quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PARA QUE HOJE (E AMANHÃ) OS DEPUTADOS NÃO ESQUEÇAM: UMA MENSAGEM DE PROFESSORES DA SEC. DE ODIVELAS

Texto enviado aos Grupos Parlamentares e Sindicatos:


Os Professores Não Esquecem

Durante quase dois anos a grande maioria dos professores portugueses defendeu de forma abnegada a causa da escola pública, bateu-se pela sua dignidade profissional, exigiu a revisão de um estatuto lesivo dos seus direitos e recusou participar num processo de avaliação incoerente e iníquo.
Durante os dois últimos anos mostrámos o nosso descontentamento de forma clara e inequívoca e, ao percebermos que o poder político ensurdecia a cada dia que passava, apesar de termos falado cada vez mais alto e em maior número, contribuímos decisivamente para a nova geometria política no parlamento.
Não esquecemos, não queremos esquecer, que de outros quadrantes políticos nos ouviram e entendendo justas as nossa reivindicações as tornaram suas e as verteram nos seus programas eleitorais.
Assim, porque achamos que nos representam e em vós delegámos, pelo voto, também a responsabilidade de honrar os compromissos, vimos recordar os aspectos inegociáveis das nossas reivindicações e que mereceram a vossa concordância:
Uma carreira única, eliminando, por conseguinte, a divisão entre professor titular e não titular.

  • Uma avaliação formativa, exequível, objectiva e simples e que os resultados desta apenas reflictam a justiça e não quaisquer quotas ou outros artifícios economicistas.

  • A suspensão imediata do processo de avaliação de desempenho docente que ainda decorre em muitas escolas, porque não é aceitável que se perpetue a iniquidade, quando é possível pôr-lhe um termo.

  • Avaliação de todos os professores, sem qualquer tipo de discriminação negativa daqueles que, por dela discordarem desde a primeira hora, não se submeteram ao processo de avaliação.

Cientes de que saberão honrar os vossos compromissos,

Atentamente,


Um grupo de professores da Escola Secundária de Odivelas
...........

4 comentários:

Saúde Oral disse...

Estou completamente solidário com os colegas de Odivelas, aliás escola onde fiz estágio. Lamento a atitude atroz dos deputados do PSD nesta matéria; PSD nunca mais na vida.

Anónimo disse...

Por favor, alguém que seja capaz de publicar a lista de todos os deputados do PSD? É muito urgente para que sejam lembrados das suas promessas da POLITICA DE VERDADE e que cumpram fielmente o que tanto prometeram antes das eleições legislativas.
Estamos num país da União Europeia e não acredito que a bancada do PSD venha a dar agora o dito por não dito e volte atrás nas suas promessas eleitorais.
Que se saiba, muitos desses senhores deputados foram eleitos POR NÓS PROFESSORES e vão votar uma lei que pode infernizar o ambiente das escolas, a soldo das políticas de ataque à escola pública protagonizadas pelos governos de José Sócrates.

Unknown disse...

Enquanto houver governos sócrates estamos fritos!

Anónimo disse...

Algumas perguntas à bancada do PSD:

É necessário que esclareçam, de uma vez por todas, se no caso de não votarem favoravelmente as propostas de suspensão do actual modelo de avaliação de desempenho de professores e ficarem colados à bancada do PS, quais são as consequências que vão ocorrer:
-aos professores que não entregaram os objectivos individuais;
-aos professores que foram avaliados com Bom e Excelente
-aos professores que receberem classificação de não satisfaz;
-aos professores que foram avaliados por quem não tenha formação na área de avaliação de docentes.
É estas respostas que o PSD deve dar antes de proceder às votações das várias propostas finais; nós, professores, exigimos esclarecimentos concretos e não meras hipóteses ou intenções. O PSD (POLÍTICA DE VERDADE?) tem de ficar responsabilizado pelas suas opções na área da educação e espera-se que não ande a tomar de posições conforme a direcção do vento; com o que se passou neste primeiro dia de debate, muito mal vai ficar, para já, a sua deplorável credibilidade.

Por fim, é extremamente de lamentar a ausência da Senhora Ministra da Educação no Parlamento, no momento em que se discute um assunto tão importante na área da Educação; se tal situação não revela total desprezo da Ministra pelos docentes, então o que é que traduz?

Também fica aqui um repto aos movimentos independentes de professores para que se juntem e analisem a nova situação, face aos resultado da votação das várias propostas no Parlamento. A luta não termina agora, antes pelo contrário e, agora mais que nunca, é preciso e torna-se imprescindível reforçar a luta e tomar importantes decisões para pôr cobro à actual avaliação e cerrar fileiras em defesa da dignidade da classe docente e da escola pública. SE O PARLAMENTO É INCAPAZ DE RESOLVER OS PROBLEMAS DOS PROFESSORES, ENTÃO NÃO VAMOS AGORA DESARMAR.

Tenho dito.

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