sexta-feira, 31 de outubro de 2008

COMUNICADO FENPROF-MOVIMENTOS

A Federação Nacional dos Professores, FENPROF, representada por alguns elementos do seu Secretariado Nacional, e 3 Movimentos de Professores (APEDE, MUP e Promova), representados por alguns professores mandatados para o efeito, reuniram na noite do dia 29 de Outubro de 2008, em Lisboa, com o objectivo de trocarem impressões sobre a situação que se vive hoje nas escolas portuguesas, as movimentações de professores que resultam da necessidade de enfrentar a ofensiva sobre a escola pública (e os professores em concreto) que este Governo continua a desenvolver e, concretamente – conforme constava da iniciativa que estes 3 Movimentos tomaram ao solicitar este encontro à FENPROF - , serem explicitados os motivos que levaram à convocatória de uma iniciativa pública de professores marcada para o próximo dia 15 de Novembro.

Em relação à análise da situação hoje vivida nas escolas portuguesas, às causas e objectivos dos grandes factores de constrangimento a uma actividade lectiva encarada e desenvolvida com normalidade, e à ideia de ser imprescindível pôr cobro de imediato aos principais eixos da política educativa levada a cabo por este Governo, verificou-se uma grande convergência de opiniões entre todos os presentes, nomeadamente quanto:

à mensagem que é necessário transmitir, para todos os sectores da sociedade civil, de que a luta actual dos professores não é movida por meros interesses corporativos, já que reflecte antes uma profunda preocupação com o futuro da escola pública e com as condições indispensáveis a uma dignificação da profissão docente enquanto factor indispensável a um ensino de qualidade

ao repúdio, veemente e inequívoco, deste modelo de avaliação do desempenho docente, à necessidade de incentivar e apoiar todas as movimentações de escola que conduzam à suspensão imediata da sua aplicação e à urgente perspectiva de se abrirem negociações sobre outras soluções alternativas, que traduzam um novo modelo de avaliação, tanto mais que sucessivos incumprimentos do ME do memorando de entendimento que foi forçado a assinar no ano lectivo anterior com a Plataforma de Sindicatos praticamente o esvaziam de conteúdo e a delirante investida na alteração da legislação sobre concursos mais não faz do que confirmar

à recusa dos princípios fundamentais em que assenta o Estatuto de Carreira Docente imposto pelo ME aos professores, nomeadamente a criação de duas carreiras, a hierarquização aí estabelecida e os constrangimentos ao acesso e à progressão na carreira, apontando-se também a divisão arbitrária e injusta da carreira como um factor que condiciona e desacredita as soluções ao nível de avaliação do desempenho docente e não só, pelo que urge a abertura de processos negociais tendentes à sua profunda revisão

à rejeição de um modelo de gestão e administração escolares que visa, essencialmente, o regresso ao poder centralizado de uma figura que foge ao controlo democrático dos estabelecimentos de ensino e se assume unicamente como representante da administração educativa nas escolas.

Por último, os representes das estruturas, assim reunidos, reafirmam a sua intenção de tudo fazerem no sentido da convergência das lutas, para incrementar e reforçar a unidade entre todos os professores e em defesa da Escola Pública.


Lisboa, 30 de Outubro de 2008


FENPROF
APEDE
MUP
PROmova



ESCOLAS A RESISTIR!

Esta lista contempla cerca de 100 escolas até à 1,30h da madrugada de hoje!

Agrupamento de Escolas António José De Almeida -Penacova
Agrupamento de Escolas Aristides de Sousa Mendes - Póvoa de Santa Iria
Agrupamento de Escolas Clara de Resende - Porto
Agrupamento de Escolas Conde de Ourém – Ourém
Agrupamento de Escolas Coura e Minho - Caminha
Agrupamento de Escolas D. Carlos I - Resende
Agrupamento de Escolas D. Carlos I - Sintra
Agrupamento de Escolas D. Manuel de Faria e Sousa – Felgueiras
Agrupamento de Escolas D. Martinho C. Branco - Portimão
Agrupamento de Escolas D. Miguel de Almeida – Abrantes
Agrupamento de Escolas da Maceira – Leiria
Agrupamento de Escolas de Alvide - Cascais
Agrupamento de Escolas de Aradas - Aveiro
Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra - Algarve
Agrupamento de Escolas de Aveiro
Agrupamento de Escolas de Castro Daire
Agrupamento de Escolas de Forte da Casa - Lisboa
Agrupamento de Escolas de Lousada Oeste
Agrupamento de Escolas de Marrazes - Leiria
Agrupamento de Escolas de Ourique - Alentejo
Agrupamento de Escolas de Ovar
Agrupamento de Escolas de S. Julião Da Barra - Oeiras
Agrupamento de Escolas de Vila do Bispo - Algarve
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Santo André - Santiago do Cacém
Agrupamento de Escolas de Vouzela
Agrupamento de Escolas Dra. Maria Alice Gouveia
Agrupamento de Escolas José Maria dos Santos - Pinhal Novo
Agrupamento de Escolas Nº1-Beja
Agrupamento de Escolas Nuno Álvares Pereira – Camarate
Agrupamento de escolas Pedro de Santarém - Lisboa
Agrupamento de Escolas Ribeiro Sanches – Penamacor
Agrupamento Vertical Clara de Resende - Porto
Agrupamento Vertical da Senhora da Hora - Porto
Agrupamento Vertical de Escolas de Gueifães – Maia
Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues – Silves
Agrupamento Vertical Escolas de Azeitão
Comunicado Conjunto de Alguns Executivos para a DREC
Declaração da Demissão de Avaliador do Prof. José Maria Barbosa CardosoDepartamento de Expressões da Escola Eugénio de Castro - Coimbra
Departamento de Expressões da Escola Secundária Filipa de Vilhena - Porto
Departamento de História, Filosofia e E.M:R. da Escola Secundária de Odivelas
Escola Alice Gouveia - CoimbraEscola Básica 1 de Santa Maria de Beja -
Demissão do Conselho Executivo e de todos os Órgãos intermédiosEscola Básica 2, 3 da Abelheira - Viana do Castelo
Escola Básica 2, 3 Frei Bartolomeu dos Mártires - em Viana do Castelo
Escola Básica 2,3/Secundário de Celorico da Beira
Escola Básica 2/3 António Fernandes de Sá - GervideEscola Básica 2/3 de Tortosendo
Escola Básica 2/3 de LijóEscola Básica Frei André da Veiga - Santiago do Cacém
Escola de ArraiolosEscola EB23 Dr. Rui Grácio - Sintra
Escola Eugénio de Castro - CoimbraEscola Fernando Lopes-Graça, Parede - Cascais
Escola Jaime Magalhães Lima - Aveiro
Escola Martim de Freitas - Coimbra
Escola Secundária Alcaides de Faria - Barcelos
Escola Secundária André de Gouveia
Escola Secundária Augusto Gomes - Matosinhos
Escola Secundária Avelar Brotero - Coimbra
Escola secundária c/ 3ª ciclo Camilo Castelo Branco - Vila Real
Escola Secundária c/ 3ª ciclo Manuel da Fonseca - Santiago do Cacém
Escola Secundária c/ 3º CEB Madeira Torres - Torres Vedras
Escola Secundária c/ 3º ciclo de Barcelinhos
Escola Secundária c/ 3º Ciclo de Madeira Torres - Torres Vedras
Escola Secundária c/ 3º ciclo Rainha Santa Isabel - Estremoz
Escola Secundária Camões - Lisboa (Demissão da maioria dos professores Avaliadores n/Coordenadores)
Escola Secundária Campos-Melo - Covilhã
Escola Secundária D. João II - Setúbal
Escola Secundária da Amadora
Escola Secundária da Amora
Escola Secundária de Albufeira - Algarve (Abaixo-assinado)
Escola Secundária de Arganil
Escola Secundária de Camões - Lisboa (Declaração de Demissão da maioria dos professores Avaliadores n/ Coordenadores)
Escola Secundária de Francisco Rodrigues Lobo - Leiria
Escola Secundária de Miraflores - Oeiras
Escola Secundária de Montemor-o-Novo
Escola Secundária de S. Pedro - Vila Real
Escola Secundária de Sebastião da Gama - Setúbal
Escola Secundária de Vila Verde
Escola Secundária Dom Manuel Martins - Setúbal
Escola Secundária Dona Maria - Coimbra
Escola Secundária Dr. Júlio Martins - Aveiro
Escola Secundária Emídio Navarro - Viseu
Escola Secundária Ferreira de Castro
Escola Secundária Ferreira Dias - Santiago do Cacém
Escola Secundária Infanta D. Maria – Coimbra
Escola Secundária Jaime Magalhães Lima / Aveiro
Escola Secundária Martins Sarmento - Guimarães
Escola Secundária Monte da Caparica - Lisboa
Escola Secundária Montemor-o-Novo
Escola Secundária Rio Tinto
Escola Secundária Seomara da Costa Primo - Amadora
Escola Secundária Severim de Faria
Escola Secundária/3 De Barcelinhos (Conselho Pedagógico Suspende Avaliação)
Escolas do Concelho de Chaves (9 escolas)
Moção na Escola Secundária de S. Pedro - Vila Real

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

COMUNICADO DA APEDE


REUNIÃO DOS MOVIMENTOS DE PROFESSORES COM A FENPROF


A APEDE, o MUP e o PROmova reuniram-se nesta quarta-feira com membros do secretariado nacional da FENPROF. O diálogo decorreu num clima de franqueza e de abertura. Desse encontro deverá sair um comunicado conjunto que será, em breve, divulgado. Foi também criado um compromisso no sentido de se abrir a possibilidade de uma única manifestação em Novembro.

