sexta-feira, 17 de julho de 2009

SETE TESES SOBRE A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES - 2


Uma avaliação do trabalho dos professores digna desse nome não pode fragmentar a actividade docente em actos parcelares e atomizados, nem pode esperar que o avaliador consiga encontrar “provas empíricas” isoladas para dimensões tão complexas como a «concessão de iguais oportunidades de participação, promoção da integração dos alunos e da adopção de regras de convivência, colaboração e respeito». No trabalho de um docente, o todo é sempre maior do que a soma das partes. Ora, a burocratização da avaliação do desempenho não significa apenas a produção de um excesso de fichas e de grelhas de registo, mas representa, sobretudo, o domínio de uma atitude reducionista e quantitativista, segundo a qual é possível reduzir um processo complexo e plural como o ensino a uma listagem de comportamentos fragmentados e supostamente mensuráveis. Entendemos que esta perspectiva, alheia à natureza qualitativa do trabalho docente, não está em condições de contribuir para a sua valorização ou de identificar o seu mérito.

1 comentário:

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

A avaliação dos professores não pode ser objectiva nem deve ser subjectiva; a saída deste dilema está numa confluência de subjectividades que implica uma diversidade de avaliadores: os próprios professores, os seus pares e especialistas a quem os avaliados - eles próprios detentores de autoridade profissional - reconheçam autoridade técnica e científica, e os alunos. A intervenção da hierarquia e da "comunidade" neste processo deve ser residual.

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