quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Reflexão pessoal de Paulo Guinote

Reflexões Sindicais

Os sindicatos deparam-se, no actual contexto histórico, com novos desafios extremamente complexos, para definirem a sua organização, refazerem estratégias de acção, delimitarem campos de acção, definirem novas alianças e, acima de tudo, para fazerem emergir em cada trabalhador, e no maior número possível, a sua identidade e a percepção dos problemas inerentes à sua condição concreta e específica e a sua consciência de classe. (Carvalho da Silva, Trabalho e Sindicalismo em Tempo de Globalização, p. 34)


O problema é que entre nós, para tempos complexos, só temos homens simples. Ou simplistas.
Ou mais grave, temos a ideia de que o sindicalismo é só para os que estão «dentro» e que as nomenklaturas não se devem abrir, mas sim os trabalhadores quem deve acorrer á colmeia em busca da abelha-mãe.
Enquanto não se perceber que isto só leva à debandada de todos os que ficam sem voz, abafados pelo trovão de comando, intimidatório, que surge do topo - qual deus ex-machina com propriedades de infalibilidade e pergaminhos intocáveis - está muita coisa estragada.
Em termos de sindicalismo docente, nos últimos dias recuámos vários anos.
Infelizmente.

2 comentários:

Anónimo disse...

PRECISAMOS DE USAR AS POSSIBILIDADES QUE CONFERE A LEI SINDICAL E QUE ESTES «SINIDCATOS« HÁ MUITO NÃO USAM PROPAGANDA NAS ESCOLAS, REUNIÕES PERÍODICAS DE NÚCELOS SINDICAIS, ETC... MUITO MAIS IMPORTANTE QUE O DIREITO DE CONVOCAR GREVE, POIS NO CASO DA PROFISSÃO DOCENTE JÁ SE VIU QUE ESTA FORMA DE LUTA É CONTRAPRODUCENTE EM 90% DOS CASOS.

MANUEL BAPTISTA

Anónimo disse...

Haverá maior simplismo do que reduzir os sindicatos a uma nomenklatura? Primeiro, não será simplista esta associação directa a uma realidade histórica que, além de não ser portuguesa, nada legitima como sendo a realidade dos sindicatos (e como os há diversificados!)?
Segundo, não será simplista partir de uma afirmação descontextualizada e que era, obviamente, uma reflexão sobre o sindicalismo e rebatê-la (se bem que nem isso seja feito, pois não há nenhum argumento que desminta o raciocínio analítico de Carvalho da Silva) com uma metáfora tão simplista quanto é a da abelha e da abelha-mestra?
Só esta última daria muito que falar, se fôssemos ao fundo da metáfora e considerássemos a importância da abelha-mestra para a sobrevivência de qualquer colmeia! E não pretendo com isto defender a sua metáfora, mas tão somente reflectir nas suas vulnerabilidades argumentativas, que a aproximam perigosamente da falácia.
Insinua, depois, que os sindicatos provocam a “debandada dos que ficam sem voz, abafados pelo trovão de comando”- haverá forma mais simplista de tentar retratar a realidade? Haverá coisa mais perigosa do que o seu simplismo diacrónico -porque parece ignorar tudo do sindicalismo e dos trabalhadores e do patronato no passado – e sincrónico – porque demonstra nada saber do sindicalismo e dos trabalhadores e do patronato no presente? Será que permite que lhe diga que esse simplismo só pode ser má-fé, porque não resulta de um real desconhecimento, mas de uma retórica falaciosa, ardilosa nos seus fins?
Estará de facto, com este tipo de argumentação simplista a contribuir para um melhor esclarecimento da realidade? Aqui fica expressa a minha dúvida.

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