sexta-feira, 21 de novembro de 2008

NADA DE NOVO NA FRENTE OCIDENTAL


Os anúncios da Ministra no sentido de aligeirar o modelo de avaliação do desempenho são meras operações de maquilhagem, insuficientes para iludir as iniquidades de que o modelo está eivado:
  • a manutenção das quotas para a atribuição das notas máximas, ainda para mais com efeitos nos próximos concursos de colocação de professores;
  • o condicionamento da classificação dos professores aos resultados obtidos pelos alunos, que a Ministra afirmou não ter efeito para este ano lectivo, mas que, em próximos anos, será um "critério" fundamental para se aferir a "competência" de um docente;
  • a impossibilidade prática de, em cada departamento curricular, haver titulares em número suficiente para garantir que todos possam ser avaliados por alguém da mesma área científica, não se sabendo bem onde ir buscar esses colegas no caso de um professor insistir em ter esse tipo de avaliação (o que significa que esta "concessão" do Ministério não passa de uma mistificação manhosa, feita para iludir jornalistas mas que não engana qualquer professor minimamente atento).
Como hoje é evidente para os movimentos de professores, para os sindicatos e para todos os partidos da oposição, a manobra que ontem a Ministra e o Governo encenaram é pura poeira nos olhos.
Portanto, nada de novo na frente ocidental. A luta tem de continuar. E tem de continuar até ao fim: até ao derrube da matriz de onde todos estes delírios governamentais emanam, que é o Estatuto da Carreira Docente.

3 comentários:

Anónimo disse...

Professores aguardam reunião de hoje - Mário Nogueira, da FENPROF, disse já esta manhã na RTP que aguarda com expectativa a reunião que vai ter hoje com a Ministra da Educação.

Vídeo (Mário Nogueira esta manhã na RTP):

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=374135&tema=27

Filipe

Anónimo disse...

O Corredor do Poder sobre educação (ontem, na RTP):

http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=23479&e_id=&c_id=5&dif=tv

Filipe

Anónimo disse...

O ECD e o novo modelo de gestão das escolas é que vão aniquilar completamente a escola pública. Só vai ficar nas esclas quem não conseguir fazer outra coisa. A avaliação do desempenho docente é uma necessidade mas sempre com um carácter formativo. Não precisamos de seriar os professores, nem de dividir (lamento a falta de coragem de alguns, nunca deviam ter concorrido para professor titular.
a escola hoje é um lugar extremamente violento, os professores têm que assumir esta realidade sem traumas nem vergonhas e reclamar condições que lhes permitam exercer a sua profissão com dignidade. Estou farto de estar com professores e ouvir sempre as mesmas lamentações: a turma faz muito barulho, eles são mal educados, não consegui dar a aula, ele faltou-me ao respeito, pedi-lhe mais de dez vezes para estar calado e não se calou, quando o coloquei na rua arrumou os livros com violência e bateu a porta, estava no quadro e começaram a atirar papéis contra mim...ao sair da sala empurrou o professor. Podia continuar com estes exemplos a noita toda. Por isso penso que outra exigência deverá ser a garantia de condições para o normal desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem nas escolas. A escola hoje esta mal educada, nela reina a impunidade e o facilitismo. A relação pedagógica é uma mentira. Hoje estar numa sala de aula é sinónimo de luta entre o professor que quer fazer alguma coisa e os alunos que estão constantemente a boicotar a aula.
Se alguém me provar o contrário, então eu tenho andado por escolas muito complicadas (já lá vão mais de dez...).
Só para terminar digo atodos os professores deste país que estou na disposição de parar até estarem garantidas soluções para todos estes problemas.

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