terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A RESISTÊNCIA CONTINUA: O EXEMPLO DO AGRUPAMENTO D. CARLOS I DE SINTRA

Ontem em reunião geral, convocada pela nova directora, o Agrupamento D. Carlos I decidiu não entregar os objectivos individuais e continuar a luta em relação à suspensão do modelo de avaliação em vigor. O dia final da entrega dos objectivos é 20 de Fevereiro.
Aqui ficam os números. 100 professores foram à reunião (somos 140). As pessoas foram saindo e 76 votaram. Nenhum voto contra, 10 abstenções (contratados) e 66 votos a favor da moção que vos envio também.
A moção foi escrita por uma colega chamada Rosário Madruga, que se vai aposentar no fim do mês de Fevereiro. Antes de se ir embora, deixou-nos o seu legado da lutadora que foi toda a vida. Ainda há quem sai de cabeça erguida da escola!


Cristina Didelet



MOÇÃO


O Modelo de Avaliação do Ministério da Educação, imposto pelo Dec. Reg 2/2008, só é de “avaliação do desempenho docente” nas palavras. Este modelo não tem cariz formativo, mas eliminatório, não visa a melhoria das práticas, mas a burocratização de procedimentos, não fomenta a partilha pedagógica, antes o individualismo, a competição e a desconfiança, é, isso sim, um factor determinante na degradação do relacionamento e da cooperação entre os professores e, desta forma, profundamente perturbador do ambiente escolar e da qualidade de ensino.

As alterações pontuais, introduzidas pelo Dec Reg nº 1-A/2009, não alteram a sua filosofia e os princípios que lhe estão subjacentes e mantêm o carácter arbitrário e desvirtuado deste modelo de avaliação, nomeadamente na atribuição de Excelente e de Muito Bom.

As alterações sucessivas do Modelo de Avaliação mais não são que o reconhecimento da sua inadequação pedagógica e da sua inaplicabilidade funcional; procuram, apenas, a divisão e a desmobilização dos professores.

Permitir agora a implementação do aberrante regulamento “Simplex”, é garantir, para o próximo ano lectivo, a aplicação de um modelo perverso, na sua totalidade; significa, também, a aceitação tácita do Estatuto da Carreira Docente, que promove a divisão artificial e o estrangulamento da carreira em categorias que a esmagadora maioria dos docentes contesta.

Assim, os Professores e Educadores do Agrupamento de Escolas D. Carlos I, reunidos no dia 16 de Fevereiro de 2009, em respeito e coerência com a sua ética profissional, afirmam que:
- não entregam os objectivos individuais;
- continuam dispostos a lutar, de forma unida, pela suspensão da aplicação do actual modelo de avaliação.

Sintra, 16 de Fevereiro de 2009

1 comentário:

Safira disse...

Parabéns aos professores da D. Carlos de Sintra.

Abraço solidário,

Safira

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