LISTAGEM DE ESCOLAS QUE DE NORTE A SUL DO PAÍS RECLAMAM PELA SUSPENSÃO DESTE MODELO DE AVALIAÇÃO

LISTAGEM DE ESCOLAS QUE DE NORTE A SUL DO PAÍS RECLAMAM PELA SUSPENSÃO DESTE MODELO DE AVALIAÇÃO, POR FERIR A QUALIDADE DO ENSINO E DA EDUCAÇÃO E A DIGNIFICAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE
Lista Actualizada a 26 de Outubro

Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra / Algarve
Agrupamento de Escolas de Vila do Bispo /Algarve (*)
Agrupamento de Escolas nº1-Beja, (*)
Agrupamento das Escolas de Ourique / Alentejo
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
Agrupamento de Escolas de Aradas (*)
Agrupamento de Escolas de Vouzela
Agrupamento Vertical Senhora da Hora (*)
Agrupamento de Escolas de Forte da Casa / Lisboa
Agrupamento de Escolas Aristides de Sousa Mendes / Póvoa Sta Iria (Lisboa) (*)
Agrupamento Vertical Escolas de Azeitão
Agrupamento de Escolas D. Carlos I /Resende (*)
Agrupamento de Escolas D. Manuel de Faria e Sousa / Felgueiras (*)
Agrupamento Vertical de Escolas de D. Manuel de Faria e Sousa /Felgueiras (*)
Agrupamento de Escolas António José de Almeida /Penacova (*)
Agrupamento de Escolas da Maceira / Leiria (*)
Agrupamento de Escolas Clara de Resende / Porto (*)
Agrupamento de Escolas Pedro Santarém (*)
O Agrupamento de Escolas de Frei Bartolomeu dos Mártires de Viana do Castelo
Escola S. Emídio Navarro / Viseu (*)
Escola Secundária Campos Melo (*)
Escola Secundária c/ 3º ciclo de Barcelinhos (*)
Escola Secundária Montemor-o-Novo (*)
Escola Sec. C/ 3º Ciclo de Madira Torres / Torres Vedras(*)
Escola Secundária D. João II / Setúbal
Escola Secundária Dom Manuel Martins / Setúbal (*)
Escola de Arraiolos
Escola Secundária c/ 3ª ciclo Manuel da Fonseca / Santiago do Cacém
Escola Secundária c/ 3º ciclo Rainha Santa Isabel /Estremoz
Escola B1 de Sta Marisa de Beja - Demissão do Conselho Executivo e Profs. Coordenadores e SubCoordenadores
Escola Alice Gouveia / Coimbra
Escola Secundária Dona Maria / Coimbra (*)
Escola Secundária Campos Melo (*)
Escolas do Concelho de Chaves
Escola Secundária da Amadora / Sintra
Escola EB23 DR. Rui Grácio / Sintra
Escola Secundária da Amadora (*)
Escola Secundária Ferreira Dias / Cacém
Escola secundária c/ 3ª ciclo Camilo Castelo Branco / Vila Real
Escola Secundária Dr. Júlio Martins / Aveiro
Escola Secundária Alcaides de Faria / Barcelos
Departamento de Expressões da Escola Eugénio de Castro / Coimbra
Departamento de Expressões da Escola Secundária Filipa de Vilhena / Porto
Departamento de História, Filosofia e E.M:R. da Escola Secundária de Odivelas
Departamento de Filosofia e Moral da Escola Secundária do Monte da Caparica (*)
Declaração da Demissão de Avaliador do Prof. José Maria Barbosa Cardoso,
Declaração de Demissão da maioria dos professores Avaliadores n/ Coordenadores, da Escola Secundária Camões.




Célia Tomás (Esc. Sec. De Odivelas)
___________________________________________________________
Nota:1. A referência a estas Escolas foi feita a partir de mails de colegas que têm colaborado na listagem de Agrupamentos, Escolas, Departamentos e Grupos Disciplinares de Professores que se têm insurgido face a este Modelo de Avaliação. Podem também ser confirmadas nos seguintes endereços electrónicos:
Htpp://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
Htpp://movimentoescolapublica.blogspot.com/
Htpp://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content id=1030744 e 1030745 ,(entre outros)
Por certo, muitas outras vozes se fazem ouvir e lutam por um Modelo mais justo, democrático e exequível, que não estão aqui contempladas.
Continuo a pedir a colaboração de todos no cumprimento deste objectivo.
Por favor, reencaminhem para outros colegas.
2. Os Agrupamentos e ou Escolas seguidos de (*) significa que foram acrescentados à lista a partir de 26 de Outubro de 2008.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

É ESSENCIAL A DENÚNCIA DO MEMORANDO

Professores: Movimentos independentes querem denúncia de memorando entre Plataforma e Governo

Os movimentos independentes de professores consideram "essencial" a denúncia do memorando de entendimento estabelecido entre a Plataforma Sindical e o Ministério da Educação, para uma eventual aproximação aos sindicatos do sector.O Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP), a Associação de Professores em Defesa do Ensino e o PROmova, que hoje vão ter um encontro com dirigentes da Fenprof (Federação Nacional de Professores), defendem que "não chega pedir a suspensão do modelo de avaliação" dos docentes, como a Plataforma Sindical fez na sexta-feira passada.O memorando de entendimento, firmado a 17 de Abril, previa a limitação de critérios do modelo de avaliação neste ano lectivo, para além de outras matérias, como a criação de um escalão no topo da carreira docente ou a definição de um crédito de horas destinado à concretização da avaliação.Para os movimentos independentes, é fundamental que os sindicatos percebam que "o memorando de entendimento é unanimemente repudiado pela generalidade dos professores", como afirmou Mário Machaqueiro, coordenador da Associação de Professores em Defesa do Ensino, em declarações à agência Lusa.Ilídio Trindade, do MUP, concorda, sublinhando que "não basta a Plataforma dizer que 'rasga' este acordo, é preciso que tome uma atitude", tal como Octávio Gonçalves, da PROmova, ao afirmar que, para a reunião de hoje à noite, "está tudo em aberto, com uma condição essencial: a denúncia pública do memorando de entendimento".Os três movimentos manifestam disponibilidade para uma "aproximação" às estruturas sindicais, sublinhando que a luta que promovem "não é anti-sindical", mas contra as políticas educativas do Governo.No entanto, Ilídio Trindade vai mais longe e aponta a necessidade de as estruturas sindicais "tomarem consciência de que toda a movimentação de professores surgiu por inépcia dos sindicatos e da forma frouxa como têm negociado com este ministério".Quanto às manifestações - uma marcada para 15 de Novembro pelos movimentos e outra para 08 de Novembro convocada pelos sindicatos -, preferiam a "união", mas não entendem como um "drama" a realização de ambas."Na união ganhamos todos e na divisão perdemos todos", afirma o coordenador da PROmova, Octávio Gonçalves."Estamos na disposição de criar condições para que se faça apenas uma manifestação, que demonstre o sentimento generalizado dos professores, mas não há drama, se se fizerem duas. Até podem ser duas oportunidades para os professores fazerem ouvir o seu descontentamento", considerou Mário Machaqueiro.Os três movimentos mostraram-se ainda descontentes com a forma como a Fenprof tem tentado "desvalorizar o encontro de hoje", ao afimar que a informação sobre uma "reunião não é rigorosa", mas, ainda assim, manifestam-se empenhados.Num comunicado emitido pela Fenprof no final da reunião do secretariado, na terça-feira à noite, a estrutura liderada por Mário Nogueira afirma que "tem corrido a blogosfera e tem-se propagado por correio electrónico a informação de que a Fenprof iria realizar uma reunião com representantes de três movimentos de professores. Esta informação não é rigorosa".De acordo com o comunicado, "foi solicitada, apenas, a possibilidade de representantes de movimentos exporem os motivos dos seus recentes posicionamentos em relação à situação na Educação".

terça-feira, 28 de outubro de 2008

CONCENTRAÇÃO DE PROFESSORES E PROFESSORAS

Senhora Ministra da Educação:

Obrigado por nos unir!

Aproxima-se a passos largos o mês de Novembro. Vamos manifestar-nos de novo na capital e dizer bem alto que a escola pública está refém de uma política irresponsável e que os seus profissionais não abdicam do seu compromisso por uma escola de sucesso com qualidade.

Recusamos satisfazer o monstro burocrático desta avaliação de desempenho com que nos querem paralisar, dividir e destruir o trabalho em equipa. Queremos trabalhar melhor e não consumir as nossas melhores capacidades, dias, noites e fins-de-semana sem fim, a preencher dezenas, centenas de páginas e documentos absurdos.

Denunciamos esta espécie de cortina de ferro com que a Senhora Ministra quer sitiar a escola pública, para que não se conheçam as carências, os atrasos e o desinvestimento que é a verdadeira face da política deste governo.

A avaliação que queremos tem de ir ao encontro dos direitos e necessidades dos alunos bem como da sociedade moderna. Tem de promover uma escola que aposta na formação plena e equilibrada dos cidadãos, numa perspectiva construtiva.

Somos professores e professoras e rejeitamos a divisão em duas categorias. Por que razão certos alunos teriam professores de "primeira" categoria e outros de "segunda"?

Para preparar o mês de Novembro, os professores irão concentrar-se, no dia 1 de Novembro, no Largo da Misericórdia, em Setúbal, entre as 18 e as 20 horas. Haverá intervenções das escolas em luta, de convidados, e apontamentos culturais (música e documentário).

Contamos contigo! Reencaminha. Traz outro amigo também!

