domingo, 12 de outubro de 2008

PROPOSTAS DE ACÇÃO APROVADAS NA REUNIÃO DE 11/10/08

· Escrever uma carta-tipo que possa ser assinada por qualquer pessoa, professor e não só, sendo que todos os signatários se encarregarão de a enviar aos principais órgãos de soberania, aos órgãos de comunicação com maior projecção e, claro está, ao Ministério da Educação. O objectivo desta iniciativa, muito mais eficaz do que as petições on-line, é que milhares de cartas, assinadas por diferentes pessoas, “inundem” os respectivos destinatários e chamem a atenção para a nossa causa. O conteúdo dessa carta deverá incidir na denúncia do actual quotidiano laboral dos professores, do seu cansaço e da sua desmotivação, expressos no enorme número de professores que andam a pedir mensalmente reforma antecipada, e deverá acentuar a desmontagem de toda a coerção legislativa sobre os professores que visa fabricar falso sucesso escolar com fins meramente demagógicos e eleitoralistas.
· Escrever uma carta aos encarregados de educação, a ser distribuída por intermédio dos presidentes das associações de pais das diferentes escolas, esclarecendo os motivos do descontentamento dos professores, salientando o impacto das actuais políticas educativas na degradação da qualidade do ensino, e deixando claro que a formação das crianças e dos jovens deste país necessita de uma classe docente motivada, socialmente reconhecida e com condições para exercer o seu trabalho de forma condigna.
· Contactar os vários grupos parlamentares, expondo-lhes a situação cada vez mais insustentável que se vive nas escolas.
· Aprofundar os contactos com outros movimentos independentes de professores com vista a criar uma plataforma para acções e iniciativas comuns.
· Articular os professores de diferentes escolas de uma mesma zona ou agrupamento, de modo a promover núcleos de acção transversais a vários estabelecimentos de ensino.
· Usar, como forma de resistência no interior das escolas, todos os mecanismos de questionamento relativos ao processo de avaliação do desempenho, suscitando nos órgãos próprios (departamentos e conselhos pedagógicos) questões como a que se prende com a necessidade de publicação em Diário da República da delegação de competências, ou a que diz respeito ao facto de a avaliação simultaneamente pedagógica e científica ser destinada apenas a alguns professores – excluindo os que irão ser avaliados por colegas de outros grupos de docência, não qualificados para avaliar a competência científica.
· Caso se venha a confirmar a informação de que o Ministério da Educação, através da DGRHE, irá centralizar informaticamente todo o processo de recolha de dados sobre a avaliação do desempenho, promover imediatamente acções de resistência e de recusa em colaborar com um procedimento que só virá desautorizar ainda mais as escolas e reforçar, de maneira intolerável, os mecanismos de pressão e de controlo sobre os professores.
· Associar a APEDE à iniciativa de uma manifestação para 15 de Novembro, em articulação com todos os movimentos de professores que se queiram juntar a esta acção, na base de um caderno reivindicativo próprio que, entre outros pontos, exija a suspensão do actual modelo de avaliação do desempenho para o ano lectivo de 2008-2009.

16 comentários:

Anónimo disse...

apenas as duas últimas "resoluções" são novidade em relação a todos os comunicados de todas as reuniões da apede.
Sendo assim pergunta-se:
1. quantas cartas-tipo foram assinadas e enviadas aos órgãos de soberania? (ah! a carta ainda não viu a luz do dia? ok, ficamos esclarecidos).
2. e a carta aos EE's? também teve as mesmas dificuldades de redacção? não se escreve sozinha? ai a malandra...!
3. os contactos com os "outros movimentos" ainda não são suficientemente profundos? porque será? quem fica em cima e quem vai para as profundidades?
4. e a articulação dos professores dos agrupamentos/zonas? vai ser vertical ou horizontal? é auto-articulado ou tem direito a entidade reguladora?
Haja paciência porque que o que vale é que a vaidade e a ignorância não pagam imposto.

Anónimo disse...

