Não abdicamos de direitos!
Colegas
Dirigimo-nos a todos os professores que se recusam a abdicar de direitos legitimamente e historicamente alcançados; a todos os professores que não abdicam da sua dignidade pessoal e profissional e que não pactuam com a arbitrariedade e a prepotência que cresce no Ensino e escolas.Nos últimos anos temos sido sujeitos ao que julgaríamos inconcebível. Contra a prepotência ministerial levantámos nos primeiros meses de 2008 e em diversas escolas e regiões um extraordinário movimento de mobilização e que alcançou repercussões políticas nacionais nomeadamente com o protesto de 8 de Março. Infelizmente aquele movimento foi congelado por parte das direcções sindicais para dar lugar a negociações e acordos cujos resultados ficaram muito aquém da nossa vontade e força. Hoje, quando a insatisfação e o protesto começam novamente a crescer no nosso quotidiano profissional temos que ser capazes de, sem sectarismos, construir novos caminhos e preparar as lutas futuras de modo que não resultem em negociações desmobilizadoras.Perante este panorama, nós não desistimos da esperança de recuperar aquilo que nos é devido, nomeadamente o direito a uma avaliação condigna, motivadora, formativa e não economicista.
Por isso convidamos-te a participar numa reunião que se realizará no próximo dia 18 de Outubro, sábado, pelas 16horas, na Sociedade Recreativa União Pragalense.
Os temas a debater são vários como, por exemplo,
- Como alargar e impulsionar o(s) protesto(s)?
- Como exigir a suspensão imediata da ‘avaliação do desempenho’ em curso?
- Como impedir que as Escolas fiquem, com a nova gestão, ainda mais subordinadas às ordens do Ministério?
- Manif de 15 de Novembro: como alargar o entusiasmo e participação?
Pela criação de um amplo movimento de contestação nacional!
Com a força da nossa união faremos a ministra recuar!
Sábado, dia 18, pelas 16h, na SRUP, Sociedade Recreativa União Pragalense (Pragal, Rua Direita, entre a Rotunda do Hospital Garcia da Horta e a ES Fernão Mendes Pinto)
Os primeiros promotores: (por ordem alfabética) António Carlos Brinco, (ES Monte de Caparica); Alda Osório Matos (ES Monte da Caparica); Eduardo Henriques (ES Emídio Navarro); Helena Fraga (ES Monte da Caparica); Jerónimo Gil, (ES Daniel Sampaio); Joaquim Sarmento (EB23 António A. Louro); José Carlos Vinagre (ES Afonso Domingos); Maria Manuela Domigues (EBI Elias Garcia); Teresa Antunes (ES Daniel Sampaio) ...
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/
3 comentários:
Olá! Estive na reunião hoje, no Pragal, deixei uma sugestão q aqui verbalizo:
Se (..) queremos o país do nosso lado, seria talvez boa ideia começarmos a explicar aos nossos alunos (os DT também aos pais deles!!) , por que é que eles acabam por ser tão prejudicados neste processo da nossa avaliação. A ministra, o governo, podem controlar os media, mas nós é que estamos no terreno. E criamos laços. Assim, conviria, acho, alertar os nossos alunos para vários aspectos:
- desde logo, as passagens quase administrativas que se antevêem (e a ministra apregoa sem pudor) e que mais tarde os conduzirão - apenas - ao desemprego
- prejudicados, também (e muito!!) virão (estarão já) a ser pelo estado de exaustão em que se encontram os seus professores (e ainda agora começámos o ano lectivo), com tudo o que disso decorre:
- as aulas mal preparadas ou improvisadas
- a falta de paciência
- a demora na entrega dos testes
- a falta de saúde que se seguirá ...
É bom que se saiba, também - e temos, (para além dos alunos-interlocutores directos e parte interessada no processo), os mails, e os blogues.. - que se saiba o que todos nós, professores (se calhar de todas as idades), já receamos: mais cedo ou mais tarde, ou ficamos de baixa, ou morremos! E não, não é exagero! (antes fosse..) Não ouviram falar, já no ano passado, nos casos de AVC a meio da aula? De 'n' professores a terem de ser assistidos nas urgências dos hospitais com a tensão arterial a disparar?
Então ... o futuro dos nossos alunos (e temo que próximo, muito próximo) só pode ser este: turmas e turmas sem aulas porque o professor 'rebentou' .
E levará tempo, muito tempo, até que a escola, o ministério, reponham as baixas. Até que nos substituam por outros masoquistas/ missionários. Esperemos, a bem dos nossos alunos, que não-mercenários. E não, não haverá Magalhães que lhes valham...
E é precisamente isto, colegas (amigos, mães e pais ...) que, na minha opinião, os nossos alunos deveriam saber. E que está nas nossas mãos explicar-lhes. Já.
Só mais uma coisa, para finalizar: talvez mais ainda (porque não experimental), do que o boicote ao processo de avaliação, impõe-se a rejeição (clara, inequívoca e urgente) deste modelo de gestão 'quero, posso, e mando': implementado, instituído, institucionalizado e... do mais perverso!! -
Ou ainda não perceberam a relação de causa-efeito entre as 2 questões? (avaliação dos professores/ modelo autoritário de gestão)
Saudações,
Ana Lima
A (des)propósito: o relógio aqui do blog está 7h atrasado! :-))
correcção: 8! :-)
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