Setúbal, 27 de Outubro de 2008

A Comissão Promotora (35 colegas de várias escolas e de vários graus de ensino, dos Concelhos de Setúbal e Palmela)
Jaime Pinho
Silvana Paulino
Ana do Carmo
Cristina Vicente
António Almeida
Nazaré Oliveira
Francisco Jesus
Elisabete Fernandes
Dulce Rei
Pedro Fragoso
Isabel Liberato
Leonor Duarte
Maria João Nogueira
Maria José Carvalho
Álvaro Arranja
Patrícia Rosa
Teresa Pontes
Eurico Coelho
Isabel Cruz
Isabel Vaz Oliveira
Maria José Simas
Margarida Figueira
Helena B. Costa
Isabel Castanho
António Vasconcelos
Lídia Reis Pereira
João Paulo Maia
Lígia Penim Marques
Neli Pires
Teresa Rosário
Paulo Tavares
Daniel Pires
Alice Brito
Filipe Pestana
Irene Palma
Movimento Escola Pública

domingo, 26 de outubro de 2008

POR QUE PROTESTAM OS PROFESSORES

Depois da manifestação que juntou 100 mil docentes vêm aí mais duas no espaço de uma semana
Seja qual for o Governo, seja qual for o ministro, há uma verdade que o tempo se tem encarregado de tornar indesmentível: os professores manifestam-se, protestam, fazem greve.Normalmente, essa actividade contestária da classe docente resulta na demissão do responsável pela pasta da Educação. Mas, nos tempos que correm, a situação é diferente. Maria de Lurdes Rodrigues, que ostenta o título de governante que enfrentou a maior manifestação de sempre - 100 mil professores saíram à rua em Março último -, tem resistido à força dos cartazes e das palavras de ordem e na sua agenda estão já assinalados mais dois dias de luta, a 8 e 15 de Novembro.Mas, afinal, por que protestam tanto os professores? A pergunta não é de resposta fácil, mas há uma justificação, avançada pelo antigo ministro Couto dos Santos, que pode muito bem ser o ponto de partida para outras análises. "Após o 25 de Abril, o sistema educativo em Portugal não se conseguiu libertar do anátema de politizar as questões relacionadas com a educação." Depois, vêm as razões mais directas, enumeradas pelos próprios docentes, por quem os representa, por quem está do outro lado e mesmo por quem assiste de fora: desrespeito por parte da tutela; adopção de medidas que alteram os fundamentos da escola pública; mudança de regras e introdução de normas de rigor e exigência; e ausência de constrangimentos de natureza contratual que os [professores] possam fazer sentir em perigo.
[...]
Consenso ou concertação, como aponta Ivo Domingues. O sociólogo da Universidade do Minho, que escreve e reflecte sobre temas da Educação, lamenta a não existência em Portugal de uma cultura da política favorável à concertação. "Temos o Governo a legislar sem ouvir convenientemente os parceiros e movido por uma agenda política em que o tempo é erradamente concebido. As mudanças fazem-se muito por decreto. E temos sindicatos que apenas existem para defender o que há. Precisamos de governos que negoceiem mais as medidas e sindicatos que sejam parceiros na antecipação do futuro", observa.Como este cenário não se verifica e como os professores têm uma identidade profissional muito própria, o resultado está à vista: manifestações e mais manifestações. Do ponto de vista da análise sociológica, a questão da identidade profissional é muito importante, segundo Ivo Domingues. Ou seja, na medida em que os professores se vêem a eles próprios como formadores de personalidades e de cidadãos, assumem para eles o comportamento de cidadania que lhes permite dizer com toda a liberdade o que pensam. "E como não têm constrangimentos de natureza contratual que os possa fazer sentir em perigo, porque o patrão é o Estado e é ao Estado que compete garantir todos os direitos de cidadania"..., avançam para a rua.Mas será que esta falta de concertação é exclusiva do sector da Educação? Não, diz o sociólogo. A questão é que, explica, os médicos e os juízes, por exemplo, têm outros palcos de influência e de defesa dos seus interesses. "Estão mais representados nos órgãos centrais do Estado", sintetiza.

In
Jornal de Notícias.

RESISTÊNCIA NAS ESCOLAS

LISTA DE ESCOLAS QUE, DE NORTE A SUL DO PAÍS, RECLAMAM PELA SUSPENSÃO DO ACTUAL MODELO DE AVALIAÇÃO, POR FERIR A QUALIDADE DO ENSINO E DA EDUCAÇÃO E A DIGNIFICAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE


Lista Actualizada a 26 de Outubro


Agrupamento de Escolas de Armação de Pêra / Algarve
Agrupamento das Escolas de Ourique / Alentejo
Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Poiares
Agrupamento de Escolas de Vouzela
Agrupamento de Escolas de Forte da Casa / Lisboa
Agrupamento Vertical Escolas de Azeitão
Escola Secundária Jaime Magalhães Lima / Aveiro
Escola de Aradas / Aveiro
Escola Secundária D. João II / Setúbal
Escola de Arraiolos
Escola Secundária c/ 3ª ciclo Manuel da Fonseca / Santiago do Cacém
Escola Secundária c/ 3º ciclo Rainha Santa Isabel /Estremoz
Escola B1 de Sta Marisa de Beja - Demissão do Conselho Executivo e de todos os Órgãos intermédios
Escola Alice Gouveia / Coimbra
Escolas do Concelho de Chaves
Escola Secundária da Amadora / Sintra
Escola EB23 DR. Rui Grácio / Sintra
Escola Secundária Ferreira Dias / Cacém
Escola secundária c/ 3ª ciclo Camilo Castelo Branco / Vila Real
Escola Secundária Dr. Júlio Martins / Aveiro
Escola Jaime Magalhães / Aveiro
Secundária Alcaides de Faria / Barcelos
Departamento de Expressões da Escola Eugénio de Castro / Coimbra
Departamento de Expressões da Escola Secundária Filipa de Vilhena / Porto
Departamento de História, Filosofia e E.M:R. da Escola Secundária de Odivelas
Declaração da Demissão de Avaliador do Prof. José Maria Barbosa Cardoso,
Declaração de Demissão da maioria dos professores Avaliadores n/ Coordenadores, da Escola Secundária Camões.

sábado, 25 de outubro de 2008

REUNIÃO DE MOVIMENTOS


REUNIÃO DE MOVIMENTOS
PARA ORGANIZAR A MANIFESTAÇÃO DE 15 DE NOVEMBRO

No passado dia 24 de Outubro, realizou-se uma reunião de representantes da APEDE, do MUP e do PROmova, bem como de membros do movimento de professores de Leiria, com vista a analisar a situação actual da luta dos professores, a definir os princípios e as reivindicações que nos devem mobilizar e a preparar a manifestação de 15 de Novembro.
O diálogo e a troca de informações deixaram transparecer a grande adesão e mobilização dos professores, nas mais diferentes escolas do país, em torno da referida manifestação. Foi também consensual que esta não poderá ficar confinada a exigências de carácter socioprofissional, devendo antes denunciar, com a maior amplitude possível, a actual degradação do ensino e do sistema educativo, dirigindo-se à sociedade civil e mostrando que a causa dos professores é, hoje, a causa de todos os portugueses preocupados com o futuro de uma escola pública democrática, socialmente inclusiva mas exigente para todos os actores nela envolvidos.
Os movimentos presentes nesta reunião foram unânimes em assumir a manifestação de 15 de Novembro como uma afirmação genuína dos professores, vinda das bases e indo ao encontro da resistência espontânea que se está a desenvolver nas escolas. Estes movimentos querem, com a referida manifestação, contribuir para a intensificação dessa resistência, cujo objectivo final será o derrube de todas as políticas despóticas que têm procurado quebrar a vontade dos professores e destruir uma escola pública de qualidade.


Foi ainda estabelecido que estes são os princípios gerais que irão nortear a posição dos movimentos na reunião agendada com a Direcção da FENPROF para o próximo dia 29.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

REUNIÃO DA APEDE COM A FENPROF

REUNIÃO DA APEDE E DE OUTROS MOVIMENTOS
COM A FENPROF

(actualizado)

Por iniciativa da APEDE, que deu o primeiro passo no sentido de se criar condições para um diálogo entre os movimentos independentes de professores e as organizações sindicais, esta associação, o MUP e outros movimentos que se queiram juntar irão reunir com a direcção da FENPROF no próximo dia 29 de Outubro. Nessa reunião serão apresentadas as razões que nos levaram a convocar a manifestação do dia 15 de Novembro. Aproveitaremos também para discutir os pontos de divergência, mas também os de convergência, que actualmente definem a nossa posição relativamente às direcções sindicais. É nossa intenção apelar a que estas direcções rompam com o acordo assinado entre os sindicatos e o Ministério da Educação, a fim de que possa ser viabilizado um conjunto de exigências que ocupam hoje o centro do combate travado pelos professores:
· Suspensão integral, para o ano lectivo de 2008/2009, do Decreto Regulamentar n.º 2/2008, de 10 de Janeiro, e readopção temporária do modelo de avaliação anterior, consignado no Decreto Regulamentar n.º 11/98, de 15 de Maio, com todos os seus efeitos em termos da celebração e renovação de contratos e de progressão na carreira.
· Abertura imediata de negociações com o objectivo de criar um modelo de avaliação do desempenho que não esteja orientado para a formatação uniformizadora da actividade docente, para a perseguição da diferença, para a punição e para o controlo burocratizado, mas que seja formativo, responsabilizador da comunidade educativa no seu conjunto e efectivamente valorizador do trabalho realizado pelos professores.
· Abertura imediata de negociações com vista à revisão do Decreto-Lei n.º 15/2007 de 19 de Janeiro, que define o actual Estatuto da Carreira Docente, de modo a construir um novo ECD consentâneo com a dignificação da profissão de professor e com o reconhecimento da sua centralidade na sociedade portuguesa, e que reponha a equidade através da reinstauração de uma carreira única.
· Revogação do novo modelo de administração escolar de modo a reintroduzir nas escolas um modelo de gestão colegial e democrática e a afastar dos estabelecimentos de ensino todas as tentações de poder discricionário.
· Revisão da distribuição da carga horária, de modo a que a componente não lectiva deixe de absorver actividades que são efectivamente do foro da leccionação e abra espaço para que os professores se dediquem plenamente, na sua componente individual de trabalho, a preparar as aulas e a renovar os seus conhecimentos.
· Recusa do projecto-lei que pretende regulamentar os concursos de professores para o ano de 2009, de modo a que os professores dos Quadros de Zona Pedagógica não se vejam confrontados como uma muito maior insegurança e imprevisibilidade nas suas colocações, e a que sejam preservados os quadros de escola enquanto garantia da estabilidade do corpo docente, necessária não só à segurança com que cada professor vinculado pode encarar o seu posto de trabalho, mas também ao regular funcionamento dos estabelecimentos de ensino. É ainda nossa preocupação e exigência que seja salvaguardado o princípio "melhor graduação=melhor colocação" que é claramente posto em causa pelos artigos 12, 39 e 40 do referido projecto-lei. Do mesmo modo, rejeitamos e repudiamos em absoluto, a alínea c) do artigo 14º que vem consagrar os resultados da avaliação simplificada do ano lectivo anterior (sujeita a quotas e com critérios de desempate profundamente aleatórios, flagrantemente injustos e totalmente díspares, de escola para escola) na graduação dos candidatos a concurso.
Fim da obrigatoriedade da prova de ingresso para os professores contratados, na medida em que esta constitui um obstáculo adicional e injusto para quem já deu suficientes provas, científicas e pedagógicas, de estar em condições de exercer a profissão docente.

