sábado, 1 de novembro de 2008

ESCLARECIMENTO N.º 2

Vamos repor a verdade, desanuviar o ar e impedir o ruído. Ao contrário do que já começa a circular nalgumas caixas de comentários de certos blogues, a FENPROF não mentiu quando colocou o último comunicado que consta do seu site. Ontem, instado por alguns dirigentes da FENPROF para dar uma resposta rápida sobre o texto desse comunicado, e convicto de estar a interpretar correctamente os sinais que me chegavam de vários colegas da APEDE e do PROMOVA (o MUP rapidamente anunciou outra posição), fui eu, Mário Artur Machaqueiro, presidente da Direcção da APEDE, que dei a indicação ao António Avelãs do SPGL de que ele poderia pôr o dito comunicado no ar, embora salvaguardando junto de outro dirigente do SPGL a possibilidade de os movimentos efectuarem um outro tipo de mobilização para o dia 15 de Novembro, de modo a não deixar cair essa data que tão importante é para muitos professores. Foi um erro e uma precipitação da minha parte, como já referi num esclarecimento anterior. Estou a frisar isto porque não gosto de ver atirar culpas para quem as não tem. Se a FENPROF colocou esse comunicado, foi única e exclusivamente por minha responsabilidade. Durante a tarde, fui entrevistado por alguns jornalistas e foi a posição do comunicado que lhes transmiti, embora não seja verdade que alguma vez tenha dito que, para participarem na manifestação do dia 8, os movimentos tenham prescindido da exigência de uma ruptura clara com o memorando de entendimento (isso já é uma invenção de uma jornalista que tresleu as minhas palavras). Na noite do dia de ontem, quando a Direcção da APEDE pôde finalmente reunir, verifiquei que a sensibilidade dos meus colegas não coincidia com o que eu julgava ter percebido de algumas mensagens que me iam chegando ao longo do dia. Por outro lado, uma leitura política mais apurada da actual situação da luta dos professores levou-nos a pensar que, embora apoiando a manifestação do dia 8, faz também sentido apoiar todos os professores que desejarem manter a manifestação do dia 15 para fazerem ouvir a sua voz, pois essa iniciativa significa a continuação da determinação dos docentes em derrubar as políticas gravosas do Ministério da Educação. Notem que a mensagem da Direcção do SPGL é correcta: vamos estar, de facto, todos no 8 de Novembro. Mas a manifestação a 15 vai ser também uma realidade, pois é isso que muitos professores esperam e nós estamos do lado deles.

Mário Machaqueiro

6 comentários:

Vítor Ramalho disse...

Actualmente, há 450 professores que estão a tempo inteiro nos sindicatos.
Ou seja, o Estado, via Ministério da Educação, paga-lhes para ser.... sindicalistas.
Nenhuma dessas pessoas dá aulas, ou pensa voltar às escolas.
Alguns, os mais conhecidos, estão há décadas nessa situação.
No total, esses sindicalistas custam oito milhões de euros por ano.
Os destacamentos deles para essas funções passam pelo Ministério da Educação...

Lição da história: eles, como "sindicalistas", têm que fazer de vez em quando o seu número de "opositores" ao Ministério...
Em troca, convém-lhes nunca esticar muito a rédea, porque sabem quem a segura.
Na hora decisiva, o Ministério tem-nos na mão.
Na prática, são sindicalistas-funcionários, são assalariados do Ministério.
Os professores, são o pretexto para o emprego deles...

Ponderei seriamente participar na manifestação de dia 15. Agora vou ficar em casa se os professores gostam de andar debaixo da batuta dos traidores dos sindicatos é lá com eles, eu é que para esse peditório já dei.

Anónimo disse...

Colega Vítor
A informação que está a dar não é correcta. Sabe-o tã bem quanto eu...
desse número que afirma, apenas um número reduzido está a tempo inteiro, os restantes estão nas escolas a trabalhar como todos nós...
Se são funcionários do ME o seu destacamento não pode ser dado por outra entidade ou pode??
Seja correcto quando fala de pessoaas que são seus colegas...
Alexandre

Anónimo disse...

Alguns sindicalistas estão nas escolas com 18 horas de sindicato. leccionam uma turminha e vão à sua vida!

Anónimo disse...

Também há sindicalistas na escola que vão ser avaliadores e não "mexem uma palha" para contrariar a implementação do modelo!!!!

Anónimo disse...

Os sindicatos não defendem os professores! Defendem os seus tachos! Abaixo os sindicatos e os tachistas dos sindicalistas!!!

Em 8Nov vou com cartaz: "Abaixo os sindicatos!!!"

Rui Baptista disse...

Mário Machaqueiro: Fui dos que defendi, como sabe, a sua atitude em todo este escabroso processo por ter julgado que foi pressionado a tomadar de certas posições menos claras.

Este seu comunicado não deixa lgar a dúvidas de serem desculpas de mau pagadore e de que é pior a emenda que o soneto. Lamento sinceramente.

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