segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009


COMUNICADO



Nestes últimos dias, diversos professores que contactaram os serviços da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), colocando questões sobre a não entrega dos objectivos individuais, obtiveram, como resposta, um discurso intimidatório e desmobilizador que os aconselhava a ponderar todas as consequências da não entrega dos objectivos, indo ao ponto de afirmar que uma dessas consequências poderia incluir o procedimento disciplinar. Consideramos que esta atitude da parte de responsáveis da FNE é de uma extrema gravidade. E maior gravidade assume pelo facto de reflectir, presumivelmente, comportamentos que não são isolados nem ocorrem à revelia das orientações da direcção da FNE.
Lembramos que a FNE subscreveu, em conjunto com todos os sindicatos de professores que integram a Plataforma Sindical, um apelo para que os professores se recusassem a entregar os objectivos individuais como forma de lutar pela suspensão integral do modelo de avaliação do desempenho. As declarações que responsáveis da FNE prestaram a diversos colegas violam claramente, e inadmissivelmente, o compromisso que essa organização sindical assumiu perante todos os professores.
Entendemos ainda que tais declarações minam e traem o esforço que muitos professores têm feito no sentido de persuadir colegas mais hesitantes a manterem-se firmes no propósito de não entregar os objectivos individuais. A luta que travamos nas escolas, numa fase particularmente difícil, necessita da união de todos, da convergência de actuação e do apoio das organizações sindicais. A resistência dos professores só sai reforçada se a actuação de quem tem a obrigação de ser a voz activa da classe docente honrar os seus compromissos, e nunca com um discurso isolado e divergente, empenhado em incutir os receios que têm sido propagados pelos organismos do Ministério da Educação. Importa realçar que o recente parecer jurídico do Dr. Garcia Pereira mostrou, de forma clara, como esses receios carecem de fundamento, o que torna ainda mais inaceitável o comportamento dos responsáveis da FNE.
Além disso, vemos com grande preocupação os sinais de que a FNE se prepara para abandonar a Plataforma dos Sindicatos, os quais gostaríamos de ver inequivocamente desmentidos. A serem confirmados, isso apenas contribuirá para destruir uma unidade que tem sido, até agora, uma das condições mais importantes na luta dos professores contra as políticas do Governo e do Ministério da Educação.

APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)
MEP (Movimento Escola Pública)
PROMOVA (Movimento de Valorização dos Professores)

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns por este comunicado. A FNE tem de entender que o Ministério da Educação apenas e tão só pretende dividir os professores para reinar.
Por isso, o espírito da luta dos professores manifestado ao longo de mais um ano tem de perseguir na unidade e em torno da Plataforma Sindical; negociar sim, mas primeiro com os restantes sindicatos para obter uma posição comum.
Nenhum professor deste país, que dá aulas nas escolas, iria agora compreender e aceitar qualquer traição ao espírito da sua luta; por isso, a FNE deve, isso sim, apresentar as suas propostas na Plataforma Sindical, de modo a chegar a um consenso entre todos os sindicatos.

Maria Isabel Pedrosa Branco Pires disse...

Ao ME basta assinar com um sindicato para dizer que teve o aval da concertação social...Lembram-se da Manuela Teixeira?

Espero que a Plataforma se mantenha Unida para bem da classe docente,

Anónimo disse...

Venho aqui pedir que a Plataforma Sindical comece já hoje a divulgar o Cordão Humano do dia 7 de Março. A distribuição de um auto-colante a cada um dos professores de todo o país pode ser uma das muitas medidas que devem ser já tomadas para incentivarem dezenas de milhares de professores a estarem em Lisboa.

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