DIVULGAÇÃO

Reunião de docentes, no dia 28 de Outubro, pelas 18 horas
na Liga dos Melhoramentos e Recreios, em Algés
Rua Ernesto Silva, nº 95, r/c


A unidade constrói-se na democracia e no debate frontal.
Queremos poder participar nas decisões, mandatar quem dirige os nossos sindicatos e controlar a luta que nos pertence.
Não basta ir a uma manifestação. Depende também de nós ajudar a criar as condições para não sairmos dela com as mãos vazias.
É porque estamos determinados a ajudar a realizar a unidade com as nossas organizações e com todos os movimentos de colegas que tomaram a iniciativa de apelar a manifestar, que decidimos propor uma reunião a todos os colegas, no dia 28 de Outubro, pelas 18 horas, na Liga dos Melhoramentos e Recreios, Rua Ernesto Silva, nº 95, r/c, em Algés.
Apelam a esta reunião os seguintes docentes: Isabel Guerreiro (EB2 João de Deus – São João do Estoril); Maria da Luz Oliveira (EB1 Sá de Miranda – Oeiras); Luísa Martins (EB1 Gil Vicente – Queijas); Conceição Rolo (Professora 2º e 3º ciclos, aposentada, em solidariedade); Adélia Gomes (Professora Ensino Especial, aposentada); Maria do Rosário Rego / Ana Filipa da Silva / Carla Freitas / Carla Farinha / Teresa Sousa (professoras da EB1 Conde de Leceia – Barcarena); Carmelinda Pereira (Professora 1º ciclo, aposentada); Sandra Cruz / Cláudia Morais / Eunice Reis / Cristina Pinheiro / Paula Pereira (professoras da EB1/JI Amélia Vieira Luís – Outurela); Ana Sardinha (EB1 Sofia de Carvalho – Algés).

OUTRAS POSIÇÕES

O inimigo é a política do Governo, através do seu Ministério da Educação
Todos unidos para a derrotar
Retirada da assinatura no “Memorando de Entendimento” entre a Plataforma dos sindicatos dos professores e o ME

A FENPROF lançou um abaixo-assinado exigindo a revogação do ECD do ME, e um verdadeiro estatuto que:
«- Consagre apenas uma categoria de Professor;
- Garanta a contagem integral de todo o tempo de serviço;
- Estabeleça um modelo de avaliação pedagogicamente construído, tendo em conta a especificidade do exercício profissional da docência; valorize a componente lectiva expurgando do horário dos docentes os cada vez maiores tempos destinados a tarefas burocráticas e a outras actividades sem interesse pedagógico;
- Elimine todos os mecanismos criados para afastar da profissão docentes que são necessários às escolas, designadamente a espúria prova de ingresso.»
Por outro lado, a FNE repudia o mesmo Estatuto do ME, reafirmando que: “Categoria há só uma, a de Professor e mais nenhuma.”
Então, a conclusão lógica que decorre destas posições não é a retirada da sua assinatura no “Memorando de Entendimento” com o ME?
Milhares de docentes preparam-se para participar numa manifestação, a 15 de Novembro, diante da AR, convocada por vários movimentos de professores, exigindo a retirada do decreto-lei da avaliação do desempenho do ME e de todas as medidas sufocantes da sua vida profissional e da Escola Pública.
Entretanto, a Plataforma dos sindicatos dos professores convocou uma outra manifestação para a frente das instalações do ME, uma semana antes daquela que milhares de professores já estavam a preparar.
Fazemos nossas as palavras do colega João Vasconcelos, membro do Conselho Nacional da FENPROF, escritas a 15 de Outubro:
«Os 100 mil professores que protagonizaram a Marcha da Indignação no passado dia 8 de Março nas ruas de Lisboa, responderam em uníssono aos apelos dos Sindicatos e dos Movimentos. A unidade foi a razão da nossa força e todos compreenderam isso. Cometeu-se um erro com a assinatura do Memorando. Mas tudo isto pode ser ultrapassável continuando a apostar na unidade e de novo na luta.»
É a unidade que queremos preservar, de todos os professores com os nossos sindicatos, com todos os movimentos, para que seja retirada a assinatura do “Memorando de Entendimento”, e retomada a acção unida do passado ano lectivo, até se conseguir a revogação do ECD com tudo o que de grave ele contém, desde a divisão em categorias, à avaliação destruidora da vida dos professores e das escolas, à prova de ingresso na profissão, bem como a revogação do novo decreto-lei de gestão das escolas.

Primeiros subscritores: Isabel Guerreiro (EB2 João de Deus – São João do Estoril); Maria da Luz Oliveira (EB1 Sá de Miranda – Oeiras); Luísa Martins (EB1 Gil Vicente – Queijas); Conceição Rolo (Professora 2º e 3º ciclos, aposentada, em solidariedade); Adélia Gomes (Professora Ensino Especial, aposentada); Maria do Rosário Rego / Ana Filipa da Silva / Carla Freitas / Carla Farinha / Teresa Sousa (professoras da EB1 Conde de Leceia – Barcarena); Carmelinda Pereira (Professora 1º ciclo, aposentada); Sandra Cruz / Cristina Pinheiro / Paula Pereira (professoras da EB1/JI Amélia Vieira Luís – Outurela); Ana Sardinha (EB1 Sofia de Carvalho – Algés).

terça-feira, 21 de outubro de 2008

AVISO À NAVEGAÇÃO

Em resposta a insinuações e a afirmações declaradamente falsas e inquinadas, que pretendem colar a manifestação de 15 de Novembro a uma estratégia concertada com o Ministério da Educação e que a acusam de querer semear a divisão entre professores, convém recordar alguns factos elementares:
1.º - A manifestação de 15 de Novembro foi convocada antes de os sindicatos terem convocada a manifestação para uma semana antes. Repetimos: antes.
2.º - A manifestação de 15 de Novembro foi anunciada como estando aberta à participação de todos aqueles que se identificam com a causa dos professores e da defesa da escola pública. Repetimos: todos. E, no nosso dicionário, "todos" significa quaisquer movimentos que a ela queiram aderir e quaisquer organizações sindicais.
3.º - Se, neste momento, há quem esteja a apelar a que seja desconvocada a manifestação de 15 de Novembro para que haja uma única manifestação, a do dia 8 de Novembro definido pelos sindicatos, então nós devolvemos o argumento e apelamos às organizações sindicais para que desconvoquem a manifestação de 8 e se juntem à manifestação de 15. Esta última emergiu da vontade autónoma de professores formal e informalmente organizados. Seria uma oportunidade para os sindicatos mostrarem que estão do lado de iniciativas genuínas que partem da classe docente. Insistimos: a manifestação do dia 15 de Novembro não foi marcada para excluir seja quem for (à excepção, claro está, dos responsáveis pelas políticas ministeriais!).
4.º - Não é lançando insinuações sobre quem teve a ideia de concretizar a manifestação do dia 15, sugerindo ligações perversas à 5 de Outubro, que se desanuvia o ambiente e se criam condições para um diálogo franco e aberto entre os movimentos independentes de professores e os sindicatos. Os sindicatos têm de perceber o novo fenómeno que esses movimentos representam, e devem abandonar uma posição de hostilidade sistemática que em nada contribui para uma abordagem inteligente dessa novidade. Os movimentos de professores estão para ficar e os sindicatos devem contar com eles.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

MANIFESTAÇÃO DA REVOLTA DOCENTE

Temos de aniquilar o Monstro:
esta "Avaliação de Desempenho"
Antes que nos devore!

Concentração em Portimão
Frente à Câmara Municipal – dia 21 de Outubro
(3ª Feira), às 19.00 h

Contra a Indignidade!
Contra a Punição!
Contra a Afronta!
Contra a Injustiça!
Contra a destruição da Escola Pública!

Vamos reactivar as Lutas – agora começa pelo Sul!
Reenvia! Divulga! Aparece! Revolta-te! DIZ NÃO!

Movimento Escola Pública
Movimento Professores Indignados

Professores em 'guerra' por causa dos protestos contra o Governo

"Só se houver uma revolução é que será desconvocada a manifestação agendada pelos movimentos independentes para o dia 15." Mário Machaqueiro, da organização do protesto, mantém assim a tensão entre estes movimentos e os sindicatos que marcaram outra manifestação para dia 8. A guerra entre professores não é de hoje. Começou em Abril, quando os sindicatos assinaram um acordo com o Ministério da Educação (ME) sobre o sistema de avaliação.

As acusações entre Mário Machaqueiro, um dos organizadores e da Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APED), e Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical, sobem de tom. O também presidente da Fenprof não entende a razão deste protesto que diz não ser contra a política do Governo mas "anti-sindical". "Não acreditamos em coisas espontâneas. Esta manifestação, e a confusão que está a gerar, não serve os interesses dos professores", disse ao DN. Mário Nogueira diz até ter "desconfianças, que o tempo vai acabar por provar, que aqui há dedo do ME".

Afirmações que Machaqueiro considera "infelizes" e elucidativas da "contra-informação instalada". Por isso, a organização decidiu "mostrar abertura ao diálogo com os sindicatos para desanuviar o clima". O presidente da APED esclarece ainda que a marcha de dia 15 não é contra os sindicatos mas o Governo. "Mas não quer reivindicar só questões socio-profissionais." Diz ainda que "não afasta a possibilidade de integrar a manifestação dos sindicatos. Mas a nossa continua a ter sentido".

