Declaração de professores do Departamento de Filosofia da Escola Secundária de Caneças, apresentada numa reunião do Conselho Pedagógico. A declaração foi assinada por mim e por mais seis colegas do conjunto de dez professores que constitui o Departamento.
Mário Machaqueiro
DECLARAÇÃO DE PROFESSORES DO OITAVO DEPARTAMENTO
(FILOSOFIA)
Dia 13 de Janeiro de 2009
(FILOSOFIA)
Dia 13 de Janeiro de 2009
Considerando o abaixo-assinado em que a quase totalidade do corpo docente desta Escola manifestou o seu repúdio pelo actual modelo de avaliação do desempenho e a exigência de que o mesmo fosse suspenso pelo Ministério da Educação;
Considerando que o Decreto Regulamentar 1-A/2009 se limita a alterar os aspectos acessórios do referido modelo de avaliação, mantendo os elementos essenciais mais graves, nomeadamente a imposição de quotas para a atribuição das classificações máximas;
Considerando ainda que o supracitado Decreto Regulamentar consagra situações de desigualdade na avaliação das diferentes categorias de professores, acentuando com isso as injustiças decorrentes da divisão da carreira entre titulares e não titulares;
Considerando também que o referido Decreto vem limitar, na prática, a avaliação do trabalho dos professores a funções de natureza burocrática e administrativa, renunciando ao carácter obrigatório da avaliação científico-pedagógica, o que faz deste modelo transitório de avaliação uma simples arma de arremesso para efeitos político-eleitoralistas, em nada contribuindo para a melhoria das práticas lectivas;
Considerando, finalmente, que está em causa a dignidade profissional e individual dos docentes deste país,
Os membros do Oitavo Departamento, abaixo-assinados, vêm deste modo manifestar a sua intenção de não entregar os objectivos individuais, querendo com este gesto deixar bem claro o seu repúdio pelo modo como a actual equipa do Ministério da Educação tem tratado os professores portugueses.
1 comentário:
Dúvidas sobre os conflitos de interesses na aplicação do Simplex2:
1. Há conflito(s) de interesses entre os professores todos de uma escola e alguém que sendo seu/sua actual avaliador/a - Presidente do Conselho Executivo - seja candidato/a a Director/a para um próximo mandato.
2. Há ainda outro conflito (da mesma natureza) entre o/a candidato/a a Director/a Executivo/a, na condição de avaliador, e os membros do Conselho Geral de Escola que terão que o/a eleger, sabendo que estão/vão ser avaliados por esse/a candidato/a.
3. Há mais um conflito que deriva do facto de o/a candidato/a a Director/a ser o/a avaliador/a dos "futuros/as escolhidos/as" da sua Equipa e dos/as Coordenadores/as, etc.
Mas, na hipótese de não se verificarem os anteriores conflitos, há este problema:
4. Em algumas escolas, no final do ano, os PCEs não serão os Directores eleitos para o próximo mandato. Nesses casos, o Director apanhará o processo de avaliação na fase final e terá de avaliar professores que ele ou ela não acompanhou ou nem sequer conhece o que torna este processo inoperacional.
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