será, entre outros:

- Dignificar a classe profissional a que pertencemos;

- Voltarmos a ser professores a tempo inteiro, e não apenas nos intervalos dos actos burocráticos, administrativos e das infindáveis reuniões sem sentido;

- Salvarmos a Escola Pública da sua total derrocada e garantir a todos aqueles que não podem pagar, ou não querem pagar, os absurdos das Escolas Privadas terem realmente uma Escola de qualidade, onde, além de se aprenderem matérias específicas, que ajudam a escolher uma via profissional, preparem também para a Vida.

Fala-se muito em cidadania e preparar para a cidadania! Mas esta política (des)educativa tudo tem feito para a destruir.

É preciso que os jovens aprendam a valorizar os outros, a respeitar os seus familiares, os seus professores as pessoas com quem se cruzam. É preciso resolver as grandes assimetrias sociais deste País, não com paliativos eleitoralistas, mas com medidas que terminem com os guetos existentes por esse Portugal fora, com predominância nas grandes cidades e suas zonas periféricas.

Esta ajuda, a resolução destes problemas, passa por uma Escola Pública humana, com rosto, cultural, forte, consolidada onde os professores possam ser professores respeitados, acarinhados por toda a comunidade e pelos Governos e Equipas Ministeriais que passem pelo ME. Caso contrário, tudo não passa de um faz-de-conta e hipocrisia, que já dura há demasiado tempo.

Há que mudar, mas indo à raiz dos problemas. A não ser assim, continuaremos a ser um País adiado, a ler Guerra Junqueiro e Eça de Queirós reparando que a sociedade que eles descrevem é a que continuamos a ter mais de um século depois. Uma Nação assim... não tem futuro.

Sei que muitos não gostam de pensar em termos políticos, mas, caros colegas, tudo é política e cada vez mais esta está presente nas nossas vidas, não só profisssionais, como em outras vertentes que temos de enfrentar. Tornou-se impossível dissociá-la das nossas vidas. Temos de tomar decisões... e isso é política.

Conscientemente ou não, transformamos a Democracia Representativa, na qual nos íamos arrastando, pois decidíamos onde votávamos e depois resignávamo-nos até ao próximo acto eleitoral. Isso mudou. A partir do momento que desafiamos o poder instalado, iniciamos o ciclo da Democracia Participativa e, com ele, a responsabilidade de tomarmos decisões.

Os mais atentos também se apercebem que, afinal, governar em Democracia não é nada fácil. Daí a grande apetência pelas maiorias absolutas e em as transformarem em "poderes absolutos, do quero, posso mando e obedece" e, com elas, se cair em "ditaduras" mais ou menos encapotadas.
Nós tivemos a coragem de dizer "BASTA".

Neste ciclo vamos estar mais sós, porque vemos alguns colegas escolherem caminhos aparentemente mais fáceis, mas só aparentemente, porque fugiram a tomadas de posições claras em prol de todos, e partiram à procura dos seus interesses individuais. Mas esse tempo já lá vai. Por isso, os que enveredaram por esse percurso irão sentir na pele, brevemente, o erro cometido e perceberão que sozinhos terão apenas alguns êxitos no imediato e, talvez (ou melhor, o mais certo), nem no imediato. Portanto, que essas atitudes não criem desânimo nos que continuamos firmes, mas reforcem a nossa Vontade e Determinação em Vencer esta Luta.

Assim, preparemo-nos para a próxima etapa: todos a Belém dia 24 de Janeiro, às 14.30h, para a Manifestação/Concentração junto do Palácio, que é a morada oficial do Presidente da República, o primeio Magistrado da Nação.

É hora do Senhor Presidente nos "VER", "OUVIR" e tomar uma posição clara e inequívoca sobra toda a problemática que envolve a Classe Docente. É hora de mostrar de que lado está, pois já passou o tempo de se estar em cima do muro sem ter de decidir para que lado se vai.

Penso que é a primeira concentração junto da residência Presidencial e, sendo assim, também iremos abrir um precedente. O mundo está a mudar e aqui somos o mote dessa mudança no sentido Positivo.

