Não sabemos o que é mais insultuoso para os professores: se achincalhá-los na praça pública e acusá-los das piores doenças do sistema educativo, como o primeiro-ministro e a sua apaniguada do Ministério da Educação não se cansaram de proclamar, ou se, como José Sócrates fez na sua recente entevista na RTP1, tratar os professores como uns débeis mentais que não compreenderam a bondade das intenções que o governo lhes destinou em tão benfazejas reformas.
Sócrates é, realmente, um caso de comunicação: até quando pretende acariciar os professores, consegue insultá-los.
É claro que o futuro ex-primeiro-ministro sabe muito bem que o problema não reside na forma, mas no conteúdo. Aliás, a forma, neste caso, até correspondeu perfeitamente ao conteúdo: se o objectivo era retirar direitos e dignidade aos professores, se a finalidade era degradar a sua condição social e profissional, a retórica legitimadora desse processo só podia ir no sentido de os humilhar publicamente. Como, de facto, foi.
No dia 27 de Setembro, os professores vão-lhe dar a resposta nas urnas. O futuro ex-primeiro-ministro sabe-o. E teme-o.
Imagem retirada do Antero
2 comentários:
É, realmente, preciso ter lata. Afinal, foram os professores - essa cambada de mandriões que pôs os país na cauda da Europa - que não "perceberam a mensagem". Oxalá tivessem usufruído das "Novas Oportunidades": teriam percebido a bondade de tamanhas medidas.
É correr com esta gente ordinária. E depressa!
Assim será! Dia 27 Setembro »»»»»»»»»»»»»»» SOCRATES E RESPECTIVA PANDILHA »»»»»»»»»»»»»»» RUAAAAA !!
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