quarta-feira, 12 de novembro de 2008

15 DE NOVEMBRO, UM MOMENTO CRUCIAL DA NOSSA LUTA


Colegas,

Estamos num momento crucial da nossa luta por uma escola pública de qualidade e pela requalificação da dignidade da nossa carreira.
Por isso, é fundamental estar na Manifestação de Professores, no próximo sábado, dia 15, para "marchar" do Marquês de Pombal a S. Bento.
Depois do estrondoso protesto de dia 8, não podemos compactuar com a prepotência e o autismo revelados pelos responsáveis da 5 de Outubro, durante e após essa manifestação histórica. Temos de dar um sinal claro de que não baixamos os braços.
Estar em Lisboa será um sacrifício redobrado para muitos. Mas em causa estão valores que superam esse sacrifício. Ou lutamos definitivamente contra o MONSTRO, que inclui, entre outras aberrações, o ECD e a divisão da classe em duas categorias, ou o nosso calvário, dele decorrente, será, no futuro, muito mais espinhoso e muito mais prolongado.
Ainda vamos a tempo. Ou lutamos agora, ou muito do que ainda se pode conseguir ficará irremediavelmente perdido!
MUP e APEDE

10 comentários:

AA disse...

"Estamos num momento crucial da nossa luta por uma escola pública de qualidade e pela requalificação da dignidade da nossa carreira."

Concordo!
Concordo com o assumir da nossa luta nas Escolas,para lá do anonimato da mole humana em manifestação.
Concordo com a transformação em manifestações nas capitais de distrito.

Não concordo que possamos, neste momento, "dar um sinal de força" dia 15.
Não concordo com manifestações em fins de semana adjacentes.
Não concordo que "lutar agora" seja passe por manter esta Manifestação.
Não quero que percamos influência junto dos media, dos sindicatos e - essencialmente - junto dos nossos colegas menos atentos.
Quantas camionetas já estão alugadas?
Na minha Escola, passámos de uma a...zero. A desmobilização é...óbvia e evidente.
Em quantas escolas está a suceder algo semelhante?
Quantas escolas estão mobilizadas? Quantos cartazes pelas escolas?
Quantas camionetas têm já confirmadas?
Não seria útil fazer essa constatação antes de correr atrás de correntes de pensamento que, até dentro deste movimento genuinamente livre e independente, se calhar são... minoritárias?

Porque não fazer uma consulta aos associados da APEDE, uma votação electrónica que tentasse saber da sua opinião, em vez de ir atrás de entusiasmos respeitáveis e sinceros, não o duvido, mas que representam um nome, num blogue e que pode não significar mais do que isso mesmo...

Que imagem queremos transmitir?
Que consequência resultarão de um eventual fracasso?
Acredito que uma caricatura da mani do passado sábado, isso sim, poderá tornar o nosso movimento "irremediavelmente perdido"!

Em que posição negocial nos iremos colocar?

Não teria sido bem mais útil negociar "tempo de palco/ VOZ" no passado sábado do que ir agora falar para nós próprios?

Ainda é tempo de auscultar os membros da APEDE e decidir democraticamente se, depois de negociar e aceitar participar na manif de dia 8, ainda se justifica, ou nos compensa manter a Manif de dia 15.

Ir porque dissemos que íamos, ou porque já está marcado e até fomos os primeiros a marcar poderá ser o princípio do fim de um movimento que, acredito sinceramente, tem MUITO para oferecer e MUITO que fazer nas lutas que se avizinham, até porque o endurecimento de posições do governo e dos seus comissários políticos dentro das escolas, garantidamente,se vai intensificar.

"United we stand, Divided we fall".

Para termos poder e autoridade para mudar o nosso destino e ser aceites como uma força Livre, Independente e de "Mãos Limpas" perante os "entendimentos" e oportunismos que todos já vimos, não podemos expor-nos num momento de desmobilização em termos de manifestações "nacionais" e imediatamente a um grande sucesso, como foi a passada Manifestação.

Concordo e tento todos os dias propor acções de contestação, encontrar soluções para levarmos de vencida esta luta.
Sinto que, o olhar de muitos trabalhadores, a começar pelos da função pública estão postos em nós, na nossa unidade, na adesão e alcance das nossas manifestações, cujos ecos chegam às notícias de todo o mundo.

Gostava de o não ser, mas sou, por tudo o que expus e ainda pelo que sinto mas não sei pôr em palavras, contra a manutenção desta Manifestação Nacional Marquês-Assembleia.

António Andrade
Sócio Nº 48 da APEDE

Safira disse...

Ricardo!

A Matias Aires começa a mexer. Fui lá hoje agitar as águas... Foi cá um remoínho!

Abraço.

Safira

Anónimo disse...