Caro anónimo,

quanto à carta tipo não estamos esclarecidos mas eu vou esclarecê-lo! Pode perfeitamente apresentar uma proposta de carta modelo! Ninguém o impede! Ou está a falar para serem os outros a fazer? (ok, ficamos esclarecidos)
E em relação à carta aos EE´s a mesma coisa!"não se escreve sozinha? ai a malandra...!"
Os contactos com os "outros
movimentos" ainda não são suficientemente profundos?
Nalguns casos sim como é o caso do MUP noutros casos nem por isso.
Mas o Anónimo (desculpe mas não sei o seu nome)pode dar um contributo se assim o desejar. Não basta atirar para o ar (até porque o que sobe...cai)
Para terminar a sua vaidade é que o impede de se identificar? Ou tem medo do seu "paizinho"?

Pela APEDE
Francisco Trindade

Anónimo disse...

só pode ser para rir.
então vossas mercês andam há um ano a anunciar que vão fazer uma carta-tipo para que qualquer pessoa assine e envie e agora vem-me dizer para ser eu a apresentar a proposta? então não têm uma direcção? e não dizem que representam os professores melhor do que os traidores da assinatura do acordo?
o mesmo para a outra carta e quanto ao paizinho veja lá se não está a dar tiros ao lado em vez de acertar no porta-aviões (o que é natural para quem tem um umbigo maior que o mundo e dá passos maiores que a perna).
por mim não me ando a esticar porque não preciso destas ridicularias para ter uma vida gratificante. o reconhecimento e a vaidade ficam pelo meu trabalho quotidiano, tá?

APEDE disse...

Aí está uma coisa em que estamos de acordo!
"só pode ser para rir." E é mesmo!
Ou vossa mercê pensa que a direcção da APEDE TEM que se substituir aos próprios professores "themselves"???
A APEDE não é o sindicato, capice?
Quanto ao final da mensagem não merece resposta porque não estou disponível para ouvir tretas que são somente basófias...
Basta reler:"por mim não me ando a esticar porque não preciso destas ridicularias para ter uma vida gratificante. o reconhecimento e a vaidade ficam pelo meu trabalho quotidiano" Óptimo então, faça bom proveito, fique no seu canto e não chateie!...

Anónimo disse...

Esse anónimo é tontito. Devia ter ido à reunião. Assim, apresentava as suas críticas e podia dar sugestões.
Se é um infiltrado ou adesivo, a conversa já é outra mas ninguém tem interesse nela!
ana s.

Anónimo disse...

e aos costumes disse nada...
1. afinal onde está a carta-tipo?
2. e a carta para os pais?
3. e os outros movimentos além do mup?
4. a a articulação das zonas?
5. afinal a direcção da apede não é constituída por professores? então, se é, porque não produz esse documentos e espera que OUTROS PROFESSORES o façam?
6. só por curiosidade, já reservaram lugar na cabeça da manif de dia 15?

em à parte direi que a tontice é comum ao estado de anonimato e não é privilégio que alguém se possa arrogar

APEDE disse...

O problema é fazer ou não fazer?
O anónimo critica porque a APEDE faz? Ou porque a APEDE devia fazer mais do que faz mas não faz?
Defina-se anónimo!!!

Em qualquer das circunstâncias o que fica é que o papel da APEDE com mais ou menos exigências é importante!

Anónimo, obrigado pelo apoio inconfessado!...

Anónimo disse...

afinal parece que o tontito não sou eu, mas quem escreve em nome da apede.
obviamente que o problema é não fazerem nada, fingindo que fazem.
claro que o "truque" é falarem muito e supostamente bem, para que os papalvos pensem que fazem muito e supostamente bem.
mas aos costumes a apede (quem escreve em seu nome) continua a dizer nada:
1. afinal onde está a carta-tipo?
2. e a carta para os pais?
3. e os outros movimentos além do mup?
4. a a articulação das zonas?
5. afinal a direcção da apede não é constituída por professores? então, se é, porque não produz esse documentos e espera que OUTROS PROFESSORES o façam?
6. só por curiosidade, já reservaram lugar na cabeça da manif de dia 15?
são seis perguntas seis!
custa assim tanto responder?
ou é preciso "meter explicador" para melhor passar no exame?

Anónimo disse...