Diário de Notícias

Numa iniciativa inédita 65 professores reunem-se em Almada

Numa iniciativa inédita 65 professores reunem-se em Almada e exigem a suspensão imediata da Avaliação do Desempenho assim como a ruptura do Acordo ME-Direcções Sindicais
Numa iniciativa inédita, e provenientes de diversas escolas da Região e respondendo ao apelo de uma dezena de colegas, 65 professores da Margem Sul reuniram-se em Almada, na SRUP/Pragal, no passado sábado, dia 18, e criticam duramente a política ministerial de Lurdes Rodrigues para o ensino e escolas que deixa pouco tempo e escassas condições de trabalho para ensinar. Demonstrando forte vontade de lutar, muitos dos presentes criticaram ainda a prática das direcções tradicionais sindicais, manifestaram a vontade de sair à rua em concentração local, em Almada, no próximo dia 4 de Novembro e votaram expressamente e por unanimidade os seguintes pontos de uma moção apresentada:

– Os professores denunciam a actual situação e condições de trabalho existentes nas escolas - sobrecarga de tarefas e aumento de ritmos e horas de trabalho, aumento das divisões e tensões na classe, perda de direitos históricos e estabilidade, absorção por actividades não profissionais – como resultado da actual política ministerial e governamental;

- Saudam as diversas iniciativas de protesto e resistência, quer individuais quer colectivas, algumas delas verdadeiramente corajosas, que se têm erguido em diversas escolas;

– Face à contínua degradação referida e contínuos ataques ministeriais às condições de trabalho, apelamos a que as direcções sindicais rompam o Acordo assinado com Lurdes Rodrigues em Março passado, reforçando consequentemente, e sem nenhum tipo de constrangimentos, o investimento nas mobilizações próximas, de modo a ampliá-las o mais possível;

– Sem prejuízo da apresentação de outras reivindicações, apelam à constituição de um movimento nas escolas pela SUSPENSÃO IMEDIATA DA ACTUAL AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO.

profsmargemsul@gmail.com

domingo, 19 de outubro de 2008

ANÚNCIO DA COMISSÃO ORGANIZADORA DA MANIFESTAÇÃO DE 15 DE NOVEMBRO

A Comissão Organizadora da manifestação de 15 de Novembro reuniu-se no passado dia 17, tendo analisado os dados mais recentes sobre o descontentamento que grassa nas escolas assim como a necessidade de actuar evitando situações de ruptura no seio dos professores. Depois de serem recolhidas várias informações, equacionaram-se modos de actuação e de mobilização com vista a dar uma grande visibilidade pública ao descontentamento dos professores. Discutiu-se, igualmente, a elaboração de uma declaração de princípios que exponha a relevância da manifestação para a sociedade civil, sublinhando o seu carácter não corporativo, mas que integre também as principais reivindicações que hoje mobilizam os professores.
A Comissão Organizadora entendeu ainda que, apesar das divergências que a APEDE e outros movimentos têm relativamente à actuação recente dos sindicatos, é importante manter uma porta aberta para o diálogo com as organizações sindicais. Os movimentos estão, portanto, abertos a esse diálogo, inclusivamente para se debater os aspectos da referida actuação que nos merecem críticas. A Comissão considerou também ser importante manter a convocação da manifestação do dia 15, na medida em que essa iniciativa tem uma identidade e uma lógica próprias, diferente mas não necessariamente oposta à dos sindicatos, pretendendo denunciar, perante a opinião pública, toda a gravidade do que se passa hoje no sistema de ensino em Portugal, dentro de uma perspectiva de defesa da dignificação da profissão docente.

O TEXTO FUNDADOR QUE DEU ORIGEM AO 15 DE NOVEMBRO COMO A DATA ESCOLHIDA PARA A MANIFESTAÇÃO NACIONAL DOS PROFESSORES

E se nos juntássemos em Lisboa no dia 15 de Novembro (sábado)? A festa é linda. Venham daí! E saibam porquê, lendo este texto

1. Todos à manifestação nacional no dia 15 de Novembro contra o modelo de avaliação atomista, complicado e burocrático, imposto pelo Ministério aos professores.
2. Por uma avaliação simples, holista e produtiva, que não confunda o acto de avaliar com o de formar!
3. Este modelo de avaliação, imposto pelo Ministério, é perverso e contraprodutivo. O legislador, desconhecendo a realidade e a prática do ensino, assim como o contexto em que se desenrola, decretou medidas que aparentemente são muito justas e racionais mas que, por efeito de composição, levadas a cabo por um conjunto enorme de pessoas, produzem efeitos contrários ao esperado e, por isso, se revelam absurdas quando postas em prática.
4. Jean-Pierre Dupuy, o maior filósofo francês vivo, inspirado nos trabalhos de Ivan Illich, demonstrou que a contraprodutividade do trabalho resulta, na maior parte das vezes, desta mentalidade tecnocrática, utilitarista e consequencialista, que procura sempre e sempre mais meios para atingir os fins. De tanta preocupação com os meios, o trabalho perde-se nas “técnicas” e nos “instrumentos”, nos “recursos”, na “preparação” e nas “estratégias” e, quanto ao fim propriamente dito, esse fica esquecido ou não é atingido por causa do desperdício de tempo nos meios. Vou dar um exemplo simples dos transportes. Imaginem que toda a população de um determinado território se convence, por efeito mimético, que o automóvel é o meio mais racional, muito mais rápido e confortável para fazer as suas deslocações do que os transportes públicos. Todos, fazendo o mesmo e às mesmas horas, entopem as ruas e estradas e ninguém anda: demora-se muito mais tempo do que andar de bicicleta ou até mesmo a pé. Conclusão: uma decisão aparentemente racional, inteligente e correcta revelou-se absurda e contraprodutiva, perversa.

5. O mesmo se passará e já se passa com este modelo de avaliação: ele insiste tanto nos “meios” para o ensino, nas “estratégias”, nas “preparações” e “planificações”, nos “recursos” e nas “técnicas” que o fim (o ensino e a aprendizagem) ficará num lugar muito secundário o que, como tem sucedido, se irá provar nas provas internacionais dos nossos estudantes. Os professores vão gastar muito mais tempo do horário normal de trabalho por semana (35 horas) a dizer e a explicar o que vão fazer e, depois, a explicar o que fizeram e como o fizeram do que a ensinar e a ajudar os alunos a prender. Daí resultará uma enorme contraprodutividade que os resultados dos exames não conseguirá disfarçar.
6. E porque sucede assim? Porque o modelo é extremamente complicado: confunde o acto de avaliar com o acto de formar. Embora toda a avaliação deva ter implicações na formação contínua do professor, avaliar e formar devem ser actos distintos, o que não se verifica. Com este modelo, será legítimo perguntar se o trabalho dos orientadores de estágio foi em vão já que tudo o que se fez antes está posto em causa! Mais, os próprios orientadores serão avaliados/formados pelos seus avaliadores, pondo em causa o trabalho com os seus formandos!!! Há aqui qualquer coisa de muito perverso e absurdo, para já não falar no facto de um licenciado poder avaliar/formar um doutorado!
7. A avaliação do professor deve incidir apenas sobre 4 factores gerais: a progressão dos seus alunos que se mede pela comparação dos resultados médios entre uma avaliação diagnóstica exaustiva e completa à partida e uma avaliação sumativa aferida à chegada, podendo professor retirar uma ou outra turma cuja motivação para os estudos é abaixo de zero, pela pontualidade/assiduidade como funcionário do Estado, pela sua formação e estudos/publicações no domínio científico e pedagógico, pela participação na vida cultural da escola. O resto é pura perda de tempo e demagogia. Os professores sabem como dar aulas, o que sucede é que muitas vezes não têm os meios humanos (alunos e pais), organizacionais (complicação burocrática e gestão centralizada) e condições materiais para o poder fazer com qualidade. Quantas salas estão equipadas com projecção multimédia?!
8. Temos que dar um empurrão definitivo a este monstro absurdo mascarado de pedagogia científica!
Zeferino Lopes, Escola Secundária de Penafiel, 29 de Setembro de 2008.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

AOS PROFESSORES,
À COMUNIDADE ESCOLAR,
AOS PODERES E AGENTES POLÍTICOS,
À COMUNICAÇÃO SOCIAL.

REAFIRMAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DO MOVIMENTO À MANIFESTAÇÃO DOS PROFESSORES CONVOCADA PARA O DIA 15 DE NOVEMBRO

O Movimento de Professores PROmova reitera o seu apoio incondicional à Manifestação dos Professores, convocada para o dia 15 de Novembro de 2008, em Lisboa. Fá-lo, sobretudo, a partir do respeito pela vontade genuína dos professores que, nas escolas, já não aguentam mais a impreparação e a visão tecnocrática que esta equipa ministerial tem da escola e dos professores, sufocando-os em tarefas burocráticas absurdas e irrelevantes, mas também o faz suportado na coerência e na força das suas razões, que ninguém tem tido a coragem e a capacidade para rebater.
Com a manifestação do dia 15 de Novembro, os educadores e professores deste país reafirmam:


1) rejeitar, liminarmente, o modo arbitrário e injusto como se dividiu a carreira dos professores, desrespeitando currículos, formações, experiências e empenhamentos pessoais;


2) recusar este modelo de avaliação do desempenho dos professores, desacreditado pela sua burocracia gigantesca e inútil, pela sua ineficácia pedagógica, pela conflitualidade e mau clima que já começou a gerar, bem como pela ligeireza com que se entrega o trabalho e a carreira de um docente a colegas obrigados ao constrangimento de aceitarem a função de avaliadores sem formação específica consistente e, em muitos casos, sem autoridade científico-pedagógica reconhecida pelos seus pares;


3) repudiar, peremptoriamente, a alteração às regras do concurso de professores, em que os menos graduados ultrapassam os mais graduados, a partir de um processo de avaliação desprovido de rigor e objectividade;


4) opor-se, em nome da sua formação superior e por fidelidade à nobreza das suas funções, a iniciativas de formação e a projectos terceiro-mundistas que se têm traduzido em formas de instrumentalização, infantilização e ridicularização dos docentes;


5) pugnar pela qualificação séria e consistente da escola, sem manipulações estatísticas, propagandas e realizações virtuais, a que não têm correspondido mudanças reais no quotidiano das escolas;


6) acreditar nas virtualidades do trabalho cooperativo e participado, orientado para a melhoria das aprendizagens dos alunos, que não para o estrangulamento artificial das expectativas de progressão dos professores, recorrendo, com instinto persecutório, a metas e itens irrealizáveis e/ou incontroláveis pelo docente;


