Imaginem que o director de uma escola recentemente eleito não é o anterior presidente do conselho executivo, o qual, como é sabido, tinha a seu cargo todo o processo de avaliação dos docentes do seu estabelecimento de ensino.
Imaginem que o novo director vai herdar o referido processo de avaliação sem estar minimamente informado sobre tudo o que se fez a esse respeito - pois até pode vir de outra escola.
Imaginem que os quatro coordenadores-avaliadores nomeados pelo novo director não correspondem aos coordenadores do conselho pedagógico anterior.
Imaginem que esses novos avaliadores estão completamente por fora dos procedimentos de avaliação entretanto já realizados.
E imaginem que isto não é imaginação, mas que está, de facto, a passar-se em muitas escolas.
Podem calcular o caos e os conflitos múltiplos que situações como estas vão introduzir num sistema já suficientemente disfuncional.
Trata-se, contudo, de um caos bem-vindo.
Pois é também com estas desordens sistémicas que o modelo de avaliação vai acabar por implodir...
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