Considero positiva a forma de actuação. A manifestação a ser concretizada exige uma tomada de posição clara e objectiva sobre as razões que lhe presidiram. Contudo, gostaria somente de chamar a atenção para, na construção desse memorandum, não cairmos em vulgaridades do género «os professores estão cansados». Temos que fazer uma espácie de suspensão da nossa circunstância como profs e colocarmo-nos na posição de quem está por fora. Será que os pais se interessam com o «cansaço» dos profs? Devemos atacar o problema pela raiz e não cairmos na tentação de pronunciarmos lugares comuns. Além disso, é importante que haja uma posição unânime que promova a coesão opinitativa, caso contrário cada um de nós pode demonstrar uma perspectiva individual aqundo das possíveis entrevistas que os media nos possam vir a fazer. Aqui seria a morte do artista.
Apesar de considerar que o «timing» não é o desejável, lá estarei. Agora, cuidado!

Anónimo disse...

Apoiado.
Como posso fazer para me inscrever na vossa associação?
Onde posso encontrar os vossos estatutos? Estão online ou posso consultar no DR?
Qual o valor da quota?
Gostaria de contribuir, se possivel ainda antes da manifestação, pois imagino que nesta fase toda a juda é pouca.
Zé Carlos

Anónimo disse...

Quem tem acompanhado a história da APEDE, quem tenha estado nas várias reuniões nas Caldas, quem tenha lido atentamente todos os documentos de reflexão produzidos, pode facilmente testemunhar que se procurou, desde o início, criar um movimento que partisse das bases, dos professores que trabalham nas escolas, em defesa da sua profissão e da escola pública, sem aproveitamentos de qualquer ordem, sem submissão a agendas ocultas ou interesses político-partidários. Se há coisa que a APEDE não pode ser acusada é de falta de capacidade de escrita e de reflexão... basta que se leiam os documentos produzidos desde a sua origem. Mas há coisas que precisam de tempo, cuidado e devem ser certeiras, no conteúdo, na forma e na oportunidade. Já se poderia/deveria ter feito mais, mas ainda vamos a tempo. Assim todos estejamos unidos e empenhados num bem maior que são os interesses dos professores e por consequência do país. Creio que o envolvimento da APEDE em todo o movimento que culminou na manifestação de 8 de Março, para a qual deu um contributo muito meritório e genuíno, em conjunto com outros movimentos e professores singulares, é suficiente para não se dizerem certos disparates, quanto ao desejo de marcar lugar na primeira fila. Quem marca lugares na primeira fila e tem por hábito ocupar todo o espaço no palanque de onde se fala às massas... não é seguramente a APEDE! É bem verdade que cada macaco deve estar no seu galho e creio que a APEDE sabe qual é o seu. Por mim, devo dizer que não aprecio macacos de rabo grande... que gostam de ocupar todos os galhos. Para bom entendedor...
Terminando por aqui este reparo... devo reproduzir algo que considero fundamental para a manifestação de dia 15 e que já publiquei noutro blogue de grande divulgação. Aqui fica a transcrição:
É realmente muito importante conseguirmos mostrar junto da opinião pública a justiça e a nobreza da nossa luta! Teremos de trabalhar para isso, sempre conscientes que a unidade dos professores não pode ser posta em causa e que temos de estar todos juntos no dia 15 de Novembro, em Lisboa, em defesa da nossa honra, da nossa dignidade pessoal/profissional, das nossas condições de trabalho, do futuro dos nossos alunos, da sobrevivência e da importância da escola pública, numa sociedade que se pretende democrática. Já não é mais possível tolerar a situação actual (um ECD fracturante promotor de injustiças e conflitos, um modelo de avaliação burrocrata, injusto, penalizador e punitivo, zarolho, inexequível e prenhe de incorrecções científico-pedagógicas que inviabilizará cada vez mais o trabalho de qualidade com e para os alunos, um modelo de gestão que liquida a democracia interna, uma corrida louca e desvairada a um sucesso escolar que é fabricado para "inglês ver", uma campanha absolutamente vergonhosa de "terra queimada" contra os professores, o insulto que é a prova de admissão à carreira, o projecto já apresentado para os concursos em 2009, razão suficiente para se rasgar o acordo dos sindicatos com o ME, a forma desumana como os professores contratados são usados pelo sistema, a forma criminosa e irresponsável como foram avaliados o ano passado e o que com essa avaliação o ME pretende agora fazer, o sistema de quotas na avaliação de desempenho, a tentativa de colocar os professores em situação de estágio perpétua e permanente, o Estatuto do Aluno e tudo o que ele acarreta de burrocracia e, mais grave, a ideia que deixa sub-entendida, de que os professores só apoiam os alunos quando são obrigados por decreto ministerial, o afastamento progressivo e sistemático do professor do centro da sua actividade pedagógica para outras funções acessórias e dou como exemplo "engraçado" na minha escola, o de distribuidor mensal dos passes do autocarro aos alunos, com recolha de assinaturas comprovativas, as ameaças coercivas contra os orgãos de gestão, o clima “bigbrotheriano” que se vai instalando nas escolas, o medo que cala e consente, de processos disciplinares, de não renovação de contratos, etc. e... mais e mais e mais, no fundo, tudo aquilo que nos tolhe e compromete o que deveria ser o nosso objectivo essencial como professores e educadores- trabalhar com criatividade de forma plural e cooperativa, em prol dos alunos e da melhoria dos seus saberes e competências, promovendo a formação de cidadãos conscientes e responsáveis, informados, críticos e interventivos, tão necessários na sociedade actual) sem um protesto forte e genuíno das bases, dos professores que estão no terreno e todos os dias se confrontam nas suas escolas com todos estes problemas, dilemas, constrangimentos, bloqueios, obstáculos, insuficiências, e tudo o mais que não me ocorre! BASTA! É realmente O tempo de dizer BASTA! Em frente colegas, com unidade e muita coragem, contra esta política educativa. Sei, porque estive ontem nas Caldas da Rainha, que a ideia é, e foi desde o início da reunião, congregar pessoas e movimentos, unir, somar esforços, estabelecer pontes, criar consensos, e avançar em força para a rua, no dia 15 de Novembro! Esse foi o espírito da APEDE e do MUP na reunião de ontem, outros nomes e movimentos estão a ser contactados como já se pode comprovar numa simples volta pela blogosfera, tenho a certeza que será elaborado um caderno reinvidicativo em que todos nos poderemos rever, e só desejo que consigamos mostrar uma vez mais, dia 15/11, a justiça da nossa luta e a força dos nossos argumentos!
Um BEM HAJA a todos os colegas que na blogoesfera, nas reuniões dos movimentos de professores e, sobretudo, nas suas escolas têm sabido resistir e manter a chama acesa!
TODOS A LISBOA DIA 15 de NOVEMBRO!!!
UNIDOS CONSEGUIREMOS!!!