7) sofrer com a debandada de muitos dos seus melhores colegas, depositários de experiências e de saberes construídos com empenho e entusiasmo ao longo de décadas, vendo-se empurrados para fora da escola por um governo que os humilha e desrespeita;


Marcar presença, em Lisboa, no dia 15 de Novembro, é a grande (e talvez, a última) oportunidade dos educadores e professores portugueses afirmarem a sua dignidade e a sua paixão pela escola, independentemente dos seus vínculos sindicais, associativos ou partidários. Vacilando na mobilização, estaremos a sufragar o triunfo da insensatez e da mediocridade, do qual resultará o campear, nas escolas públicas portuguesas, das injustiças, da conflitualidade, dos aproveitamentos oportunistas de uns poucos, da prepotência bacoca de um ou outro, da pressão para o facilitismo, da degradação da exigência do ensino e da qualidade das aprendizagens, traduzindo-se estas realidades num preço demasiado elevado, que os nossos alunos e os nossos filhos pagarão muito caro a médio e a longo prazo.
Neste sentido, o Movimento PROmova apela a todos os educadores e professores portugueses para que se mobilizem nas suas escolas e aluguem, no mínimo, um autocarro por escola/agrupamento, rumando a Lisboa, no dia 15 de Novembro de 2008. Como as medidas ministeriais que os professores repudiam são transversais e terão repercussões negativas em toda a sociedade, qualquer cidadão que queira associar-se à luta dos professores será bem-vindo.
Aquele abraço solidário.
PROmova - Movimento de Valorização dos Professores,
Núcleos de Estratégia e Dinamização.

sábado, 18 de outubro de 2008

FALSO SMS

Este SMS que anda a circular por telemóveis e na net é FALSO!

"ATENCÃO! Aos colegas que estão a contactar aluguer de autocarros para dia 15, deverão esperar, pois estão a decorrer contactos entre Movimentos e plataforma no sentido de se fazer uma GRANDE manifestação dia OITO em Lisboa e dia 15 por todas as capitais de distrito. TODOS JUNTOS vamos vencer esta batalha! UNAMOS AS MÃOS!!! Levemos connosco os PAIS dos nossos alunos! JUNTOS contra a arrogância!Passa a todos os teus contactos por mail ou sms! Abraço solidário, Safira"


Independentemente da disponibilidade da APEDE de conversar com a FENPROF, mantem-se a convocatória para a manifestação de dia 15 de Novembro em Lisboa, manifestação que tanto quanto podemos afirmar, tem objectivos e motivações diferentes das dos sindicatos.


A direcção da APEDE

COMUNICADO DA COMISSÃO ORGANIZADORA DA MANIFESTAÇÃO DE PROFESSORES DE 15 DE NOVEMBRO

A comissão organizadora da manifestação de professores do dia 15 entendeu que, apesar das divergências que a APEDE e outros movimentos têm relativamente à actuação recente dos sindicatos, é importante manter uma porta aberta para o diálogo com as organizações sindicais. Os movimentos estão, portanto, abertos a esse diálogo, inclusivamente para se debater os aspectos da referida actuação que nos merecem críticas. A comissão considerou também ser importante manter a convocação da manifestação do dia 15, na medida em que essa iniciativa tem uma identidade e uma lógica próprias, diferente mas não necessariamente oposta à dos sindicatos.
Foram também tratadas questões como o caderno reinvidicativo e outras questões de organização que oportunamente serão divulgadas quando esse trabalho estiver concluído. Com a manifestação de professores de dia 15 de Novembro pretende-se denunciar, perante a opinião pública, toda a gravidade do que se passa hoje no sistema de ensino em Portugal, dentro de uma perspectiva de defesa da dignificação da profissão docente.

Sintra, 18 de Outubro de 2008

MAIS UMA FORÇA DE RESISTÊNCIA VAI NASCER!

Não abdicamos de direitos!
Não pactuamos com a arbitrariedade e prepotência!
profsmargemsul@gmail.com
Colegas
Dirigimo-nos a todos os professores que se recusam a abdicar de direitos legitimamente e historicamente alcançados; a todos os professores que não abdicam da sua dignidade pessoal e profissional e que não pactuam com a arbitrariedade e a prepotência que cresce no Ensino e escolas.Nos últimos anos temos sido sujeitos ao que julgaríamos inconcebível. Contra a prepotência ministerial levantámos nos primeiros meses de 2008 e em diversas escolas e regiões um extraordinário movimento de mobilização e que alcançou repercussões políticas nacionais nomeadamente com o protesto de 8 de Março. Infelizmente aquele movimento foi congelado por parte das direcções sindicais para dar lugar a negociações e acordos cujos resultados ficaram muito aquém da nossa vontade e força. Hoje, quando a insatisfação e o protesto começam novamente a crescer no nosso quotidiano profissional temos que ser capazes de, sem sectarismos, construir novos caminhos e preparar as lutas futuras de modo que não resultem em negociações desmobilizadoras.Perante este panorama, nós não desistimos da esperança de recuperar aquilo que nos é devido, nomeadamente o direito a uma avaliação condigna, motivadora, formativa e não economicista.
Por isso convidamos-te a participar numa reunião que se realizará no próximo dia 18 de Outubro, sábado, pelas 16horas, na Sociedade Recreativa União Pragalense.
Os temas a debater são vários como, por exemplo,
- Como alargar e impulsionar o(s) protesto(s)?
- Como exigir a suspensão imediata da ‘avaliação do desempenho’ em curso?
- Como impedir que as Escolas fiquem, com a nova gestão, ainda mais subordinadas às ordens do Ministério?
- Manif de 15 de Novembro: como alargar o entusiasmo e participação?
Pela criação de um amplo movimento de contestação nacional!
Com a força da nossa união faremos a ministra recuar!
Sábado, dia 18, pelas 16h, na SRUP, Sociedade Recreativa União Pragalense (Pragal, Rua Direita, entre a Rotunda do Hospital Garcia da Horta e a ES Fernão Mendes Pinto)
Os primeiros promotores: (por ordem alfabética) António Carlos Brinco, (ES Monte de Caparica); Alda Osório Matos (ES Monte da Caparica); Eduardo Henriques (ES Emídio Navarro); Helena Fraga (ES Monte da Caparica); Jerónimo Gil, (ES Daniel Sampaio); Joaquim Sarmento (EB23 António A. Louro); José Carlos Vinagre (ES Afonso Domingos); Maria Manuela Domigues (EBI Elias Garcia); Teresa Antunes (ES Daniel Sampaio) ...
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

AS CONVICÇÕES DE LURDES RODRIGUES

Nesta entrevista Maria de Lurdes Rodrigues amarra os sindicatos ao Entendimento sobre a avaliação (a Plataforma não percebeu algo tão simples como o facto dos promotores da manif de 15 de Novembro não terem essas amarras…) (sublinhados meus) e dispara de novo sobre os professores como os principais responsáveis pelo insucesso escolar. Os editores também levam por tabela.Paulo Chitas faz duas perguntas memoráveis, em que numa questiona MLR sobre os 7,4% de insucesso no 2º CEB e logo a seguir usa o mesmo número para a 2ª classe (confusões legítimas de quem não está bem à vontade nas matérias, mas apenas se presta ao papel de tapete vermelho para o desfile ministerial…), ao que é respondido:O que é que os professores pensam? A criança não aprendeu a ler, vale mais que fique retida para aprender a ler. E fica para trás.E depois continua de forma demagógica:Não vale. E isto para uma criança de 7 anos é dramático. É o início de um percurso desastroso. Absolutamente desastroso. São estas crianças que depois abandonam a escola.O que faltou perguntar e seria óbvio? De que estudo dispõe MLR para estabelecer a relação entre retenção no 2º ano e abandono escolar?Existe? Ou é um suponhamos?Mais para a frente a entrevista tem uns rumos mais curiosos, quando o jornalista abandona um pouco o guião e ousa dizer que conhece um jovem numa Escola (havia logo de ser a minha vizinha Secundária de Palmela) que tem 36 horas lectivas, como se isso não fosse o normal em qualquer escola.Mas a parte mais sibilina surge na página 39:Espero da Fenprof sentido de responsabilidade, coerência e também alguma lealdade. Eu não ponho a minha assinatura em qualquer papel, nem a ponho para a mandar apagar amanhã. Quando assumo compromissos, assumo mesmo compromissos.Pois, para médio entendedor, um parágrafo basta e sobra…