Uma manifestação que nasceu no seio dos professores e que será uma jornada de REFORÇO da luta e de afirmação e participação cívica dos professores sem quaisquer conotações sindicais ou partidárias.
Uma manifestação pela qualidade do ensino e pela defesa da escola pública, afirmando o desejo de um sucesso ao serviço da sociedade e da cidadania e não meramente estatístico, que queremos qualificar e formar e não apenas certificar.
Uma manifestação pela dignificação da profissão docente e consequente valorização social.
Uma manifestação contra o autoritarismo, a prepotência, a arrogância e o autismo que tem caracterizado as atitudes governamentais, particularmente no campo da educação, acusando-se manifestantes de chantagistas e quererem intimidar quando é o próprio ME que pressiona intoleravelmente os CE para cumprirem cegamente uma lei injusta e iníqua (2/2008).
Uma manifestação pela revogação do ECD, nomeadamente a abolição das duas carreiras de professores com tudo o que daí decorre de perverso.
Uma manifestação por uma gestão democrática e participada das escolas.
Uma manifestação pela recusa DESTE modelo de avaliação, com a insistência firme na denúncia do memorando de entendimento que nos pressiona e quase nos empurra para sermos cobaias de algo que sabemos injusto e perverso, não premiando o mérito, bem pelo contrário (com as famigeradas quotas, a avaliação assegurada por colegas de grupos diferentes, a impossibilidade de avaliar o professor na sua dimensão de formador e pedagogo, as diferenças de condições de trabalho de escola para escola e mesmo dentro de cada escola com níveis de ensino, número de turmas, as incorrecções técnicas e científicas dos documentos de avaliação, etc).
Uma manifestação pela rejeição frontal do projecto de concursos e da prova de ingresso na carreira.
Uma manifestação pela modificação e melhoria da situação dos contratados, que não conseguem encontrar um mínimo de estabilidade profissional, financeira, familiar e emocional.
Uma manifestação pela denúncia de graves mentiras a respeito da profissão docente, nomeadamente a de que não são avaliados há mais de 30 anos e que estão a reformar-se antecipadamente porque não estão dispostos a mudar as suas vidas e passar a trabalhar mais horas nas escolas.
Uma manifestação com o objectivo claro de sensibilizar a sociedade civil, pais e encarregados de educação (convidados a juntar-se a ela) para as justíssimas razões da luta dos professores, que deve ser entendida como uma luta em nome de um bem comum: a defesa da educação e da escola pública, do futuro dos nossos filhos e do país (e aqui será lançada uma ideia inovadora da APEDE que finalmente tem condições de ser concretizada em larga escala, com impacto importante no reforço da luta e da resistência às políticas do ME).
Uma manifestação pelo reforço da luta interna nas escolas, com o anúncio do ENCONTRO NACIONAL DE ESCOLAS EM LUTA (ainda ontem aprovado no plenário de Braga), para o próximo mês de Dezembro.
Uma manifestação que exigirá, ali mesmo defronte da Assembleia da República, a casa da cidadania, a implicação mais incisiva dos partidos políticos (a quem pediremos que nos recebam no final da manifestação para lhes entregarmos uma declaração de princípios e caderno reinvidicativo) na procura de uma solução para a situação que está criada nas escolas e no ensino.
Uma manifestação que apelará directamente à intervenção do senhor Presidente da República em defesa da Escola Pública e dos seus actores principais (professores e alunos).

Uma manifestação com garra, dinamismo, agilidade, criatividade, determinação, espírito de luta, vontade inquebrantável de resistir e não deixar arrefecer a luta, será mesmo uma manifestação dispensável?
Será que não vale a pena?
Está nas nossas mãos, apenas nas nossas mãos, fazer dela um grande sucesso. Se todos nos empenharmos, se todos acreditarmos, se não ficarmos presos a tibiezas, receios e fraquezas. O tempo é de luta! Os professores precisam de continuar a resistir, de continuar a lutar, de continuar a fazer sentir a sua voz, o seu protesto, as razões que os movem!
VIVAM OS PROFESSORES PORTUGUESES!!!
VAMOS DAR UM EXEMPLO DE FORÇA E AFIRMAÇÃO CÍVICA!

Um grande abraço a todos

Ricardo Silva
(membro da direcção da APEDE)

P.S. Posso responder ao sócio nº 48que há muitos professores mobilizados, e sejam quantos forem, estarão de forma genuina, de corpo e alma, com vontade de persistir na luta e mostrar ao ME que não nos conseguirá vergar, não nos calará, nem nos amedronta!

Anónimo disse...