Após esse dia de Luta, outras se devem seguir. Preparemo-nos para todas, sem saltar nenhuma. Só com determinação e união venceremos. Dia a dia vai travar-se a "guerra interna" provocada por todos aqueles que claudicaram em nome dos seus interesses, que irão pôr à prova as nossas decisões individuais. Mas não esqueçamos que outros colegas, "muitos", estão firmes e que todos somados faremos muitos milhares que mudarão o rumo nefasto que a Educação estava a levar em Portugal.

Todos preparados para todas as Lutas visíveis, venham de onde vierem, somos todos professores com o mesmo objectivo.
Portanto, importa é participar e estarmos Unidos no mesmo propósito.

Luísa Coelho
(recebido por mail)

Centenas de professores manifestaram-se esta segunda-feira

De acordo com a agência Lusa, em Braga, algumas centenas de professores concentraram-se junto ao Governo Civil, exigindo a suspensão do actual modelo de avaliação e protestando contra «o clima de intimidação e ameaça instaurado pelo Ministério da Educação». Um grupo de professores da Plataforma Sindical do sector foi recebido por um representante do Governo Civil, a quem entregou um Caderno Reivindicativo. No local, vários dirigentes sindicais, entre as quais Júlia Vale, do Sindicato dos Professores do Norte, pediram «uma revisão do Estatuto que elimine a divisão da carreira em categorias, que estabeleça um modelo de avaliação pedagogicamente construído e garanta a abolição das quotas». 300 professores protestam em Viseu Em Viseu, cerca de 300 professores assinalaram o dia de greve de hoje com uma manifestação, num distrito onde metade das escolas básicas, de 2º e 3º ciclo e secundárias estiveram encerradas, segundo fonte sindical. Os professores concentraram-se no Rossio e, aproveitando uma pausa da chuva, deslocaram-se ao Governo Civil para entregar um abaixo-assinado onde é exigida a revogação do actual Estatuto de Carreira Docente. Nas mãos levavam faixas com inscrições que traduzem as suas reivindicações: «Categoria há só uma - professor e mais nenhuma», «Avaliação: Suspensão, já» e «Aposentação - Muito antes do caixão». Em frente do Governo Civil, Francisco Almeida, representante do Sindicato dos Professores da Região Centro em Viseu, anunciou que a adesão à greve de hoje «é superior à de Dezembro». Cordão humano na Guarda Na Guarda, cerca de duas centenas de professores de escolas da região participaram hoje num «cordão humano» para apelar à «suspensão da avaliação» porque «não serve para a paz nas escolas». Apesar das condições climatéricas adversas, os manifestantes percorreram a pé o trajecto entre a central de camionagem e o centro da cidade, terminando com uma concentração em frente do Governo Civil da Guarda. Durante o percurso exigiram cartazes e gritaram palavras de ordem como «a luta continua, ministra para a rua», «com a educação não se brinca, suspendam esta avaliação». Segundo a sindicalista Sofia Monteiro, coordenadora distrital do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), pelos dados recolhidos, a adesão à greve a nível distrital «está acima dos 95 por cento». Açores e Madeira Duas escolas na Região Autónoma da Madeira estiveram sem actividades escolares porque os professores fizeram greve, em solidariedade com os colegas do continente, disse à agência Lusa um responsável da secretaria regional da Educação. De acordo com os dados avançados pelo director regional da Administração Educativa, Jorge Morgado, os dois estabelecimentos afectados são o da Seara Velha, em Câmara de Lobos, e uma no Seixal (norte da ilha da Madeira). Os sindicatos representativos dos professores na Madeira não aderiram oficialmente à greve, mas deram liberdade de escolha aos seus associados para mostrarem solidariedade com a luta dos docentes, tendo os avisos de pré-adesão emitidos abrangido a região. Nos Açores, fonte do Sindicato dos Professores da Região disse à agência Lusa não ter conhecimento, até ao início da tarde, do encerramento de estabelecimentos de ensino na ilha de São Miguel por causa da greve. «Decorre neste momento um processo de negociação sobre a revisão do Estatuto da Carreira Docente», lembrou Armando Dutra, o presidente do sindicato, acrescentando que, no entanto, os docentes no arquipélago que tenham optado por aderir à greve estavam cobertos pelo pré-aviso nacional.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Professores prometem mais protestos se Governo não resolver “conflito”