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

RAZÕES DE UMA MANIFESTAÇÃO

A manifestação convocada para dia 15 de Novembro surge na tentativa de dar corpo ao profundo mal-estar que se vive nas escolas desde o início do corrente ano lectivo. Um mal-estar feito de enorme cansaço pela sobrecarga de tarefas burocratizadas com que os professores são hoje confrontados, de frustração por se constatar que há cada vez menos tempo para os docentes se dedicarem àquilo que devia ser a essência da sua profissão – a preparação das aulas e a leccionação das mesmas –, de revolta por se verificar que a profissão de professor, um dos pilares de qualquer sociedade decente, continua a ser desprezada pelo poder político, mas também de impotência por se verificar que, depois de tanta esperança associada às jornadas de luta do passado ano lectivo, a situação dos professores e das escolas parece ter regredido à estaca zero. Existem, pois, muitas e boas razões para os professores comparecerem na manifestação a que a APEDE e o MUP se associaram e a que decidiram dar forma legal:
· Uma dessas razões é a necessidade de recolocar a causa dos professores na agenda política e mediática, com uma nota “pedagógica” fundamental: essa causa não é só dos professores, não é um mero reflexo corporativo, mas é, isso sim, uma causa de toda a sociedade portuguesa, de todas as famílias que têm educandos na escola pública, dado que a pressão do governo para se fabricar, demagogicamente, um sucesso escolar artificial irá ter as mais funestas consequências nas qualificações das crianças e jovens que hoje frequentam o sistema público de ensino. Dessa pressão faz parte a recente fornada de exames nacionais feitos à medida de resultados que pouco dizem sobre os conhecimentos efectivos dos alunos – os quais, diga-se até à exaustão, estão muito longe de depender exclusivamente do trabalho dos professores. Aqui a palavra de ordem terá de ser:
“Nem mais uma nota inflacionada para efeitos de propaganda!”
· Outra razão, que se prende com a primeira, para esta manifestação é precisamente a necessidade e a urgência de desmontarmos, perante a opinião pública, as intensivas manobras de propaganda que o governo investiu sobre as escolas no arranque deste ano lectivo, procurando, mediante o “milagre da multiplicação de computadores”, iludir os motivos profundos do nosso atraso em matéria educativa: o facilitismo cada vez maior na transmissão dos saberes e nas exigências colocadas aos alunos, facilitismo que serve para gerar, estrategicamente, uma ignorância que bloqueia a emergência de futuros cidadãos críticos, capazes de usar as novas ferramentas de informação para, com elas, produzir conhecimento; o desajustamento dos conteúdos programáticos, que seguem a linha geral de degradação dos saberes; o número excessivo de alunos por turma que impede um acompanhamento minimamente individualizado dos mesmos, dentro de uma escola cada vez mais transformada num misto de armazém e cárcere; o tempo que os professores gastam em tarefas acessórias – reuniões em ritmo semanal, produção e preenchimento de documentos inócuos, planificações feitas ao milímetro – que, como foi dito acima, lhes rouba as horas necessárias para se concentrarem no trabalho das aulas e nos alunos e que os obriga a ir buscar essas horas ao seu tempo de lazer; etc., etc.
· Uma razão maior para esta manifestação é também a de dar voz a esse enorme grito surdo, contido no número astronómico de professores que têm vindo a solicitar o aposentamento antecipado e que preferem suportar perdas significativas de rendimento a continuar num sistema de ensino que os maltrata. Convém sublinhar que este não é apenas um problema geracional dos professores “mais velhos”, pois ele representa a ponta (muito grande, aliás) de um imenso icebergue de descontentamento. A verdade é que as “magníficas” reformas que esta equipa ministerial impôs às escolas e aos professores, forçando-os a trabalhar muito mais horas, foram particularmente lesivas para os nossos colegas com maior tempo de serviço, que viram a sua carga de trabalho penosamente acrescida. Também aqui importa desmontar a cortina de fumo fraudulenta com que o Ministério da Educação quis legitimar estas “reformas”, quando injuriou a grande maioria dos professores colando-os à imagem de um “bando de ociosos” que era preciso pôr na ordem e Neste ponto é necessário um grande esforço de esclarecimento da opinião pública, o qual permanece por fazer, mostrando a enorme insensibilidade social que subjaz à forma como este Ministério tem tratado os professores em geral e os mais velhos em particular. As reduções na componente lectiva não são, nem nunca foram, um prémio à suposta “ociosidade” dos professores, mas tão-só o justo reconhecimento de que, decorrido já um período longo de trabalho, os professores têm direito a um número maior de horas para recuperarem a energia necessária. A sociedade portuguesa continua, em grande parte, insensível ao desgaste físico e psíquico que a profissão docente acarreta e encara o professor como alguém a quem é legítimo tudo exigir sem, ao mesmo tempo, o compensar e reconhecer a centralidade da sua função. O próprio Estatuto da Carreira Docente consagra esta cultura que, de facto, não consegue esconder um profundo desprezo pela classe docente: leiam-se os seus artigos 10.º a 10.ºC e o 35.º, e medite-se na panóplia de exigências e de tarefas que aí são exigidas aos professores, em contraste com o carácter esquálido dos direitos que lhes são atribuídos, muitos dos quais, na verdade, acabam por ser deveres com outro nome. Esta cultura que agride os professores com uma sobrecarga de requisitos, boa parte deles impossíveis de preencher face à degradação geral das condições de trabalho, explica que tantos professores estejam a solicitar as aposentações antecipadas. Tamanha hemorragia de profissionais deveria fazer disparar todos os sinais de alarme, caso tivéssemos pela frente governantes com um mínimo de bom senso. Também isto justifica que os professores venham para a rua protestar contra políticas que os desrespeitam no cerne mais essencial da sua condição de trabalhadores intelectuais. Aqui a palavra de ordem terá de ser:
“Basta de desprezo! Exigimos o respeito devido à importância da nossa profissão!”
· A luta contra o modelo de avaliação do desempenho tem de se inscrever neste quadro mais global e não pode ser o foco exclusivo do nosso protesto. Esse modelo cumpre duas finalidades: servir de instrumento global de controlo sobre os professores, inibindo a sua autonomia e reforçando os comportamentos de obediência; servir de meio de coerção para o já referido fabrico de sucesso escolar artificial. Neste momento específico da nossa luta, a imposição do modelo de avaliação serve também para o governo mostrar que consegue dobrar a cerviz de toda uma classe profissional. Os professores servirão de exemplo para aquilo que José Gil designou como produção de “subjectividades obedientes”. Acreditamos que são estas as razões pelas quais importa lutar contra a imposição deste modelo às escolas, explicando em todos os órgãos de comunicação a que tenhamos acesso que esse combate não se deve a um qualquer “medo” que os professores tenham de ser avaliados, mas ao facto de esse modelo trazer no bojo formas de uniformização empobrecedora do trabalho docente, de autoritarismo arbitrário, de pressão indisfarçada para se inflacionar as classificações dos alunos, distorcendo a expressão correcta dos seus resultados escolares reais e hipotecando, desse modo, a aquisição efectiva de conhecimentos. Se forem confirmados os piores cenários que já circulam por aí – o de que o Ministério se prepara para impor uma avaliação centralizada on-line, passando por cima da “autonomia” das escolas –, os professores terão toda legitimidade para desencadear um processo de rejeição à escala de todos os estabelecimentos de ensino. Por isso, a luta contra o modelo de avaliação do desempenho deve ser travada também por uma questão de princípio: a obstinação absurdamente autista com que o governo quer impor este modelo, à revelia de todos os professores e apenas para afirmar o seu autoritarismo, deve ser motivo suficiente para uma grande manifestação de recusa da nossa parte. É a dignidade de toda uma classe profissional que está em causa. E, ao mesmo tempo, estão também em causa o futuro da própria democracia nas organizações e o futuro da cidadania neste país.

Reflexão pessoal de Paulo Guinote

Reflexões Sindicais

Os sindicatos deparam-se, no actual contexto histórico, com novos desafios extremamente complexos, para definirem a sua organização, refazerem estratégias de acção, delimitarem campos de acção, definirem novas alianças e, acima de tudo, para fazerem emergir em cada trabalhador, e no maior número possível, a sua identidade e a percepção dos problemas inerentes à sua condição concreta e específica e a sua consciência de classe. (Carvalho da Silva, Trabalho e Sindicalismo em Tempo de Globalização, p. 34)


O problema é que entre nós, para tempos complexos, só temos homens simples. Ou simplistas.
Ou mais grave, temos a ideia de que o sindicalismo é só para os que estão «dentro» e que as nomenklaturas não se devem abrir, mas sim os trabalhadores quem deve acorrer á colmeia em busca da abelha-mãe.
Enquanto não se perceber que isto só leva à debandada de todos os que ficam sem voz, abafados pelo trovão de comando, intimidatório, que surge do topo - qual deus ex-machina com propriedades de infalibilidade e pergaminhos intocáveis - está muita coisa estragada.
Em termos de sindicalismo docente, nos últimos dias recuámos vários anos.
Infelizmente.

Reflexão Pessoal de Ramiro Marques


Grupos de professores do Algarve, secundados por movimentos e associações de professores (Movimento Escola Pública e Movimento de Professores Indignados), convocaram uma concentração para Portimão, no dia 21 de Outubro, às 19:00, frente à Câmara Municipal.
Temos de nos interrogar por que razão os sindicatos deixaram o espaço da luta aos movimentos e associações de professores. Aponto 3 razões que explicam esse fenómeno:

1. João Dias da Silva e a maior parte dos dirigentes dos sindicatos afectos à FNE há muitos anos (nalguns casos, há 2 décadas) que não põem os pés numa sala de aulas. O mesmo direi dos dirigentes dos sindicatos afectos à FENPROF. Perderam o contacto com a realidade. Os problemas dos professores deixaram de os afectar pessoalmente, dado que, na verdade, já não são professores e nunca mais voltarão a sê-lo.

2. Com a crescente sangria de filiados, os sindicatos estão a morrer à míngua. Com um número cada vez mais exíguo de filiados e o montante das quotizações a descer, os sindicatos vivem na completa dependência do Ministério da Educação e da vontade da ministra em lhes conceder destacamentos para o pessoal dirigente.
3. Os sindicatos de professores fazem parte do establishment político do país e, à semelhança dos partidos que os controlam, estão a ser abandonados pelos seus constituintes e stake holders porque estes já se aperceberam de que os seus interesses, anseios e problemas deixaram de passar por ali. Se a FENPROF e a FNE apoiarem a marcha do dia 15/11, está aberto o caminho para a reconciliação com os sindicatos e o recomeço de uma nova etapa que, talvez, permita a regeneração das organizações sindicais existentes.
O meu papel, aqui, neste blog, é a promoção da discussão, dar voz aos professores e divulgar informação e materiais úteis. Nada mais. Não tenho agenda política própria, não pertenço nem desejo pertencer a nenhum sindicato ou associação de professores.

MANIFESTAÇÃO DA REVOLTA DOCENTE

Temos de aniquilar o Monstro:
esta “Avaliação de Desempenho”
Antes que nos devore!

Concentração em Portimão
Frente à Câmara Municipal – dia 21 de Outubro
(3ª Feira), às 19.00 h

Contra a Indignidade!
Contra a Punição!
Contra a Afronta!
Contra a Injustiça!
Contra a destruição da Escola Pública!
Vamos reactivar as Lutas – agora começa pelo Sul!

Reenvia! Divulga! Aparece! Revolta-te! DIZ NÃO!
Movimento Escola Pública
Movimento Professores Indignados

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A MANIFESTAÇÃO DO DIA 15 DE NOVEMBRO COMUNICADA AO GOVERNO CIVIL DE LISBOA

Já está!


