Como já vem sendo habitual nos períodos de férias, situação que se agrava este ano, dado o actual contexto político-eleitoral, que pode levar ao fim da divisão da carreira (uma das questões centrais da nossa luta), o ME, via DGRHE, apostando claramente num eventual avolumar de situações de facto consumado que venham a dificultar a sua inversão, por parte do próximo governo, e numa atitude de baixa política, “lançando o barro à parede para ver se cola”, está a enviar para as escolas a seguinte informação:
Exmo. (a) Sr. (a)
Director (a)
Na sequência do Decreto-Lei n.º 104/2008, de 24 de Junho, informamos que a partir de hoje se encontrará disponível o formulário electrónico para candidatura e upload do trabalho, da prova pública de acesso à categoria de professor titular.
Solicita-se assim que informe todos os docentes do Agrupamento ou Escola não agrupada que reúnem os requisitos exigidos para tal.
Informa-se ainda que após a entrada dos requerimentos electrónicos, os dados dos candidatos ficarão disponíveis para validação das respectivas escolas.
As várias etapas deste processo, bem como a operacionalização do mesmo, constam da Nota Informativa, a disponibilizar na página electrónica da DGRHE.
Com os melhores cumprimentos,
A DGRHE
Mesmo conhecendo o esclarecimento da FENPROF, de 30 de Julho, a APEDE, numa atitude de prudente alerta e total coerência com as posições que sempre assumiu, lembrando que deste ME tudo se pode esperar, e deixando claro que desta vez não haverá desculpas, por falta de informação ou conhecimento das consequências (pois todos já sabemos a finalidade das políticas educativas deste governo e o seu carácter perverso e iníquo), vem afirmar claramente que a resposta daqueles a quem se dirige este “convite” envenenado, só pode ser um digno e rotundo NÃO!!! A APEDE não discute sequer a questão da existência de mais ou menos vagas para aqueles que forem aprovados nesta prova pública, porque o que está verdadeiramente em causa é a divisão da carreira e quanto mais professores concorrerem agora (seja lá qual for a justificação, argumento ou objectivo escolhidos) mais difícil será acabar com essa divisão iníqua. Os milhares de professores que exprimiram nas ruas a sua indignação, afirmando bem alto “Categoria há só uma, Professor e mais nenhuma”, saberão manter a sua coerência e não irão agora, seguramente, deixar-se iludir por “cantos de sereia”, logros e manobras em torno de um novo concurso para professor titular. Deverão dar, isso sim, com o seu NÃO! a mais esta jogada perversa e cirúrgica do ME, uma resposta firme e convicta a quem nos continua a agredir e provocar. E em Setembro, nas urnas e não só, voltaremos a mostrar que não nos rendemos, que não desistimos, que iremos vencer esta justíssima luta!
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