Dia 15 lá estaremos! Com convicção! Por isso, vamos de carro, de comboio, de autocarro! Organizámo-nos, porque estamos conscientes de que é necessário radicalizar a luta! Não precisamos de cartazes ao pescoço! Precisamos da Bandeira Nacional e da cabeça erguida pela certeza da nossa motivação! Não vou para fazer concorrência à manifestação do dia 8! Esse foi o papel dos sindicatos e com receio de ficarem a perder, anteciparam a " SUA" manifestação, como gostam de dizer! Dia 15 seremos muitos! Muitos dos que também foram a 8! Muitos dos que esperaram pelo dia 15! Seremos os que formos! Seremos os suficientes para lembrar ao governo e ao PR que não vamos abrandar a luta! A 8, a 15 e todos os dias que forem necessários até que a Educação do país fique a salvo de quem já tanto a destruiu.

Lourenço

João Soares disse...

Apelo a que a Marcha se faça em completo silêncio e sem a panóplia de símbolos dos sindicatos nem movimentos independentes e o maior número de colegas trajados de negro . A força do silêncio e do luto será a expressão máxima dos Professores neste sábado. Se afirmarmos nesse dia como A Manifestação do Silêncio e do Luto, os Portugueses verificarão que, o que nos move, é a dignidade e honra pessoal e profissional que queremos reconquistar.
Todos os ganhos contam!

Anónimo disse...

Ontem, 12 de Novembro à noite, na RTPn, durante um debate sobre Avaliação Desempenho dos Professores, passaram em rodapé estas afirmações:

1. "A Avaliação de desempenho dos prof. só terá efeito a partir de 2013";
2. "12 mil professores avalidos, em 2008, com o novo modelo"

Fiquei irritadíssimo e mais, indignado, perante a descontextualização da primeira afirmação e falsidade da segunda. Gravíssimo é ambas terem sido proferidas pela RTP, prestadora de um serviço público.

Não é a isto que se chama-se manipulação da opinião pública?? Ou será falta de competência jornalística? Estarei a ver bem as coisas?

O que me dizem!!!???

Peço ajuda aos colegas deste forum para me ajudarem a divulgar esta mensagem.

APELO à PRESENÇA dos COLEGAS na MANIFESTAÇÂO DE 15 NOV.(poucos ou muitos, não interessa, devemos sim mostrar a nossa indignação).

PS: Não sou filiado em nenhum sindicato e muito menos num partido político

André disse...

Olá colegas,
na Escola Básica 2,3 Abade Correia da Serra em Serpa (Alentejo profundo), reunimos ontem para fazer o balanço da manif. de dia 8 e para prepararmos a manif. de dia 15 de Novembro. Apesar do esforço exigido, iremos cerca de 10 professores à Manif. de dia 15 de Novembro. O objectivo da Manif. de dia 15 não é para comparar com o número de pessoas da de dia 8, que também ajudamos a mobilizar, mas sobretudo:
1. para demonstrar que continuamos a lutar contra estas políticas injustas que pretendem destruir a escola pública, não deixando descansar a Ministra enquanto ela e a sua política não caírem;
2. uma oportunidade única para que professores de base de todo o país trocarem experiências (como o fantástico plenário distrital de Braga);
3. começarmos a preparar um GRANDE ENCONTRO NACIONAL DE ESCOLAS EM LUTA, em Dezembro.
Isso não foi possível realizar/discutir no dia 8 de Novembro, porque apesar de contribuirmos para o sucesso da Manif. não nos foi dada a palavra no microfone (só falaram os dirigentes sindicais).
Esta nossa luta, só pode ser ganha totalmente, com democracia de base, com plenários democráticos onde os professores de base podem votar mas TAMBÉM FALAR E PROPOR ideias eventualmente diferentes das dos dirigentes sindicais, ou de outro colega. Viva o exemplo do Plenário distrital de Braga!! Esse é o caminho... Agora, em Novembro, temos que fazer isso por todas as capitais de distrito e depois em Dezembro um GRANDE ENCONTRO NACIONAL DAS ESCOLAS EM LUTA, para sermos NÓS a decidir o que NÓS iremos fazer. Até Sábado colegas,
André Pestana

reb disse...

Estou de acordo com o joão soares.
Esta manif para ter algum impacto dever ser a Manif dos professores. SÓ ISSO!
Nada de cartazes de movimentos ou partidos. Isso nesta fase é de uma falta de estratégia enorme! penso eu...
Iria aparecer em letras gordas nos jornais do dia seguinte: Professores divididos!

Tréguas ao memorando! eles já sairam da paritária. Eles já não nos controlam!

NÃO façam isto parecer as velhas lutas entre P.C. e MRPP !!!


fAÇAMOS SILENCIO! A HAVER BANDEIRAS QUE SEJA SÓ A BANDEIRA NACIONAL!

Anónimo disse...

Em Braga estamos a mobilizar-nos para uma concentração às 15 horas na Av. Central , a fim de apoiar os nossos colegas que vão a Lisboa( dia 15)

Anónimo disse...

É-me impossível estar presente, mas estou a torcer por vós.Têm todo o meu apoio.
Estarei na próxima.
Obrigada pelo vosso trabalho!
Fernanda Saraiva

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