Eram 10horas 18minutos e 38segundos de hoje 14 de Outubro, quando três determinados professores da APEDE e do MUP, mandatados por uma Assembleia Geral de professores ocorrida dias antes nas Caldas da Rainha, entraram no governo civil de Lisboa determinados a dar conhecimento às autoridades e a preencher os requisitos legais para a convocação de uma manifestação de professores a ocorrer no dia 15 de Novembro.

Local de concentração: Marquês de Pombal, Lisboa.
Dia e Hora: 15 de Novembro, às 14 horas.

Segue-se desfile pela Rua Braancamp, Largo do Rato, Rua de S. Bento, terminando a manifestação em frente da Assembleia da República.


Contamos com todos!
Todos fazem falta!
Todos seremos poucos!

Quem é ela, quem é ela?

Agora que se perfila nova manifestação de professores para dia 15 de Novembro convém relembrar um poemazinho que circulou em vários sítios bem frequentados da net até para relembrar e ter sempre presente quem é a senhora e a política que esta manifestação visa e combate...

Adivinha...

Baixa, de olhos ruins, amarelenta,
Usando só de raiva e de impostura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Um mar de fel, malvada e quezilenta;

Arzinho confrangido que atormenta,
Sempre infeliz e de má catadura,
Mui perto de perder a compostura,
É cruel, mentirosa e rabugenta.

Rosto fechado, o gesto de fuinha,
Voz de lamento e ar de coitadinha,
Com pinta de raposa assustadinha,
É só veneno, a ditadorazinha.

Se não sabes quem é, dou-te uma pista:
Prepotente, mui gélida e sinistra,
Amarga, matreira e intriguista,
Abusa do poder... e é ministra.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A manifestação do 15 de Novembro na imprensa de hoje

No Sol

No Público

No Iol Diário

ESCLARECIMENTOS SOBRE UMA MANIFESTAÇÃO


Como toda a gente sabe, a ideia da manifestação do dia 15 de Novembro não partiu da APEDE. Ela surgiu por iniciativa de alguns professores isolados e foi fazendo o seu caminho até se tornar quase incontornável. Só que, até há pouco tempo, continuava a ser discutida apenas como uma… ideia. Uma ideia a que faltava dar concretização. O projecto de, enquanto associação legalmente constituída, nos associarmos a essa ideia e lhe darmos corpo sob a forma de um trajecto específico e da obtenção da respectiva autorização no Governo Civil é, tão-só, o de contribuir para que a dita manifestação se torne realidade. Neste ponto, importa fazer alguns esclarecimentos:
1.º) Discutir se a manifestação é ou não “espontânea”, e se a “espontaneidade” lhe daria maior mérito, é algo que não faz grande sentido. O importante é que os professores se mobilizem para alertar, novamente, a opinião pública sobre toda a gravidade do que se passa no sistema de ensino deste país e para manifestar as razões da sua revolta. Além disso, convém dizer que as manifestações “espontâneas” não passam de um mito: há sempre alguém (e esse “alguém” pode até ser uma cadeia de vontades) que tem de tomar a iniciativa de lançar uma acção de protesto. A única diferença é se os promotores em causa são organizações formais ou indivíduos isolados. Mas as pessoas não se auto-organizam por “geração espontânea”. Quem estude um bocadinho de história percebe isso facilmente…
2.º) Ao contrário do que alguns nos acusam, não pretendemos “chegar-nos à frente” nem andamos à procura de “protagonismo”. Semelhantes acusações, para além do travo estalinista que as impregna, confundem a discordância com o processo de intenções. Aos que discordam de nós dizemos simplesmente isto: podem e devem debater o acerto das nossas posições ou das nossas estratégias, mas sem fulanizar ou pessoalizar a expressão dessa mesma discordância. Acrescentamos a nossa recusa em responder a tudo aquilo que roce a ofensa ou o insulto pessoal. Não é dessa forma que queremos estar nesta luta. E aproveitamos para esclarecer: os membros da APEDE (órgãos dirigentes incluídos) são professores como todos os outros, que não têm reduções de horário laboral para trabalhar neste movimento, que o fazem, portanto, com sacrifício das suas (poucas) horas de lazer, que não aspiram a cargos políticos nem aos «quinze minutos de fama» de uma breve aparição mediática, e que dão a cara e o nome com todos os riscos que isso implica.
3.º) Assumimos que tomámos a dianteira apenas porque alguém precisava de o fazer. Mas queremos estar com todos os movimentos que queiram associar-se a esta iniciativa, queremos que também eles a possam assumir como sua e não recusamos a participação de ninguém, nem mesmo dos sindicatos em relação aos quais temos alguns desacordos profundos. Pensamos que os sindicatos têm aqui a oportunidade de readquirir a confiança dos professores se souberem arrepiar o caminho que traçaram quando assinaram o acordo com o Ministério da Educação, um acordo que apenas serviu para desmobilizar os professores e para fazer recuar à estaca zero todo o movimento de contestação levado a cabo pela classe docente.
4.º) A manifestação de 15 de Novembro será bem sucedida se, para além dos professores que conseguir reunir, criar condições para dar força a uma afirmação genuinamente independente dos professores, longe dos calculismos de bastidores onde os interesses da classe docente e da escola pública pesam muito pouco. É esse o nosso objectivo. E, julgamos nós, é também esse o desejo de muitos professores cansados de tanta arbitrariedade e de todos os abusos com que o Ministério nos tem agredido continuamente.

domingo, 12 de outubro de 2008

15 DE NOVEMBRO!


PROPOSTAS DE ACÇÃO APROVADAS NA REUNIÃO DE 11/10/08

· Escrever uma carta-tipo que possa ser assinada por qualquer pessoa, professor e não só, sendo que todos os signatários se encarregarão de a enviar aos principais órgãos de soberania, aos órgãos de comunicação com maior projecção e, claro está, ao Ministério da Educação. O objectivo desta iniciativa, muito mais eficaz do que as petições on-line, é que milhares de cartas, assinadas por diferentes pessoas, “inundem” os respectivos destinatários e chamem a atenção para a nossa causa. O conteúdo dessa carta deverá incidir na denúncia do actual quotidiano laboral dos professores, do seu cansaço e da sua desmotivação, expressos no enorme número de professores que andam a pedir mensalmente reforma antecipada, e deverá acentuar a desmontagem de toda a coerção legislativa sobre os professores que visa fabricar falso sucesso escolar com fins meramente demagógicos e eleitoralistas.
· Escrever uma carta aos encarregados de educação, a ser distribuída por intermédio dos presidentes das associações de pais das diferentes escolas, esclarecendo os motivos do descontentamento dos professores, salientando o impacto das actuais políticas educativas na degradação da qualidade do ensino, e deixando claro que a formação das crianças e dos jovens deste país necessita de uma classe docente motivada, socialmente reconhecida e com condições para exercer o seu trabalho de forma condigna.
· Contactar os vários grupos parlamentares, expondo-lhes a situação cada vez mais insustentável que se vive nas escolas.
· Aprofundar os contactos com outros movimentos independentes de professores com vista a criar uma plataforma para acções e iniciativas comuns.
· Articular os professores de diferentes escolas de uma mesma zona ou agrupamento, de modo a promover núcleos de acção transversais a vários estabelecimentos de ensino.
· Usar, como forma de resistência no interior das escolas, todos os mecanismos de questionamento relativos ao processo de avaliação do desempenho, suscitando nos órgãos próprios (departamentos e conselhos pedagógicos) questões como a que se prende com a necessidade de publicação em Diário da República da delegação de competências, ou a que diz respeito ao facto de a avaliação simultaneamente pedagógica e científica ser destinada apenas a alguns professores – excluindo os que irão ser avaliados por colegas de outros grupos de docência, não qualificados para avaliar a competência científica.
· Caso se venha a confirmar a informação de que o Ministério da Educação, através da DGRHE, irá centralizar informaticamente todo o processo de recolha de dados sobre a avaliação do desempenho, promover imediatamente acções de resistência e de recusa em colaborar com um procedimento que só virá desautorizar ainda mais as escolas e reforçar, de maneira intolerável, os mecanismos de pressão e de controlo sobre os professores.
· Associar a APEDE à iniciativa de uma manifestação para 15 de Novembro, em articulação com todos os movimentos de professores que se queiram juntar a esta acção, na base de um caderno reivindicativo próprio que, entre outros pontos, exija a suspensão do actual modelo de avaliação do desempenho para o ano lectivo de 2008-2009.

sábado, 11 de outubro de 2008

MANIFESTAÇÃO DE PROFESSORES - 15 DE NOVEMBRO - LISBOA

É oficial!
Se, até aqui, apenas pairava no ar a ideia de uma manifestação, no dia 15 de Novembro, esta é, agora, irreversível. Para todos aqueles que se têm interrogado sobre as questões legais e de organização, a partir de hoje o apelo é oficial.Numa reunião da APEDE, em que o MUP participou, ficou decidido que uma comissão composta por elementos desta Associação e deste Movimento tratará dos aspectos legais (pedido de autorização ao Governo Civil de Lisboa)

para:Local de concentração: Marquês de Pombal, Lisboa.Dia e Hora: 15 de Novembro, às 14 horas.
Segue-se desfile pela Rua Braancamp, Largo do Rato, Rua de S. Bento, terminando a manifestação em frente da Assembleia da República.Vamos também solicitar a colaboração de outros movimentos e personalidades que têm dado o seu contributo à causa da Educação.
Nota: A APEDE é uma Associação legalmente constituída. Sítios na internet:
http://apede.blogspot.com/ e http://apede.pt/.
Esta manifestação será o prenúncio de outra, certamente maior! Agora, é preciso mobilizar o maior número de professores...TODOS SEREMOS POUCOS!
Passa esta mensagem a todos os teus contactos.

OS PROFESSORES E O 15 DE NOVEMBRO

A APEDE e o MUP (Movimento de Unidade dos Professores) no encontro que hoje aconteceu nas caldas da Rainha promovido pela direcção da APEDE, deliberaram associar-se à manifestação de professores marcada para dia 15 de Novembro.
Toda a notícia com pormenores dentro de pouco tempo, ainda hoje!

Assim não se pode continuar!
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