- Uma relação mais estreita entre a avaliação do desempenho individual do professor e a avaliação global do estabelecimento de ensino onde aquele se insere (ponto 1.4).
- Articular a avaliação do desempenho docente com todas as restantes avaliações, nomeadamente com a dos alunos, mas também com a dos programas emanados do Ministério (e, acrescentaríamos nós, com a de todas as leis e normativos, tantas vezes delirantes e inadequados, que o Ministério despeja sobre as escolas) (ponto 1.5)
- A necessidade óbvia, que só não ocorreu às mentes brilhantes que pontificam na actual equipa ministerial, de que qualquer modelo de avaliação seja previamente testado antes de se generalizar à totalidade do sistema educativo (ponto 2.3).
Entretanto, não deixa de ser cómico que a Ministra tenha vindo hoje anunciar a possibilidade de o modelo "simplex" se estender até 2011, à revelia das recomendações do CCAP que aconselham, no ponto 3.1, a que «o enfoque da avaliação do desempenho docente valorize de modo significativo a componente científico-pedagógica», exactamente o oposto daquilo que o modelo "simplex" proporciona.
Este anúncio despudorado da Ministra tem apenas o mérito de nos recordar duas necessidades imperiosas:
1.º - Os professores devem deixar muito claro, no final deste ano lectivo e no início do próximo, que não estão dispostos a transigir minimamente com o modelo "simplex", e que tencionam, isso sim, retomar a recusa de participar em todo e qualquer momento de um processo de pseudo-avaliação assente nesse modelo.
2.º - Os professores têm de contribuir, com o voto, para que este Partido Socialista fique sem condições, em 2010 ou 2011, para definir sozinho o que quer que seja em matéria de políticas educativas.
Sem comentários:
Enviar um comentário