Sindicatos falam em 90 por cento de adesão, tutela em 41

Os sindicatos prometeram hoje "novas greves e manifestações" se o Governo não resolver o "conflito" com os docentes, ultrapassável com uma revisão "positiva" do Estatuto da Carreira Docente (ECD). A promessa surge na sequência dos números apresentados pelo Ministério da Educação e que estimam uma adesão à greve de hoje de 41 por cento (os sindicatos falam em 90), o que obrigou ao encerramento de 27 por cento das escolas – um número “muito inferior” ao de Dezembro, diz a tutela.

Greve dos professores com adesão superior a 90%

O porta-voz da plataforma sindical dos professores, Mário Nogueira, afirmou que os primeiros dados sobre a adesão à greve de hoje apontam para "adesões superiores a 90 %" em todo o País.
Em declarações aos jornalistas esta manhã, na secundária Jaime Cortesão, em Coimbra, Mário Nogueira considerou que a paralisação "representa uma grande derrota das políticas educativas do Governo".
"É de uma dimensão extraordinária", sublinhou Mário Nogueira, frisando que os professores entenderam ser uma "greve fundamental" num momento em que se prepara a revisão do Estatuto da Carreira Docente, "imposto pelo Ministério da Educação há dois anos".
Na sua perspectiva, apesar de ser uma greve destinada a contestar o Estatuto, quando se completam dois anos, a rejeição ao modelo de avaliação também está presente nesta reacção dos professores.
"Os professores estão de parabéns. Uma vez mais revelam uma grande consciência no plano profissional e naquilo que é a necessidade de lutar por um Estatuto da Carreira Docente que dignifique a profissão e que crie melhores condições para o exercício da profissão nas escolas", acentuou.
Para Mário Nogueira, "é uma greve que vem, uma vez mais, dar força à luta dos professores", e deve questionar o Governo se não deve dar um outro rumo à política educativa.
"Se a ministra da Educação não tiver condições para ser ela uma das protagonistas dessa mudança, o Governo vai ter de encontrar quem possa sê-lo, porque hoje os professores, de forma inequívoca, estão a deixar claro que não aceitam, e vão continuar a lutar contra esta política", acrescentou.
Nas duas escolas que Mário Nogueira visitou hoje em Coimbra, a Secundário Jaime Cortesão e o Agrupamento Dra. Maria Alice Gouveia, a paralisação de professores era total.
O dirigente sindical deixou o repto aos professores, pais, alunos, e demais cidadãos para se unirem, este ano, numa grande marcha nacional "pela defesa de uma escola pública de qualidade".
Ao princípio da tarde de hoje a plataforma de sindicatos de professores entrega no Ministério da Educação uma abaixo-assinado, com cerca de 70 mil assinaturas, a reclamar a revisão do Estatuto da Carreira Docente.
O abaixo-assinado será ainda entregue nos governos civis do Porto, Braga, Bragança e Viana do Castelo.
Os professores realizam hoje mais uma greve, em protesto contra o modelo de avaliação de desempenho e o Estatuto da Carreira Docente, estimando os sindicatos uma adesão superior a 90 por cento, à semelhança da registada a 03 de Dezembro.
Na última paralisação nacional de docentes, os sindicatos apontaram uma adesão na ordem dos 94 por cento, enquanto segundo os números avançados pelo Ministério da Educação não foi além dos 66,7 por cento, valor que a tutela considerou "significativo".
EMAIL da APEDE: correio@apede.pt
  • Ligações a ter em conta
  • site da APEDE
  • A sinistra ministra
  • A Educação do meu Umbigo
  • ProfAvaliação
  • outrÒÓlhar
  • M.U.P
  • o estado da educacao
  • o cantinho da educacao
  • educação sa
  • correntes
  • movimento escola pública
  • As Minhas Leituras
  • ultimaseducativas
  • PROmova
  • educar resistindo
  • escola pública
  •