APEDE disse...

José Carlos Lopes,

se for ao site da APEDE em http://apede.pt/joomlasite/
faz o download da ficha de inscrição preenche e envia para
APEDE, Apartado 9 – 2504-909 Caldas da Rainha por via postal.

Francisco Trindade

Anónimo disse...

Francisco Trindade
Obrigado pela informação.
Já agora diga-me, porque não fiquei esclarecido. Também posso encontrar lá os estatutos da associação?
É que gostaria de saber quais os direitos e deveres dos sócios antes de me inscrever.
Mais uma vez obrigado
Zé Carlos

APEDE disse...

José Carlos Lopes,

os estatutos penso que não estão. Mas pode encontrar o programa de acção e o regulamento. No entanto se desejar os estatutos escreva para a morada das Caldas da Rainha a pedir aos colegas de lá para lhe enviarem os estatutos.

Anónimo disse...

Ok Apede
Mas quem são os colegas das Caldas?
E os estatutos não são públicos? Devem ser porque devem ter ido para o Diário da República.
Peço desculpa da minha insistência mas com tanto sindicato e tanto movimento não quero estar a pagar quotas sem saber a quem, como e porquê.
Obrigado pela paciência
Zé Carlos

Anónimo disse...

Querem uma sugestão simples? Reenviem os protestos de colegas e pais que nos chegam pela Net diariamente para os mails das televisões, dos jornais, das associações de pais, dos órgãos de soberania.

Se por Timor se conseguiu bloquear os contactos da CNN não se consegue pôr a comunicação social portuguesa a falar sobre a educação em Portugal? E se conseguíssemos alertar a comunidade internacional para a experiência inédita da avaliação de desempenho, que não existe em mais lado nenhum a não ser com algumas semelhanças no Chile?

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